A Strike iniciou uma etapa de expansão após concluir a captação de US$ 13,5 milhões na rodada Série A realizada em março de 2025. O valor foi direcionado ao avanço de iniciativas voltadas à inteligência artificial, à revisão da estrutura técnica e ao aprimoramento da plataforma proprietária, que passa a operar com um modelo contínuo de segurança ofensiva apoiado por sistemas automáticos. A companhia adota processos ativos durante todas as horas do dia, sem interrupções, para elevar a capacidade de detecção de riscos no ambiente digital de seus clientes.
A fase atual se apoia em tecnologia desenvolvida internamente. Os modelos são treinados com dados reais extraídos da comunidade de hackers éticos da empresa, chamada de Strikers. A combinação entre aprendizado de máquina, automação por agentes e conhecimento humano sustenta a execução de testes de intrusão e amplia o alcance das ações. Segundo a equipe técnica, os sistemas alcançam entre 60 e 80 por cento da eficácia obtida por um profissional experiente, atuando em velocidade superior e com volume ampliado de análises.
Santiago Rosenblatt, CEO e fundador, afirma que a base de treinamento reúne milhares de horas de pentesting manual, o que permite transformar práticas complexas em rotinas automatizadas. A proposta busca entregar cobertura constante, com maior número de validações e revisões ao longo do tempo. Entre os recursos desenvolvidos estão o Retesting guiado por IA, que revisita vulnerabilidades de maneira contínua, e o Attack Simulation, que monitora a infraestrutura das empresas e executa exercícios ofensivos quando surgem novos ativos.
Mudança estrutural fortalece avanço da Strike
A reorganização interna foi projetada para acelerar ciclos de inovação e aumentar a escala de operação. As áreas de inteligência artificial, ciência de dados, segurança ofensiva e desenvolvimento de produto foram integradas em um mesmo núcleo, que compartilha informações e métricas em tempo real. Na estrutura centrada em IA, cada teste executado pelos especialistas gera dados que alimentam o treinamento dos modelos, ampliando a capacidade de identificação de falhas e reduzindo tempos de resposta.
A atualização busca também aprimorar a experiência dos clientes. A plataforma oferece visibilidade imediata sobre eventos críticos, além de revisões automáticas que auxiliam na detecção de pontos frágeis. O monitoramento contínuo permite avaliações diárias, reduzindo janelas de exposição e melhorando a resposta a incidentes. Organizações passam a contar com processos que substituem ciclos pontuais por acompanhamento ininterrupto.
A Strike mantém presença em países da América, incluindo México, Colômbia, Chile, Argentina, Brasil e Estados Unidos. O portfólio de clientes reúne empresas de setores financeiro, tecnologia, varejo, saúde e telecomunicações. No Brasil, a companhia atende organizações como Paggo, Klubi, Pagme, Growth Machine, Córtex Intelligence, CRMBonus, Tago e COMP. O país é considerado estratégico para o plano global, por reunir mercado amplo, maturidade tecnológica e ambiente favorável à adoção de soluções voltadas à segurança ofensiva apoiada por IA.
As projeções da empresa indicam que, até o fim de 2025, metade da base atual deve migrar para o modelo híbrido guiado por IA. Para 2026, a estimativa aponta receita anual de US$ 6 milhões e carteira de 200 clientes corporativos com mais de mil funcionários. A expectativa é que 35 por cento da nova receita seja proveniente de médias empresas, segmento que apresenta crescente demanda por ferramentas automatizadas e operações contínuas.
A visão da Strike nesta fase é consolidar uma abordagem que una inteligência artificial e experiência humana. O objetivo é manter modelos treinados com milhares de testes executados pela comunidade global de hackers éticos, permitindo escala ampla e análise constante. A integração entre métodos automáticos e conhecimento especializado procura estabelecer uma estrutura capaz de acompanhar mudanças rápidas do cenário digital.
A transformação tecnológica veio acompanhada de uma nova identidade visual. O sistema inclui logotipo, tipografia e paleta de cores alinhados ao posicionamento centrado em IA e à atuação em segurança ofensiva. A estética foi inspirada em ambientes de desenvolvimento e elementos de cultura hacker, preservando referências originais da marca e conectando o novo momento da empresa à evolução de suas práticas.
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Fonte Oficial: https://startupi.com.br/strike-capta-r-13-milhoes-rodada-serie-a/