Vender pela internet não exige, necessariamente, um site próprio ou uma loja virtual completa. Muitos empreendedores têm alcançado faturamentos expressivos utilizando apenas redes sociais e ferramentas de pagamento online, modelo que vem ganhando espaço principalmente entre pequenos negócios e profissionais autônomos.
A lógica é simples: o Instagram, o Facebook, o WhatsApp e até o TikTok funcionam como vitrines digitais, enquanto links de pagamento oferecidos por plataformas como Mercado Pago, PagSeguro e Pix cuidam da finalização da venda. Com isso, elimina-se o custo de manutenção de um e-commerce tradicional e reduz-se o tempo para colocar um produto ou serviço no ar.
Para a consultora de marketing digital Renata Lima, o segredo está na apresentação. “As redes sociais permitem criar uma narrativa visual muito forte, que gera conexão com o público. O link de pagamento só fecha a venda, mas o trabalho de convencimento acontece nos posts e nas conversas privadas”, explica.
Marcos Soares, jornalista do VIP CEO, observa que essa abordagem é especialmente vantajosa para negócios em fase inicial. “Você pode validar um produto, testar preços e entender seu público sem investir em tecnologia complexa. Em alguns casos, o empreendedor descobre que consegue manter a operação de forma simples e rentável apenas com esse modelo”, afirma.
Outro diferencial é a agilidade. Um produto ou serviço novo pode ser anunciado e começar a vender no mesmo dia, desde que o empreendedor já tenha um meio de pagamento configurado e um canal de comunicação ativo com os clientes. Além disso, é possível criar campanhas promocionais rápidas, mudar preços instantaneamente e responder dúvidas em tempo real.
Apesar das vantagens, especialistas alertam que a informalidade pode limitar o crescimento a médio prazo. Para ampliar a operação e lidar com volumes maiores de pedidos, é importante pensar em processos de entrega, controle de estoque e emissão de notas fiscais.