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Segundo dia do Festival Curicaca premia inovação e debate de tecnologia a bioeconomia e indústria criativa

Após um dia de abertura repleto de autoridades, estudantes, discussões sobre tecnologia e Brasil profundo e batuques do Olodum, o Festival Curicaca, apresentado na Arena BRB pelo Ministério da Cultura e pela Petrobras por meio da Lei de Incentivo Cultural, deu sequência a sua programação nesta terça-feira, 8/11, com premiação, reflexões sobre desenvolvimento econômico e social e, claro, debates sobre tecnologia e inovação.

O dia começou com o anúncio, no palco Finep, das 10 melhores soluções que avançaram às próximas etapas do Desafio Bengalas Inteligentes. O concurso promove o desenvolvimento tecnológico com o objetivo de aumentar a eficiência e a segurança de bengalas para que seus usuários antecipem obstáculos estáticos acima da linha de cintura.          

“Foi a primeira vez que uma unidade da federação utilizou um concurso de inovação para estimular tecnologias assistivas”, parabenizou o presidente da ABDI, Ricardo Cappelli, diante de alunos do Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais.    

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A importância da inovação também jogou luz nos caminhos para o Desenvolvimento Econômico e Social no Brasil, tema debatido também pela manhã, no Palco NIB.

Com mediação da diretora da ABDI Perpétua Almeida, a discussão sobre como o país pode conciliar estabilidade inovação produtiva, estabilidade fiscal e a urgente transição energética reuniu representantes da CNI e dos ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Fazenda.

“É necessário aprimorar o sistema setorial de inovação para o adensamento da cadeia produtiva, trazendo a indústria para o protagonismo no crescimento econômico”, disse o secretário Uallace Moreira, do MDIC.

O espaço voltou a ser ocupado ao longo da tarde por pesquisadores e representantes de empresas em diferentes painéis sobre robótica, IA, desenvolvimento e inovação.

Estratégias duradouras

O olhar para o futuro, tema recorrente no festival, também conduziu o painel mediado pelo presidente da ABDI, Ricardo Cappelli, sobre os caminhos para tornar estratégias como a Nova Indústria Brasil (NIB) mais duradouras em um cenário de alta competitividade e incertezas econômicas.

As reflexões sobre o tema, que abordaram como o país pode construir um legado de oportunidades para as próximas gerações, contaram com a participação, entre outros debatedores, da diretora interina do Escritório da CEPAL no Brasil, Camila Gramkow. “Transformações não são espontâneas, exigem intencionalidade e, para isso, o Estado exerce um papel absolutamente relevante”.

A importância de planejar a indústria a longo prazo foi enfatizada pelo Felipe Feliciano, diretor de Relações Institucionais da Embraer, Felipe Feliciano, que também compartilhou a experiência da empresa como um dos maiores cases da indústria nacional.

Diversidade

A variedade de temas que marca os debates do Curicaca, sempre atenta às diferentes possibilidades do setor produtivo nacional, ficou evidente ao longo do dia. A Indústria Criativa, com implicações no audiovisual e na moda, foi objeto de análise paralelamente a painéis sobre bioeconomia – mais precisamente, sobre o aproveitamento de resíduos de casca de coco e sobre o papel da biologia sintética e da genômica no desenvolvimento de novas tecnologias industriais.

O encontro na Arena BRB também seguiu dando voz às mulheres. Lideranças femininas de diferentes regiões do Brasil concluíram, nesta quarta-feira, as proposições realizadas no festival para a elaboração da “Carta das Mulheres na COP30”, documento que será apresentado oficialmente na COP30, no mês que vem, em Belém (PA).

“Realizar esses debates no Curicaca foi extremamente importante. Recebemos aqui lideranças dos mais variados espectros partidários, que ocupam espaços de poder, além de mulheres da indústria e de outros setores para debater demandas e avaliar como podemos promover transformação a partir delas”, comemorou a coordenadora do encontro, Gabriela Rollemberg.

O segundo dia do Festival Curicaca encerrou a programação com o ex-Titãs Nando Reis em um show que reuniu público visitante, estudantes, expositores e integrantes de painéis ao longo da noite, sob as colunas do estádio. Música e cultura que se repetem nesta quinta-feira (9), com a apresentação de Vanessa da Mata.

