AMD e o NLHPC aceleram a nova era da supercomputação pública
A expansão do Leftraru 2, instalado no Laboratório Nacional de Computação de Alto Desempenho da Universidade do Chile, marca um marco relevante para atividades científicas e iniciativas que dependem de processamento intensivo no país. O sistema passou a operar com arquitetura baseada em componentes AMD e estrutura voltada a cargas complexas usadas em investigação, modelagem numérica e análise avançada. A atualização busca atender demandas crescentes de processamento geradas por projetos que utilizam grandes volumes de informações.
O laboratório integra o Centro de Modelação Matemática da Faculdade de Ciências Físicas e Matemáticas e mantém foco em serviços públicos ligados a universidades, órgãos governamentais e empresas. Com o novo conjunto de máquinas, o país amplia o alcance de atividades em áreas que utilizam inteligência artificial, simulações e análise em escala. A estrutura fortalece o ecossistema de pesquisa nacional ao disponibilizar capacidade de cálculo antes restrita a grupos reduzidos.
O sistema soma 27 unidades Lenovo ThinkSystem SR645 V3 equipadas com processadores AMD EPYC 9754, cada uma com 128 núcleos e 768 GB de memória. O agrupamento fornece 6.912 núcleos dedicados a tarefas paralelas, o que permite cálculos simultâneos usados em estudos climáticos, engenharia, biologia, física e outras frentes que exigem desempenho contínuo. O laboratório indica que a combinação de núcleos e memória sustenta execução de modelos que lidam com dados volumosos em ritmo constante.
O conjunto inclui ainda dois servidores Lenovo ThinkSystem SR675 V3 com processadores AMD EPYC 9224 e seis unidades gráficas AMD Instinct MI210 cada. Esses componentes fornecem aceleração para treino de algoritmos, interpretação de registros geoespaciais, cenários para saúde, energia e outras aplicações que precisam de processamento vetorial. O laboratório afirma que fluxos que duravam semanas foram reduzidos para horas, o que abre caminho para testar metodologias e validar resultados com maior rapidez.
A ampliação quadruplicou a capacidade total do laboratório utilizando apenas o dobro de energia. O resultado posiciona o Chile em patamar superior entre estruturas públicas de alto desempenho na região. O acesso aberto ao sistema fortalece colaboração entre centros universitários, empresas e iniciativas independentes que buscam ferramentas para testar modelos, executar pipelines de dados e desenvolver soluções próprias.
Entre as aplicações destacadas está o projeto MIRAI Chile, conduzido pela diretora do Departamento de Engenharia Industrial da universidade, Susana Mondschein. A iniciativa utiliza o sistema para antecipar casos de câncer de mama no setor público de saúde. Processos antes feitos em meses passaram a ser concluídos em dias, o que permite ampliar ciclos de teste e melhorar a qualidade de predições em larga escala.
Outro exemplo é o DASH AI, coordenado por Felipe Bravo, diretor da Iniciativa de Dados e Inteligência Artificial. O trabalho cria uma plataforma destinada a organizações que precisam manipular bases volumosas com ferramentas acessíveis. O apoio do laboratório possibilita testar algoritmos e ajustar fluxos de forma contínua sem limitações de infraestrutura local.
Para a AMD, a expansão reforça o objetivo de levar tecnologias de processamento a instituições da região. Segundo Juan Moscoso, gerente do segmento Comercial na área SOLA, a empresa trabalha para que recursos usados em supercomputadores internacionais possam ser adotados por órgãos públicos, empresas e grupos de pesquisa que lidam com desafios complexos.
O diretor executivo do laboratório, Ginés Guerrero, afirma que a integração das soluções ampliou o alcance científico do país. Com isso, grupos de pesquisa podem executar modelos e acelerar análises com capacidade antes indisponível no ambiente nacional.
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O post AMD e o NLHPC aceleram a nova era da supercomputação pública aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Tiago Souza
Fonte Oficial: https://startupi.com.br/amd-nlhpc-acelerasupercomputacao/