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ABDI debate desafios e fortalecimento da indústria de Defesa na Câmara dos Deputados

A diretora de Economia Sustentável e Industrialização da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Perpétua Almeida, participou nesta terça-feira (2), em Brasília, de audiência pública da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) para discutir o cenário atual da Indústria Nacional de Defesa.

A audiência, dedicada à situação da Avibras e ao panorama da Base Industrial de Defesa (BID), buscou promover diálogo entre o Poder Executivo, o setor produtivo e o Parlamento. O objetivo foi discutir medidas de fortalecimento da indústria, incluindo incentivos fiscais, tecnológicos e aperfeiçoamentos regulatórios que ampliem a competitividade internacional dos produtos brasileiros.

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A participação da ABDI reforça o papel da Agência no fomento ao desenvolvimento de setores considerados estratégicos. De acordo com dados do Ministério da Defesa, a indústria de defesa reúne cerca de 1.100 empresas e responde por aproximadamente 4,78% do Produto Interno Bruto (PIB).

Durante sua exposição, Perpétua Almeida, que já presidiu a CREDN, destacou que o setor de defesa vai além do campo militar, sendo vital para a inovação tecnológica civil e para a economia.

A diretora apresentou iniciativas e parcerias estratégicas da ABDI voltadas ao fortalecimento da cadeia produtiva, como o acordo firmado com o Ministério da Defesa, a estruturação da modelagem Gov-to-Gov (em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina — Fiesc) e o diagnóstico da Base Industrial de Defesa.

“Muitos ainda olham para a Defesa apenas como armas e munição, mas o setor é a coluna vertebral da economia do conhecimento. Cada real investido aqui retorna em tecnologia e inovação que transbordam para a vida civil. Na ABDI, estamos criando instrumentos concretos para a Missão 6 da Nova Indústria Brasil, como o modelo de vendas ‘Gov-to-Gov’ e o monitoramento da base industrial”, afirmou.

“Nosso objetivo é transformar a capacidade de defesa em política industrial sólida, gerando emprego de alta qualidade e reduzindo a dependência externa”, acrescentou.

Além de sua relevância para a soberania nacional, o setor é considerado motor da economia, gerando cerca de 2,9 milhões de empregos diretos, indiretos e induzidos. As empresas da BID são reconhecidas pelo desenvolvimento de tecnologia de ponta, com alto potencial de aplicação em áreas civis, como transporte, comunicações e engenharia.

Desafios em pauta

Durante a audiência, foram apresentados os principais entraves ao crescimento da indústria de defesa. Entre os temas destacados estão a necessidade de isonomia tributária e de previsibilidade nos investimentos públicos.

A ausência de regularidade nos aportes é apontada como um fator que pode levar ao enfraquecimento da indústria e à perda de profissionais altamente especializados, encarecendo serviços e comprometendo a autonomia tecnológica do país.

Além da diretora da ABDI e do presidente da CREDN, deputado federal Filipe Barros, participaram da audiência o diretor-presidente da Avibras, o secretário-geral adjunto do Ministério da Defesa, Miguel Mattos, e o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol), Rodolfo Laterza.

Fonte Oficial: https://www.abdi.com.br/abdi-debate-desafios-e-fortalecimento-da-industria-de-defesa-na-camara-dos-deputados/

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