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Políticas de longo prazo e o futuro da indústria brasileira em debate

A necessidade de estabilidade e visão de longo prazo para o desenvolvimento da indústria brasileira foi o foco do segundo dia do Festival Curicaca, apresentado pelo Ministério da Cultura e pela Petrobras, na Arena BRB, em Brasília, por meio da Lei de Incentivo Cultural. No painel “Como assegurar uma política industrial de longo prazo?”, promovido pela CNI no Palco Indústria – BNDES, especialistas discutiram os caminhos para tornar estratégias como a Nova Indústria Brasil (NIB) mais duradouras em um cenário de alta competitividade e incertezas econômicas.

Mediado por Ricardo Cappelli, presidente da ABDI, o debate abordou como o país pode construir um legado de oportunidades para as próximas gerações. Camila Gramkow, diretora interina do Escritório da CEPAL no Brasil, abriu as falas destacando a importância da gestão das transformações para o desenvolvimento industrial: “Transformações não são espontâneas, exigem intencionalidade e, para isso, o Estado exerce um papel absolutamente relevante”.

Camila apontou quatro pilares essenciais para garantir a perenidade das políticas industriais: governança, diálogo social, economia política e capacidades institucionais. Segundo ela, o Brasil tem potencial para ser protagonista na indústria verde e deve aproveitar essa oportunidade.

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Para Rafael Codeço, diretor da Secretaria da Indústria do MDIC, a política industrial deve ser compreendida como uma estratégia para garantir possibilidades reais de futuro aos jovens. A alta taxa de juros no Brasil e seu impacto no planejamento de longo prazo foram pontos centrais da fala do diretor.

Felipe Feliciano, diretor de Relações Institucionais da Embraer, compartilhou a experiência da empresa como um dos maiores cases da indústria nacional. Ele abordou o desafio de diversificar mercados globais e citou o “tarifaço” dos EUA como exemplo das barreiras enfrentadas. Feliciano enfatizou a importância de planejar a indústria a longo prazo.

O deputado federal Rodrigo Rollemberg também participou do painel e criticou a ausência de uma política perene unificada no país. “Apesar do potencial, ainda nos falta um planejamento de longo prazo”. Para ele, a existência de diretrizes como a NIB é um grande avanço, e citou a Embrapa como exemplo de política pública eficaz.

“Onde o Estado focou, deu resultados”, afirmou. O parlamentar encerrou sua fala com um alerta e uma convocação: “Governo é como feijão, só funciona sob pressão. A população precisa se engajar e pressionar para que as políticas de longo prazo se concretizem”.

O Festival Curicaca

A primeira edição do Festival Curicaca — batizado em homenagem à ave símbolo do Cerrado, conhecida por anunciar mudanças no tempo — nasce com um propósito claro: reposicionar o Distrito Federal como o epicentro da inovação industrial brasileira.

Inspirado no modelo descentralizado do evento norte-americano South by Southwest (SXSW), o festival levará conteúdos e experiências para diversos pontos da capital, promovendo uma verdadeira imersão na criatividade, tecnologia e cultura.

Com expectativa de reunir 100 mil pessoas ao longo de cinco dias, a programação inclui circuitos de startups, experiências sensoriais, gastronomia, games, exposições e shows.

A curadoria do Festival Curicaca está organizada em 10 trilhas de conhecimento, alinhadas às 6 missões da Nova Indústria Brasil (NIB). Na Arena BRB, os participantes encontrarão um ecossistema vibrante de palcos temáticos, com centenas de painéis e especialistas renomados. Cada palco foi cuidadosamente pensado para provocar reflexões estratégicas e atuais sobre os rumos do Brasil. São eles:

Palco NIB Petrobras: O palco principal do evento reunirá keynotes internacionais e debates sobre o futuro do Brasil. Entre os confirmados estão Mariano Gomide (VTEX) e Verena Paccola (Forbes Under 30). Os temas incluem a estratégia da Nova Indústria Brasil, descarbonização, robótica e o potencial brasileiro no cinema e no turismo global.

Palco Futuro (Sebrae): Dedicado a explorar o impacto da revolução tecnológica no trabalho e na sociedade, contará com nomes como Samuraí Brito (Itaú) e Maria Paula (atriz e mestra em saúde mental). Inteligência artificial, novos modelos de educação e bem-estar digital estarão em pauta.

Palco Indústria (BNDES): Voltado para tecnologia, capital e narrativas que moldam o futuro industrial, com Mariana Vasconcelos (Agrosmart), Camila Achutti (Mastertech), Daniel Balaban (ONU), Nina Santos (Políticas Digitais) e Billy Nascimento (Forebrain). Fundos de impacto, mobilidade, liderança digital e combate à desinformação serão debatidos.

Palco Inovação (Finep): Espaço para cases de empresas e startups que transformam pesquisa em impacto real. Entre os nomes confirmados estão Luana Raposo (Biotech) e Juliane Blainski (ManejeBem).

Palco Petrobras Cultural: Voltado à força da cultura brasileira, com shows, espetáculos e experiências que celebram a diversidade artística e a economia criativa.

Além dos palcos, a estrutura contará com experiências imersivas para toda família, como uma cidade futurística, experimentações científicas, feiras, desafios de inovação com startups e ativações do setor produtivo de todo o Brasil.

O Festival Curicaca tem o patrocínio cultural da Petrobras por meio da Lei Rouanet e do Ministério da Cultura, além de parceiros como BNDES, Embratur, Embrapii, ABIMDE, CNI, Senai, Sebrae, CNI, Finep, Huawei, Embrapa, Universidade Católica de Brasília, IFB, UNB, P&D Brasil, Ministério da Fazenda, MEC e MDIC.

SOBRE ABDI

A ABDI é vinculada ao MDIC/Governo Federal e atua para fortalecer a indústria nacional, impulsionando a competitividade, inovação e sustentabilidade do setor produtivo.

SERVIÇO

Data: 7 a 11 de outubro de 2025
Local: Estádio Arena BRB e outros pontos de Brasília (DF). Acesso imprensa: Portão A.
Informações: www.abdi.com.br/curicaca
Assessoria de imprensa[email protected] 
Credenciamento: https://forms.office.com/r/y9pevZvy9b

Ingressos gratuitos no app “Festival Curicaca” ou pelo site: www.abdi.com.br/curicaca.

Fonte Oficial: https://www.abdi.com.br/politicas-de-longo-prazo-e-o-futuro-da-industria-brasileira-em-debate/

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