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ABDI participa de debate sobre eficiência energética e neoindustrialização

A COP da Floresta seguiu com programação intensa nesta sexta-feira (14/11), em Belém, com discussões focadas em soluções para frear as mudanças climáticas. No Pavilhão Brasil da Green Zone, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) participou do painel “Eficiência energética para uma transição justa: reduzindo emissões, gerando renda e impulsionando a nova indústria brasileira”, conduzido pela analista de Produtividade e Inovação da ABDI, Marcia Oleskovicz.

A diretora de Economia Sustentável e Industrialização da ABDI, Perpétua Almeida, abriu o encontro destacando que eficiência energética deve ser vista como um eixo estratégico para o país.

“A eficiência energética é mais do que uma pauta técnica; é uma pauta de desenvolvimento, de reindustrialização e, sobretudo, de justiça social”, afirmou. Ela apresentou o projeto “Eficiência Energética como Instrumento de Política Industrial”, desenvolvido pela ABDI em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME) e com a organização internacional Clasp.

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Segundo Perpétua, a iniciativa integra inovação, política pública e reindustrialização verde. “Esse projeto nasce da convicção de que eficiência energética não é apenas sobre energia, mas sobre pessoas. O que queremos é vencer a pobreza energética. Quando a energia chega na comunidade mais distante da Amazônia, chega junto a saúde com a telemedicina, a educação com cursos a distância e a possibilidade do produtor armazenar sua produção e montar uma bioindústria”, exemplificou.

O diretor de Estudos Econômico-Energéticos e Ambientais da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Ivanoski, ressaltou o potencial brasileiro para liderar a transição energética.

“Somos o número um do mundo do ponto de vista de energia renovável. Estamos na ‘pole position’. Como brasileiros, precisamos nos orgulhar disso”, afirmou. “É fundamental que a gente use nossas riquezas de forma que isso retorne para a população”, completou.

Já o diretor do Departamento de Informações, Estudos e Eficiência Energética do MME, Leandro Andrade, destacou a maturidade das políticas brasileiras na área: “Temos 40 anos de resultados concretos com o Procel. É uma política consolidada”, lembrou.

Ao mediar a conversa, a analista de Produtividade e Inovação da ABDI Marcia Oleskovicz reforçou a importância do esforço conjunto. “É preciso que a indústria se modernize e a gente sabe que isso tem custos. Por isso, precisamos andar juntos”, afirmou, destacando a relevância do setor de climatização e refrigeração (HVAC-R), responsável por mais de 20% do consumo de energia elétrica no Brasil.

Para mapear a cadeia produtiva do setor, a ABDI e o Senai firmaram um convênio, proporcionando uma base de conhecimento, de gargalos tecnológicos e de oportunidades de inovação. O projeto também instituiu um comitê de acompanhamento, reunindo governo, setor produtivo e instituições de pesquisa, promovendo a governança de forma colaborativa para transformar eficiência energética em política pública estruturante e em motor da reindustrialização verde.

“O Brasil tem a oportunidade de dar ao mundo o presente mais bonito, que é a parceria entre consumidores, governo e indústria. É assim que podemos melhorar a vida das pessoas, reduzir custos e garantir energia a quem não tem”, disse o diretor de Estratégia e Impacto da Clasp, Bishal Thapa, organização que atua globalmente apoiando países na formulação de políticas e padrões de eficiência.

Segundo o superintendente de Desenvolvimento Produtivo e Inovação do BNDES, João Paulo Pieroni, o governo incentiva projetos de desenvolvimento sustentável por meio de iniciativas como o Fundo Clima, ampliado a partir da nova política industrial. “As empresas precisam inovar, melhorar seus processos e, com isso, serão mais competitivas. Então a eficiência energética acaba sendo um elemento muito importante na nossa avaliação de projetos”, destacou.

Foto: Fábio Viana/ABDI

Fonte Oficial: https://www.abdi.com.br/abdi-participa-de-debate-sobre-eficiencia-energetica-e-neoindustrializacao/

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