EVEO capta R$ 100 milhões da XP Asset e projeta avanço estrutural até 2030

A EVEO anunciou a entrada de R$ 100 milhões provenientes do FIP XP Infra V, fundo administrado pela XP Asset. O acordo estrutura a nova etapa da companhia, focada em ampliar infraestrutura, presença geográfica e soluções voltadas ao mercado de computação em nuvem. O plano mira receita de R$ 500 milhões até 2030 e inicia um ciclo que envolve aquisição de equipamentos, aumento de capacidade técnica e possível desenvolvimento de novas ofertas.

O processo de seleção do parceiro financeiro começou no fim de 2024. A empresa analisou quase trinta fundos e escolheu cinco propostas finais. A XP Asset foi apontada como a opção mais alinhada ao modelo operacional desenhado pela EVEO. A avaliação considerou formato da operação, histórico de investimentos em infraestrutura e aderência à estratégia da companhia. A formalização ocorreu após diligências contábil, fiscal, jurídica e estratégica conduzidas ao longo de três meses. A Essential Partners atuou como assessoria financeira exclusiva, enquanto o escritório Machado Meyer ficou responsável pela parte legal.

Segundo Sergio Alarcon, CFO da EVEO, o desenho da estrutura foi determinante para a escolha. Ele afirma que a organização buscava um parceiro capaz de compreender a lógica do negócio e apoiar uma expansão sustentada por capital adequado. O executivo destaca que a operação permite continuar investindo em data centers, redes e virtualização sem alterar diretrizes de longo prazo. Para Alarcon, o movimento reforça um modelo com geração de caixa estável e crescimento apoiado por capacidade de entrega.

O investimento acelera a evolução da operação em áreas consideradas críticas para o setor. A companhia prevê aumento de capacidade instalada, entrada em frentes tecnológicas emergentes e reforço de processos internos. O movimento acompanha a maior maturidade da demanda nacional por serviços de nuvem privada. Organizações de diferentes portes têm transferido camadas essenciais de seus sistemas para provedores que operam com estrutura local, controles previsíveis e foco em continuidade.

Vicente Neto, cofundador e co-CEO da EVEO, afirma que a entrada da XP Asset fortalece a visão de longo prazo da companhia e contribui para a construção de um ecossistema de cloud voltado a aplicações de missão crítica no país. Ele avalia o acordo como um ponto de virada para o mercado, dado que o setor ainda avança na consolidação de infraestrutura com padrão compatível ao cenário global.

Lucas Vanzin, também cofundador e co-CEO, afirma que a EVEO vive uma fase de consolidação de conhecimento técnico e práticas internas. Para ele, o investimento amplia ritmo de execução, acelera expansão e sustenta avanços em regiões ainda não atendidas. O executivo afirma que o aporte permite ampliar o portfólio e reforçar a disciplina operacional que acompanha a empresa desde sua fundação. Vanzin destaca que o plano mantém foco em proximidade com clientes e atenção à qualidade técnica, elementos considerados fundamentais para a reputação construída no setor.

Com o novo ciclo, a EVEO busca posicionar-se como referência em soluções de infraestrutura voltadas ao mercado corporativo. O aporte cria condições para acelerar investimentos em equipamentos, ampliar capacidade distribuída e fortalecer presença nacional e internacional. O setor de cloud privada, que cresce com demandas por previsibilidade e operação local, entra em nova fase de competição estratégica, e a EVEO programa sua atuação para acompanhar esse avanço até o fim da década.

A operação marca movimento relevante no ambiente de tecnologia empresarial e indica novas etapas de desenvolvimento para provedores que competem por espaço em serviços de infraestrutura crítica. A empresa aposta que a combinação entre capital, escalabilidade e foco técnico permitirá cumprir a meta projetada para 2030.

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