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Tecnologia e gestão para aproximar o cidadão da Prefeitura

A transformação digital deixou de ser tendência para se tornar necessidade urgente no setor público. No caso dos municípios, ela é peça-chave para agilizar processos, ampliar o acesso a serviços e reduzir a burocracia que, por décadas, marcou a relação entre a população e o poder público. Esse é o cenário em que atua a GovBR — Governança Brasil —, empresa privada de software e serviços especializada em soluções de gestão para órgãos públicos, com foco na rede municipal.

Com mais de 50 anos de mercado, a GovBR desenvolveu um portfólio de produtos voltados a prefeitos, secretários, servidores e órgãos fiscalizadores, sem perder de vista o objetivo final: melhorar a experiência do cidadão. A mais recente iniciativa da companhia é a plataforma Cidade 360, que integra sistemas de gestão e ferramentas de transformação digital em uma única solução. O diferencial, segundo a empresa, é unir a gestão interna ao atendimento direto ao morador, encurtando o caminho entre a demanda e a entrega.

Se, até pouco tempo atrás, o cidadão precisava ir presencialmente à prefeitura ou acessar um portal para emitir guias, pagar tributos ou abrir protocolos, hoje essas funcionalidades chegam aonde ele já está: no aplicativo de mensagens. Por meio de um assistente virtual no WhatsApp, cada município pode definir quais serviços quer disponibilizar, desde agendamentos até emissão de certidões, tudo conectado aos sistemas internos de gestão.

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A proposta, explica a GovBR, não é apenas digitalizar processos, mas redesenhá-los para serem mais rápidos, transparentes e acessíveis, independentemente do porte ou do orçamento da cidade. “O objetivo não é gastar menos, mas gastar melhor — com mais educação, saúde, infraestrutura e qualidade de vida para a população”, resume a empresa.

Além da tecnologia, a companhia aposta no acompanhamento próximo dos clientes, com consultores especializados que auxiliam desde o diagnóstico de necessidades até o treinamento e adaptação cultural dos servidores. Afinal, um dos maiores desafios da modernização tecnológica no setor público não é técnico, mas humano: a mudança de hábitos e mentalidades, tanto de quem presta o serviço quanto de quem o consome.

Na entrevista a seguir, Tiago Serpa, COO da GovBR, detalha como funciona a plataforma Cidade 360, comenta os benefícios imediatos da transformação digital para municípios e população, fala sobre segurança de dados e inteligência artificial, e dá orientações para gestores que desejam acelerar o processo de inovação nas prefeituras.

Empresas & Negócios – Vocês ainda são muito confundidos com o GOV.br do Governo?

Tiago Serpa – Hoje, bem menos, mas no início sim. O GOV.br é a plataforma do Governo Federal. Nós somos a Governança Brasil, que também utiliza a sigla GovBR — a semelhança de nome gerava confusão no passado.

E&N – O que significa, na prática, uma cidade inteligente?

Serpa – É a cidade que consegue unir tecnologia e governança para oferecer o melhor atendimento ao cidadão. Isso significa gerar experiências positivas, entregar serviços com agilidade, prestar contas de forma transparente e usar a digitalização para resolver demandas mais rápido e melhor. No fim, o propósito de uma cidade inteligente é servir, de forma eficiente, quem vive nela.

E&N – Como a nova plataforma GovBR – Governo Digital – se diferencia de outras soluções do mercado?

Serpa – O mercado é formado, basicamente, por dois tipos de fornecedores: os que oferecem sistemas de gestão (contabilidade, folha, saúde, educação) e os que trabalham com processos digitais, eliminando o papel. Nós unimos essas duas frentes em uma única plataforma, olhando o município de ponta a ponta, do cidadão à gestão interna. Integrando tudo, conseguimos criar uma experiência fluida: da necessidade até a solução, num único ambiente.

E&N – Quais benefícios imediatos que o município recebe?

Serpa – Menos custos operacionais — porque o cidadão se autoatende e os processos ganham fluidez — e atendimento mais rápido, com menos filas e menos papel, gerando impacto ambiental positivo. E não é gastar menos, mas gastar melhor: menos em burocracia e mais em calçamento, educação, saúde e melhorias para a população.

E&N – Como tornar a transformação digital acessível a municípios menores e com menos recursos?

Serpa – A base de funcionamento da máquina pública é igual para todos — muda só o volume. Por isso, adaptamos a solução conforme as necessidades e a realidade de cada cidade. O gestor escolhe quais serviços oferecer e em que escala, pagando apenas pelo que utiliza. Assim, equilibramos custo e entrega, sempre com consultoria embarcada para personalizar a implantação.

E&N – Qual o papel da consultoria especializada nesse processo?

Serpa – Acompanhamos todo o ciclo de transformação, desde entender expectativas e necessidades até trazer boas práticas de outros municípios. Não é só tecnologia: é mudança cultural. Envolvemos servidores, mostramos o “antes e depois”, treinamos e acompanhamos de perto a adoção. E a jornada não acaba com a implantação — novas demandas surgem e continuamos ao lado do cliente para evoluir continuamente.

E&N – Que impacto direto o cidadão vai sentir no dia a dia?

Serpa – Mais serviços digitais, menos papel, menos deslocamentos. Um exemplo: hoje, para transferir um imóvel, é preciso ir à prefeitura fazer o ITBI. Com a solução, tudo pode ser feito pelo celular, sem sair do trabalho, sem gastar tempo ou transporte, e com economia de recursos públicos.

E&N – Qual o maior obstáculo para a modernização tecnológica no setor público?

Serpa – A mudança cultural. Por isso, a consultoria é tão importante: ela ajusta processos, mede o uso, identifica o que precisa melhorar e adapta a oferta de serviços para aumentar a adesão da população. É um trabalho de evolução constante.

E&N – A inteligência artificial já é realidade na gestão pública gaúcha?

Serpa – Sim. Hoje ela já está presente na oferta de serviços diretos ao cidadão e no apoio aos gestores e servidores, acelerando análises, otimizando processos e automatizando tarefas que antes demandavam dias.

E&N – Como equilibrar inovação e segurança de dados?

Serpa – Segurança é prioridade absoluta para nós. Seguimos a Lei Geral de Proteção de Dados e investimos fortemente em tecnologia: firewall, antivírus, nuvem e backups. O dado público exige máxima responsabilidade, e preferimos abrir mão de margem de lucro a comprometer essa segurança.

E&N – Quais as expectativas para os próximos anos?

Serpa – Crescer 12% ao ano nos próximos quatro anos, combinando novos clientes, mais municípios e a ampliação de serviços para a base atual. Trabalhamos como um ecossistema: entendemos necessidades, investimos em soluções, entregamos resultados e geramos crescimento sustentável.

E&N – Que conselho você daria a gestores que querem acelerar a transformação digital?

Serpa – Escolham um parceiro especializado que não olhe apenas para tecnologia, mas para todo o contexto da gestão pública: cultura, pessoas, processos e prestação de contas. É um ambiente mais complexo que o privado e exige suporte contínuo. O objetivo final é transformar o município em uma cidade inteligente, focada no cidadão, com alguém para caminhar junto em toda essa jornada.

Fonte Oficial: https://www.jornaldocomercio.com/cadernos/empresas-e-negocios/2025/08/1214557-tecnologia-e-gestao-para-aproximar-o-cidadao-da-prefeitura.html

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