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Aprender é o novo poder

Vivemos em um tempo em que a tecnologia avança numa velocidade sem precedentes. De acordo com o relatório AI Index 2025, da Stanford HAI, o poder computacional usado para treinar modelos de IA dobra a cada cinco meses, e o volume de dados cresce a cada oito. Nesse ritmo, não há mais espaço para a zona de conforto. A habilidade mais poderosa não é saber tudo, e sim aprender rápido e continuamente. O World Economic Forum reforça essa urgência: 44% das habilidades atuais dos profissionais mudarão até 2027. Em ambientes de inovação, a liderança mais valiosa é a que adota uma mentalidade de aprendiz, que busca entender antes de decidir e se renova junto com o time.

O papel do líder mudou. Já não se trata de ter todas as respostas, mas de fazer as perguntas certas. A Harvard Business Review, no artigo “The Best Leaders Are Constant Learners”, mostra que líderes que cultivam a curiosidade geram mais engajamento e inovação em suas equipes. Essa é a essência do espírito das startups: testar, errar, aprender e ajustar, tudo em ciclos curtos. Mas é importante lembrar que, além da prática e das lições do dia a dia, é preciso dar o zoom out, estudar, aplicar e avançar. Essa combinação de experiência prática e aprendizado estruturado é o que realmente acelera o crescimento de um líder e amplia sua capacidade de gerar impacto.

A capacidade de se reinventar é o divisor de águas entre empresas que crescem e aquelas que ficam para trás. Além dos cursos e formações, tenho buscado manter uma leitura mais que ativa, capaz de despertar novas perspectivas e provocações. Li alguns livros recentemente – Reskilling in the Age of AI, da Harvard; Leading in Tough Times; A Arte de Fazer Perguntas Transformadoras, dos brilhantes José Salibi Neto e Sandro Magaldi; 2041 – Como a IA vai mudar sua vida nas próximas décadas; e o inspirador Diário de um CEO – e cada um deles me ensinou algo essencial: aprender não é um evento, é um hábito.

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Empresas que lideram esse novo tempo entendem isso profundamente. TikTok e Uber, por exemplo, são símbolos dessa mentalidade de aprendizado e reinvenção constante. Elas aprendem com os dados, com as interações humanas e com a velocidade de seus ecossistemas. Essa combinação de tecnologia e aprendizado contínuo é o que sustenta a inovação real. 

Falo desse tema não apenas como executiva, mas como alguém que decidiu viver, na prática, essa jornada de aprendiz. Este ano, tomei a decisão de estudar com afinco, de forma estruturada e profunda. Mergulhei em uma certificação de Inteligência Artificial, em uma formação de Chief Artificial Intelligence Officer (CAIO) na FEA-USP, conduzi duas imersões ao Vale do Silício com clientes, parceiros e VCs, e avancei no programa executivo AMP, no IESE Business School. Também tive a oportunidade de conhecer o processo de decisão humana em milissegundos com Paul McGrath, atleta espanhol de marcha atlética que conquistou o terceiro lugar em um campeonato mundial.

Depois de viver tudo isso, decidi catalogar cada aprendizado, documentar insights e conectar pontos, criando uma forma prática de transformar conhecimento em ação e compartilhar. Até porque a IA hoje nos ajuda nessa tarefa. Foram meses de humildade intelectual: ouvir, questionar, testar, aprender e avançar. E é justamente essa disposição para ouvir que abre portas, porque ninguém inova sozinho. Como sempre falo e repito: a estratégia de IA não se faz sozinha. O aprendizado é um ativo coletivo.

Líderes com mentalidade de aprendiz não apenas evoluem suas empresas, mas fortalecem o ecossistema. Mentoram, compartilham conhecimento, constroem pontes e inspiram outros a fazerem o mesmo. Como diz Peter Senge, autor de A Quinta Disciplina: “As organizações que aprendem são aquelas onde as pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar o futuro que desejam.” Aprender é sobre isso: expandir possibilidades. E, como reforça Carol Dweck, da Universidade de Stanford, “a mentalidade de crescimento transforma o ‘ainda não sei’ em uma oportunidade de progresso.”

No fim, a tese é simples, mas poderosa: o líder do futuro é aquele que se permite aprender, desaprender, reaprender e compartilhar. Eu não paro de estudar, e não por obrigação, mas por escolha. Cada nova ideia me transforma e amplia o impacto que posso gerar. Adotar uma mentalidade de aprendiz é mais do que uma postura: é um compromisso com a evolução contínua, com as pessoas e com o propósito de deixar um legado.

Aprender é o novo poder. E compartilhar o que se aprende é o que move. E você, já entrou nessa jornada?


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Fonte Oficial: https://startupi.com.br/aprender-e-o-novo-poder/

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