Ah, o poder! Ele tem suas malícias e seus segredos, desde um simples porteiro empossado da autoridade de permitir ou não a entrada de um visitante, até o CEO ou dono da empresa, em teoria com comando para decidir sobre a maioria das respostas. Mas até o mais absurdo centralizador já entendeu que é preciso compartilhar as decisões se sonha crescer. É abrir mão de poder, delegá-lo.
O segredo é criar estruturas de governança que funcionem e acelerem os processos nas empresas, que deem conta de reagir às demandas dos consumidores ou dos ataques dos concorrentes ao próprio território. Já deveria ter ficado no passado a certeza de que humanos preferem uma rígida estrutura de comando-controle. Se sua equipe se comporta dessa forma, ela foi formada nas bases erradas e dificilmente irá reagir de acordo com as demandas atuais. Além de tudo, pessoas na sua equipe devem ser capazes de desconfiar do ChatGPT e outras IAs, estarem equipadas para atuar num nível mais elevado.
Não consegui comprovar a seguinte frase de William Shakespeare: “Só o tempo pode revelar-nos um homem bom; o perverso pode ser conhecido apenas em um dia”. Se ele não disse, poderia ter dito. E é uma frase cheia de sabedoria. Ainda que muitas vezes se demande muito mais do que um dia se dar conta ou aceitar que fulano é perverso.
Para a psicanálise existem três estruturas maiores: a neurose, a psicose e a perversão. Ou seja, as pessoas se estruturam dessas três formas diante da lei, da linguagem e do desejo do Outro. Essas são as formas de funcionamento psíquico das pessoas, como reagem à castração simbólica, com a falta que é inerente e com o desejo. Não vou entrar nas divisões abaixo.
Um neurótico é alguém que reconhece a lei e a castração, a falta, que não poderá ter tudo, e sofre por causa disso. É um ser dividido entre seu desejo e o que acha que é o seu dever, sim ele sente culpa e nem sempre consegue privilegiar o seu prazer, está mais para o quase nunca. Ele recalca as cenas que o levaram a essa posição e trabalha na análise para se livrar desse esquecimento.
Já um psicótico é alguém com dificuldades de simbolização. Ele não reconhece a função simbólica da lei, nele falta o limite que é fundamental inclusive para organizar o desejo, sim, só desejamos o que não temos. Para ele o que foi foracluído, ou seja, expulso do simbólico, acaba retornando no real, seja em ouvir vozes, delirar em imagens ou interpretações paranoicas, são os escolhidos, quando não, os próprios deuses. Ele se defende rejeitando a lei.
Um perverso não tem problemas em não reconhecer a lei, ele a reconhece, mas decide, deliberadamente, ou porque se sente empoderado para, transgredir essa lei. Em linguagem psicanalítica, ele goza em burlar a lei, em se colocar para ocupar o lugar da falta, ele é a solução e para isso, desconsidera os sensos comuns e claro, não se incomoda nem um pouco com o sofrimento do outro. Manipulações, humilhações e controles excessivos fazem parte de seu cardápio de domínio. É um líder difícil de escutar os outros. Geralmente formou uma equipe próxima onde ninguém o desafia, muita atenção nesse ponto, já falei do Júlio Ribeiro e do tal líder Branca de Neve, rodeado de anões. Mas não causa apenas problemas profissionais no entorno, costuma marcar mais fundo.
Se por um lado é impossível precisar quantos perversos estruturais estão por aí, por outro é factível supor que ocasião não faz apenas o ladrão, como diz o dito popular, ela pode fazer o perverso também. Os que apenas seguiram o tal fluxo do poder ou se vingaram de outros momentos onde se viram alijados desse poder e da satisfação de seus desejos, agem e depois se culpam. E atire a primeira pedra quem nunca praticou pequenas vinganças! Quem nunca agiu de maneira desconhecida de si mesmo porque estava machucado por outra situação que pareceu absurda.
