A climatech brasileira Radix Florestal acaba de receber um investimento de cerca de R$ 10 milhões (€ 1,5 milhão) da Ecosia, buscador ecológico alemão conhecido por financiar o plantio de árvores ao redor do mundo. O aporte marca o primeiro investimento direto da Ecosia em uma startup brasileira, fortalecendo a atuação em projetos de reflorestamento com impacto ambiental mensurável.
O investimento chega no ano em que a Radix completa 10 anos de fundação e será usado para ampliar sua atuação na Amazônia, onde já restaurou 150 hectares de áreas degradadas com cerca de 100 mil árvores de 12 espécies nativas e exóticas. Com o novo recurso, a startup planeja implementar mais 2.000 hectares até 2030 e sequestrar 21 milhões de toneladas de CO₂ até 2050, por meio de tecnologias como drones e satélites, que garantem transparência, rastreabilidade e monitoramento ambiental.
“Nosso objetivo vai além de plantar árvores. Queremos garantir que elas cresçam, sobrevivam e cumpram seu ciclo ecológico, contribuindo de fato para o sequestro de carbono e a regeneração de ecossistemas vivos e saudáveis”, afirma Mathias Perobelli Schmidt, especialista em investimentos agroflorestais da Ecosia.
Radix destinará 5% dos recursos à comunidade local
A Radix se diferencia ao unir reflorestamento biodiverso e sucessional com produção agrícola sustentável, por meio de sistemas de agrofloresta e silvicultura. A proposta é regenerar a floresta amazônica e, ao mesmo tempo, gerar renda e oportunidades para as comunidades locais. Aproximadamente 5% dos recursos captados até agora foram destinados a ações comunitárias em Roraima, onde fica um dos projetos da empresa.
“Nossa visão é fazer do reflorestamento não apenas uma necessidade ambiental, mas também uma oportunidade econômica acessível, alinhada às metas globais de ESG e desenvolvimento sustentável”, afirma Gilberto Derze, sócio-fundador da climatech.
Além do aporte da Ecosia, a Radix também foi uma das cinco iniciativas selecionadas para integrar o Nature Investment Lab, laboratório criado por BB, BNDES, GFANZ, Instituto Clima e Sociedade e Instituto Itaúsa. As startups selecionadas têm potencial de restaurar 126 mil hectares, beneficiar 15 mil famílias e remover 540 milhões de toneladas de CO₂ até 2030.
Com mais de R$ 10 milhões já investidos por 1.084 pessoas, a Radix democratiza o acesso a investimentos verdes com tokenização de ativos florestais e equity crowdfunding. Para a Ecosia, o Brasil é um ecological hot spot, um dos países mais estratégicos para projetos de larga escala, com 28 milhões de árvores plantadas pela organização desde 2014.
“Alcançamos conquistas importantes nesses 10 anos em operação e queremos ir além. A restauração produtiva é um setor em estruturação no país e demanda investimentos para crescer na velocidade que precisa”, finaliza Derze.
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Fonte Oficial: https://startupi.com.br/radix-florestal-10-mi-reflorestamento-amazonia/