Durante o Fórum Internacional Esfera, realizado em Belém (PA), o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, destacou a importância da transparência pública e do controle social como pilares do desenvolvimento sustentável e da boa governança ambiental.
O Fórum foi também uma preparação simbólica para a COP 30, que ocorrerá na capital paraense em novembro de 2025, reforçando o compromisso do Brasil com a transparência, a sustentabilidade e o protagonismo da Amazônia nas discussões climáticas globais.
O painel, em que participou o ministro da CGU, contou com as presenças dos ministros Celso Sabino (Turismo) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), além do jornalista Leonardo Attuch, mediador do debate.
O evento reuniu autoridades, especialistas e representantes de diversos setores para debater políticas voltadas à sustentabilidade e à transição energética, com ênfase no papel do Estado na promoção de investimentos responsáveis e na proteção dos biomas brasileiros.
“Pela primeira vez na história das COPs, todos os gastos relacionados à preparação do evento estão disponíveis no Portal da Transparência. Construímos marcadores orçamentários ambientais que permitem identificar, em qualquer ministério, despesas ligadas às questões ambientais e climáticas”, afirmou o ministro da CGU. “Isso gera empoderamento para a sociedade brasileira, oferece informações aos meios de comunicação e permite comparações entre gestões, fortalecendo a cultura da integridade”, complementou.
Vinícius de Carvalho ressaltou ainda que a CGU vem atuando de forma integrada com outros órgãos federais, como a Polícia Federal, no combate a fraudes ambientais e na reconstrução de instrumentos essenciais de governança climática, como o Fundo Clima e o Fundo Amazônia.
“A Controladoria tem trabalhado intensamente na reconstrução do Fundo Clima e do Fundo Amazônia, por meio de auditorias e consultorias. Essa atuação é fundamental tanto para a proteção ambiental quanto para o enfrentamento à corrupção e às fraudes ambientais”, destacou.
Ao tratar dos investimentos sustentáveis, Vinícius de Carvalho enfatizou o papel da governança pública na criação de um ambiente propício à inovação e à transição energética.
“Quando falamos em desenvolvimento sustentável, falamos de investimento público, regulação econômica e segurança jurídica para o investimento privado. Essa agenda de governança é decisiva para que os investimentos de longo prazo se consolidem, e tem sido conduzida com muita transparência e planejamento”, afirmou.
O ministro também lembrou que o Brasil é referência mundial em matriz energética limpa e destacou a importância da coerência entre as políticas de incentivo e o compromisso ambiental.
“De nada adiantaria estimular carros elétricos se nossa matriz energética não fosse limpa. O Brasil tem se mantido à frente da transição energética e vem intensificando a sua agenda de descarbonização”, concluiu.
A participação da CGU no Fórum reforça o papel estratégico do órgão na consolidação de uma administração pública íntegra, transparente e alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), contribuindo para um futuro mais ético, justo e ambientalmente responsável.
COP 30
A COP30 é a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Conferência das Partes), um encontro global anual onde líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil discutem ações para combater as mudanças do clima. É considerado um dos principais eventos do tema no mundo.
A encontro ocorrerá em novembro de 2025 na cidade de Belém, no estado do Pará, Brasil.
A evento representa uma oportunidade histórica para o Brasil reafirmar seu papel de liderança nas negociações sobre mudanças climáticas e sustentabilidade global. O evento permitirá ao país demonstrar seus esforços em áreas como energias renováveis, biocombustíveis e agricultura de baixo carbono, além de reforçar sua atuação histórica em processos multilaterais, como na Eco-92 e na Rio+20.
Os principais temas incluem: 1. Redução de emissões de gases de efeito estufa. 2. Adaptação às mudanças climáticas. 3. Financiamento climático para países em desenvolvimento. 4. Tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono. 5. Preservação de florestas e biodiversidade. 6. Justiça climática e os impactos sociais das mudanças climáticas.
A CGU integra o esforço do governo federal para assegurar transparência nos investimentos e fortalecer o controle público das ações ambientais.