O Festival Curicaca

A primeira edição do Festival Curicaca — batizado em homenagem à ave símbolo do Cerrado, conhecida por anunciar mudanças no tempo — nasce com um propósito claro: reposicionar o Distrito Federal como o epicentro da inovação industrial brasileira.

Inspirado no modelo descentralizado do evento norte-americano South by Southwest (SXSW), o festival levará conteúdos e experiências para diversos pontos da capital, promovendo uma verdadeira imersão na criatividade, tecnologia e cultura.

Com expectativa de reunir 100 mil pessoas ao longo de cinco dias, a programação inclui circuitos de startups, experiências sensoriais, gastronomia, games, exposições e shows.

A curadoria do Festival Curicaca está organizada em 10 trilhas de conhecimento, alinhadas às 6 missões da Nova Indústria Brasil (NIB). Na Arena BRB, os participantes encontrarão um ecossistema vibrante de palcos temáticos, com centenas de painéis e especialistas renomados. Cada palco foi cuidadosamente pensado para provocar reflexões estratégicas e atuais sobre os rumos do Brasil. São eles:

Palco NIB Petrobras: O palco principal do evento reunirá keynotes internacionais e debates sobre o futuro do Brasil. Entre os confirmados estão Mariano Gomide (VTEX) e Verena Paccola (Forbes Under 30). Os temas incluem a estratégia da Nova Indústria Brasil, descarbonização, robótica e o potencial brasileiro no cinema e no turismo global.

Palco Futuro (Sebrae): Dedicado a explorar o impacto da revolução tecnológica no trabalho e na sociedade, contará com nomes como Samuraí Brito (Itaú) e Maria Paula (atriz e mestra em saúde mental). Inteligência artificial, novos modelos de educação e bem-estar digital estarão em pauta.

Palco Indústria (BNDES): Voltado para tecnologia, capital e narrativas que moldam o futuro industrial, com Mariana Vasconcelos (Agrosmart), Camila Achutti (Mastertech), Daniel Balaban (ONU), Nina Santos (Políticas Digitais) e Billy Nascimento (Forebrain). Fundos de impacto, mobilidade, liderança digital e combate à desinformação serão debatidos.

Palco Inovação (Finep): Espaço para cases de empresas e startups que transformam pesquisa em impacto real. Entre os nomes confirmados estão Luana Raposo (Biotech) e Juliane Blainski (ManejeBem).

Palco Petrobras Cultural: Voltado à força da cultura brasileira, com shows, espetáculos e experiências que celebram a diversidade artística e a economia criativa.

Além dos palcos, a estrutura contará com experiências imersivas para toda família, como uma cidade futurística, experimentações científicas, feiras, desafios de inovação com startups e ativações do setor produtivo de todo o Brasil.

O Festival Curicaca tem o patrocínio cultural da Petrobras por meio da Lei Rouanet e do Ministério da Cultura, além de parceiros como BNDES, Embratur, Embrapii, ABIMDE, CNI, Senai, Sebrae, CNI, Finep, Huawei, Embrapa, Universidade Católica de Brasília, IFB, UNB, P&D Brasil, Ministério da Fazenda, MEC e MDIC.

SOBRE A ABDI

A ABDI é vinculada ao MDIC/Governo Federal e atua para fortalecer a indústria nacional, impulsionando a competitividade, inovação e sustentabilidade do setor produtivo.

SERVIÇO

Data: 7 a 11 de outubro de 2025
Local: Estádio Arena BRB e outros pontos de Brasília (DF). Acesso imprensa: Portão A.
Informações: www.abdi.com.br/curicaca
Assessoria de imprensa: imprensacuricaca@abdi.com.br
Credenciamento: https://forms.office.com/r/y9pevZvy9b

Ingressos gratuitos no app “Festival Curicaca” ou pelo site: www.abdi.com.br/curicaca

Foto: Helio Montferre/ABDI

Fonte Oficial: https://www.abdi.com.br/segundo-dia-do-festival-curicaca-premia-inovacao-e-debate-de-tecnologia-a-bioeconomia-e-industria-criativa/

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