Nesse caso, seja entre quatro paredes, seja nas avenidas da vida, o inferno são sempre os outros. A reflexão proposta aqui é: Você tem a confiança que entendeu que também corre o risco de reproduzir estrutura abaixo aquele momento de repressão ou castração que chegou de cima? Sempre mais fácil criticar do que juntar forças e compreensão para mudar a direção das coisas. Não se permita cair nas armadilhas da perversidade.
Se você se relaciona com um perverso e isso não te dá prazer. Não, a frase não é tão absurda quanto parece, é hora de iniciar uma debandada. Nem sempre a mudança pode ser imediata, há situações que requerem o sangue frio de um desarmador de bombas, mas não se deve deixar explodir, o custo pessoal é sempre elevado. Como dizia Lacan, o perverso não ignora a lei, ela a encena. O poder é um palco privilegiado para uma encenação como essa.
É muito melhor, mais saudável e acrescenta culturalmente aplaudir um perverso a partir da plateia. O palco e uma bela atuação expõem os absurdos. Correr o risco de fazer teatro amador no ambiente profissional é muito cansativo e perigoso. Sinais de crueldade, próprios ou alheios, requerem a indicação de muita análise. Se as disputas são inevitáveis, que sejam com base nas palavras, argumentos, ideias e conceitos. E, para evitar perversidades, o máximo de igual para igual possível, porque sempre é possível aprender! A vida é uma eterna formação e correção de rotas! Como dizia o poeta, viver nunca foi preciso! Que seja sem tanto sofrimento!
Ah, o poder! Ele tem suas malícias e seus segredos, desde um simples porteiro empossado da autoridade de permitir ou não a entrada de um visitante, até o CEO ou dono da empresa, em teoria com comando para decidir sobre a maioria das respostas. Mas até o mais absurdo centralizador já entendeu que é preciso compartilhar as decisões se sonha crescer. É abrir mão de poder, delegá-lo.
O segredo é criar estruturas de governança que funcionem e acelerem os processos nas empresas, que deem conta de reagir às demandas dos consumidores ou dos ataques dos concorrentes ao próprio território. Já deveria ter ficado no passado a certeza de que humanos preferem uma rígida estrutura de comando-controle. Se sua equipe se comporta dessa forma, ela foi formada nas bases erradas e dificilmente irá reagir de acordo com as demandas atuais. Além de tudo, pessoas na sua equipe devem ser capazes de desconfiar do ChatGPT e outras IAs, estarem equipadas para atuar num nível mais elevado.
Não consegui comprovar a seguinte frase de William Shakespeare: “Só o tempo pode revelar-nos um homem bom; o perverso pode ser conhecido apenas em um dia”. Se ele não disse, poderia ter dito. E é uma frase cheia de sabedoria. Ainda que muitas vezes se demande muito mais do que um dia se dar conta ou aceitar que fulano é perverso.
Para a psicanálise existem três estruturas maiores: a neurose, a psicose e a perversão. Ou seja, as pessoas se estruturam dessas três formas diante da lei, da linguagem e do desejo do Outro. Essas são as formas de funcionamento psíquico das pessoas, como reagem à castração simbólica, com a falta que é inerente e com o desejo. Não vou entrar nas divisões abaixo.
Um neurótico é alguém que reconhece a lei e a castração, a falta, que não poderá ter tudo, e sofre por causa disso. É um ser dividido entre seu desejo e o que acha que é o seu dever, sim ele sente culpa e nem sempre consegue privilegiar o seu prazer, está mais para o quase nunca. Ele recalca as cenas que o levaram a essa posição e trabalha na análise para se livrar desse esquecimento.
Já um psicótico é alguém com dificuldades de simbolização. Ele não reconhece a função simbólica da lei, nele falta o limite que é fundamental inclusive para organizar o desejo, sim, só desejamos o que não temos. Para ele o que foi foracluído, ou seja, expulso do simbólico, acaba retornando no real, seja em ouvir vozes, delirar em imagens ou interpretações paranoicas, são os escolhidos, quando não, os próprios deuses. Ele se defende rejeitando a lei.
