in

Mark Hamburgueria fatura R$ 1 milhão em um mês e anuncia nova marca

Criada originalmente como um restaurante bistrô, a Mark Hamburgueria vive um grande momento no setor alimentício. Em agosto, a empresa registrou, pela primeira vez, faturamento mensal de R$ 1 milhão. Em seguida, abriu sua sexta unidade em Porto Alegre, desta vez no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho (Harmonia).

A abertura da nova loja coincide com o lançamento do Mark Smash, uma nova marca com operação mais enxuta e custo reduzido, modelo de negócio que facilitará sua expansão. Segundo o fundador e dono da empresa, Mark Bandeira, em um primeiro momento, a nova marca deverá funcionar exclusivamente no modelo de delivery, que representa 80% das vendas da hamburgueria.

Desde a sua criação, a Mark Hamburgueria aposta na personificação da marca como estratégia para atrair clientes, assim como na preservação da qualidade e do sabor dos hambúrgueres, ainda que esta medida possa não ser tão financeiramente vantajosa.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

No Com a Palavra desta semana, o Empresas & Negócios conversou com o dono da Mark Hamburgueria sobre o crescimento da empresa e os detalhes da criação do Mark Smash.

Empresas & Negócios – Como foi criada a hamburgueria?

Mark Bandeira – O negócio foi criado em 2014, inicialmente como um bistrô. Pouco tempo depois, com uma avaliação das opções que o mercado tinha de oferta para o consumidor final, entendi que Porto Alegre era muito carente de hamburguerias. Tinha muito lugar vendendo hambúrguer, mas não tinha um local específico para o cliente “viver” o hambúrguer. A partir daquele momento, concentrei esforços para transformar o restaurante em uma hamburgueria.

E&N – De onde veio o interesse em ter um estabelecimento alimentício?

Bandeira – Sempre quis trabalhar com gastronomia, porque gostava de cozinhar. Quando eu estava querendo desistir, meu pai e meu irmão me incentivaram a abrir o restaurante para que eu tivesse meu próprio negócio.

E&N – Nos primórdios do empreendimento, o que foi definido como essencial para que o negócio pudesse crescer? Que estratégias/políticas corporativas foram adotadas?

Bandeira – Desde o início, o foco da hamburgueria sempre foi a qualidade do produto. Nesses 11 anos, nunca cogitei escutar de qualquer fornecedor que eu deveria, por exemplo, trocar o queijo A pelo queijo B só por ser mais barato. Essa economia em ingredientes nunca passou pela minha mente, justamente para manter o sabor do hambúrguer.

A segunda estratégia foi criar uma marca que se identificasse com tudo o que eu estava oferecendo, e por isso veio a ideia de colocar o meu nome, para personificar o negócio. Isso acaba atraindo mais clientes, porque eles gostam de conhecer quem é a pessoa responsável por um restaurante ou por uma empresa. Então, desde o início, quis mostrar que existe uma pessoa envolvida atrás da marca.

E&N – Por que tipo de atualização a empresa passou neste período?

Bandeira – Principalmente na questão de comunicação visual. Como o negócio era um bistrô no início, o logo era um tom de café, as mesas tinham toalha Petit Poá e os garçons usavam camisa social. A empresa tinha um conceito de restaurante, mesmo já servindo hambúrguer. Depois de dois anos, contratamos uma consultoria para que pudéssemos expandir o negócio e algumas coisas já começaram a mudar. O restaurante passou a ter uma “pegada” mais industrial, jovial e despojada. Tive que fazer toda essa releitura da marca para comunicar com o foco do meu cliente.

E&N – Quais foram os maiores desafios enfrentados até aqui?

Bandeira – Os dois principais foram a pandemia e a enchente, mas foram fatos isolados que acabaram tornando a marca ainda mais forte. Para o futuro, a maior dificuldade para qualquer empresário será a mão de obra. Para se ter uma ideia, nas seis unidades da Mark Hamburgueria em Porto Alegre, eu tenho no mínimo dez vagas em aberto, entre oportunidades de atendimento, supervisão, auxiliar de cozinha e cozinheiro. O principal desafio para os próximos anos é conseguir formar uma equipe que esteja empenhada e a fim de crescer junto.