Um perverso não tem problemas em não reconhecer a lei, ele a reconhece, mas decide, deliberadamente, ou porque se sente empoderado para, transgredir essa lei. Em linguagem psicanalítica, ele goza em burlar a lei, em se colocar para ocupar o lugar da falta, ele é a solução e para isso, desconsidera os sensos comuns e claro, não se incomoda nem um pouco com o sofrimento do outro. Manipulações, humilhações e controles excessivos fazem parte de seu cardápio de domínio. É um líder difícil de escutar os outros. Geralmente formou uma equipe próxima onde ninguém o desafia, muita atenção nesse ponto, já falei do Júlio Ribeiro e do tal líder Branca de Neve, rodeado de anões. Mas não causa apenas problemas profissionais no entorno, costuma marcar mais fundo.
Se por um lado é impossível precisar quantos perversos estruturais estão por aí, por outro é factível supor que ocasião não faz apenas o ladrão, como diz o dito popular, ela pode fazer o perverso também. Os que apenas seguiram o tal fluxo do poder ou se vingaram de outros momentos onde se viram alijados desse poder e da satisfação de seus desejos, agem e depois se culpam. E atire a primeira pedra quem nunca praticou pequenas vinganças! Quem nunca agiu de maneira desconhecida de si mesmo porque estava machucado por outra situação que pareceu absurda.
Nesse caso, seja entre quatro paredes, seja nas avenidas da vida, o inferno são sempre os outros. A reflexão proposta aqui é: Você tem a confiança que entendeu que também corre o risco de reproduzir estrutura abaixo aquele momento de repressão ou castração que chegou de cima? Sempre mais fácil criticar do que juntar forças e compreensão para mudar a direção das coisas. Não se permita cair nas armadilhas da perversidade.
Se você se relaciona com um perverso e isso não te dá prazer. Não, a frase não é tão absurda quanto parece, é hora de iniciar uma debandada. Nem sempre a mudança pode ser imediata, há situações que requerem o sangue frio de um desarmador de bombas, mas não se deve deixar explodir, o custo pessoal é sempre elevado. Como dizia Lacan, o perverso não ignora a lei, ela a encena. O poder é um palco privilegiado para uma encenação como essa.
É muito melhor, mais saudável e acrescenta culturalmente aplaudir um perverso a partir da plateia. O palco e uma bela atuação expõem os absurdos. Correr o risco de fazer teatro amador no ambiente profissional é muito cansativo e perigoso. Sinais de crueldade, próprios ou alheios, requerem a indicação de muita análise. Se as disputas são inevitáveis, que sejam com base nas palavras, argumentos, ideias e conceitos. E, para evitar perversidades, o máximo de igual para igual possível, porque sempre é possível aprender! A vida é uma eterna formação e correção de rotas! Como dizia o poeta, viver nunca foi preciso! Que seja sem tanto sofrimento!
Ah, o poder! Ele tem suas malícias e seus segredos, desde um simples porteiro empossado da autoridade de permitir ou não a entrada de um visitante, até o CEO ou dono da empresa, em teoria com comando para decidir sobre a maioria das respostas. Mas até o mais absurdo centralizador já entendeu que é preciso compartilhar as decisões se sonha crescer. É abrir mão de poder, delegá-lo.
O segredo é criar estruturas de governança que funcionem e acelerem os processos nas empresas, que deem conta de reagir às demandas dos consumidores ou dos ataques dos concorrentes ao próprio território. Já deveria ter ficado no passado a certeza de que humanos preferem uma rígida estrutura de comando-controle. Se sua equipe se comporta dessa forma, ela foi formada nas bases erradas e dificilmente irá reagir de acordo com as demandas atuais. Além de tudo, pessoas na sua equipe devem ser capazes de desconfiar do ChatGPT e outras IAs, estarem equipadas para atuar num nível mais elevado.
Não consegui comprovar a seguinte frase de William Shakespeare: “Só o tempo pode revelar-nos um homem bom; o perverso pode ser conhecido apenas em um dia”. Se ele não disse, poderia ter dito. E é uma frase cheia de sabedoria. Ainda que muitas vezes se demande muito mais do que um dia se dar conta ou aceitar que fulano é perverso.
Para a psicanálise existem três estruturas maiores: a neurose, a psicose e a perversão. Ou seja, as pessoas se estruturam dessas três formas diante da lei, da linguagem e do desejo do Outro. Essas são as formas de funcionamento psíquico das pessoas, como reagem à castração simbólica, com a falta que é inerente e com o desejo. Não vou entrar nas divisões abaixo.
Um neurótico é alguém que reconhece a lei e a castração, a falta, que não poderá ter tudo, e sofre por causa disso. É um ser dividido entre seu desejo e o que acha que é o seu dever, sim ele sente culpa e nem sempre consegue privilegiar o seu prazer, está mais para o quase nunca. Ele recalca as cenas que o levaram a essa posição e trabalha na análise para se livrar desse esquecimento.
Já um psicótico é alguém com dificuldades de simbolização. Ele não reconhece a função simbólica da lei, nele falta o limite que é fundamental inclusive para organizar o desejo, sim, só desejamos o que não temos. Para ele o que foi foracluído, ou seja, expulso do simbólico, acaba retornando no real, seja em ouvir vozes, delirar em imagens ou interpretações paranoicas, são os escolhidos, quando não, os próprios deuses. Ele se defende rejeitando a lei.
Um perverso não tem problemas em não reconhecer a lei, ele a reconhece, mas decide, deliberadamente, ou porque se sente empoderado para, transgredir essa lei. Em linguagem psicanalítica, ele goza em burlar a lei, em se colocar para ocupar o lugar da falta, ele é a solução e para isso, desconsidera os sensos comuns e claro, não se incomoda nem um pouco com o sofrimento do outro. Manipulações, humilhações e controles excessivos fazem parte de seu cardápio de domínio. É um líder difícil de escutar os outros. Geralmente formou uma equipe próxima onde ninguém o desafia, muita atenção nesse ponto, já falei do Júlio Ribeiro e do tal líder Branca de Neve, rodeado de anões. Mas não causa apenas problemas profissionais no entorno, costuma marcar mais fundo.
Se por um lado é impossível precisar quantos perversos estruturais estão por aí, por outro é factível supor que ocasião não faz apenas o ladrão, como diz o dito popular, ela pode fazer o perverso também. Os que apenas seguiram o tal fluxo do poder ou se vingaram de outros momentos onde se viram alijados desse poder e da satisfação de seus desejos, agem e depois se culpam. E atire a primeira pedra quem nunca praticou pequenas vinganças! Quem nunca agiu de maneira desconhecida de si mesmo porque estava machucado por outra situação que pareceu absurda.
Nesse caso, seja entre quatro paredes, seja nas avenidas da vida, o inferno são sempre os outros. A reflexão proposta aqui é: Você tem a confiança que entendeu que também corre o risco de reproduzir estrutura abaixo aquele momento de repressão ou castração que chegou de cima? Sempre mais fácil criticar do que juntar forças e compreensão para mudar a direção das coisas. Não se permita cair nas armadilhas da perversidade.
Se você se relaciona com um perverso e isso não te dá prazer. Não, a frase não é tão absurda quanto parece, é hora de iniciar uma debandada. Nem sempre a mudança pode ser imediata, há situações que requerem o sangue frio de um desarmador de bombas, mas não se deve deixar explodir, o custo pessoal é sempre elevado. Como dizia Lacan, o perverso não ignora a lei, ela a encena. O poder é um palco privilegiado para uma encenação como essa.
É muito melhor, mais saudável e acrescenta culturalmente aplaudir um perverso a partir da plateia. O palco e uma bela atuação expõem os absurdos. Correr o risco de fazer teatro amador no ambiente profissional é muito cansativo e perigoso. Sinais de crueldade, próprios ou alheios, requerem a indicação de muita análise. Se as disputas são inevitáveis, que sejam com base nas palavras, argumentos, ideias e conceitos. E, para evitar perversidades, o máximo de igual para igual possível, porque sempre é possível aprender! A vida é uma eterna formação e correção de rotas! Como dizia o poeta, viver nunca foi preciso! Que seja sem tanto sofrimento!
Fonte Oficial: https://agenciadcnews.com.br/artigo-por-marcelo-candido-de-melo-cuidado-com-o-perverso-que-te-ronda/