E&N – Em um mercado tão diverso e com tantos concorrentes, como se manter competitivo?

Bandeira – O segredo para o sucesso da Mark Hamburgueria foi manter o padrão ao longo dos 11 anos, mesmo com a abertura de outras unidades.

E&N – Existe alguma estratégia por trás da localização das diferentes unidades da Mark Hamburgueria?

Bandeira – Eu cuido muito da distância entre as unidades, porque, hoje, 80% das vendas da hamburgueria se concentram em um raio de 3 km a 4 km. O ideal é ter lojas com no mínimo 5 km de distância. As unidades dos bairros Auxiliadora e Bom Fim foram muito bem planejadas por estarem relativamente próximas uma da outra, apesar de conversarem com públicos diferentes, então uma não rouba a venda da outra.

Depois vieram duas operações que foram questões de oportunidade. Uma delas é a da Silva Jardim, no Vila Roubadinhas, que fica a 500m da unidade da Av. Mariland. Esta operação tem uma estrutura de negócio mais pocket, com 30m² de tamanho e um trabalho mais rápido, de autoatendimento. Foi uma surpresa porque a operação acabou não atrapalhando as vendas da unidade do Auxiliadora. Ambas as lojas se potencializaram e estão crescendo juntas.

A outra operação que surgiu como oportunidade foi a do Parque Harmonia. A loja ainda está devagar, mas entendo que é um novo começo. Acredito que em um ano, um ano e meio, o Harmonia vai se tornar um dos principais pontos de Porto Alegre.

E&N – Por que foi criada a Mark Smash?

Bandeira – Há uns cinco anos eu vinha trabalhando, de forma tímida, a questão da expansão da empresa. O modelo de hamburgueria não é impossível de ser franqueado, mas é mais complicado, porque exige muitos detalhes. Hoje, na marca Mark Hamburgueria, eu ofereço cinco tipos de queijo, dois de pão, dois de batata e vários molhos, o que torna mais difícil manter o padrão nas unidades franqueadas. Então veio a ideia de criar a Mark Smash, uma segunda marca que pudesse ser licenciada e que tivesse um único tipo de pão, um único de queijo, uma maionese e cinco estilos de hambúrguer. É uma marca mais simples e mais fácil de ser trabalhada.

E&N – Como vai funcionar esta segunda marca?

Bandeira – Em um primeiro momento, a Mark Smash vai funcionar exclusivamente no modelo de delivery. A ideia é licenciar a marca para alguma Dark Kitchen conseguir fazer a operação das entregas. Vou entregar todo o conceito, a estrutura de cardápio e a comunicação para um investimento muito mais baixo. A Dark Kitchen não vai ter que investir em equipamentos porque já tem tudo dentro da sua cozinha. O que a empresa vai ter é uma taxa de licenciamento e um contrato de exclusividade ao longo de alguns anos.

E&N – A Mark Hamburgueria faturou R$ 1 milhão em agosto. Qual é a previsão para os próximos meses?

Bandeira – A ideia é seguir com mais de R$ 1 milhão de faturamento por mês. Ainda não consigo ter uma noção do retorno da Mark Smash porque é um negócio muito novo. Na Mark Hamburgueria, quase 80% do faturamento das lojas vem do delivery, então a empresa investirá em modelos de licenciamento.

E&N – Há intenção de expandir a empresa para fora do Estado?

Bandeira – Tenho interesse, mas isso só será feito de forma muito bem pensada. O foco principal é crescer no Rio Grande do Sul. Havendo uma possibilidade fora do Estado, a empresa vai avaliar muito bem onde é, quem é e como vai ser, para não errar. Quando acontece de errar, não é só o Mark que erra, porque tem outras pessoas que estão investindo junto.

Fonte Oficial: https://www.jornaldocomercio.com/cadernos/empresas-e-negocios/2025/11/1222089-mark-hamburgueria-fatura-rs-1-milhao-em-um-mes-e-anuncia-nova-marca.html

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

SP: Uma pessoa morre e 40 se ferem em queda de estrutura durante festa

Investigação das mortes em operação no RJ tem graves falhas, diz ONG