in

ABDI destaca pioneirismo do Recircula Brasil em painel na Blue Zone da COP30

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) realizou, nesta sexta-feira (14), o painel “Recircula Brasil – Transformar a Indústria por meio da Circularidade”, na Zona Azul (Blue Zone) da COP30. A inciativa destacou os avanços da plataforma de circularidade que destacada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) como solução pioneira no rastreamento de plástico reciclado.

 Desenvolvida pela ABDI e pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), a ferramenta permite rastrear o plástico desde o descarte até sua reinserção na cadeia produtiva, com base na nota fiscal eletrônica. A plataforma agora avança para novas cadeias industriais, fortalecendo a liderança do Brasil na economia circular e apoiando a implementação de políticas públicas ambientais.

Na abertura, a diretora de Economia Sustentável e Industrialização da ABDI, Perpétua Almeida, destacou o pioneirismo global do Recircula Brasil e seu papel estratégico para a competitividade da indústria nacional.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

“Pela importância para a competitividade da indústria brasileira, a plataforma Recircula Brasil é uma ferramenta que serve ao País e hoje é patrimônio do clima, da humanidade e do planeta”, afirmou Perpétua Almeida.

Perpétua mediou o debate, que contou com a participação da gerente de Nova Economia e Indústria Verde da ABDI, Talita Daher; do secretário nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Adalberto Maluf; do secretário adjunto de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Lucas Ramalho; do presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel; e da presidente da Associação Brasileira da Indústria do Alumínio (Abal), Janaína Donas.

O painel apresentou experiências nacionais e internacionais, destacando como o Recircula Brasil facilita o cumprimento das novas regras do decreto do plástico, amplia a formalização da cadeia produtiva e estimula a reciclagem em escala industrial.

A plataforma já verificou mais de 50 mil toneladas de plástico, oriundas de 304 fornecedores e destinadas a mais de 1.500 clientes de diversos setores, incluindo alimentos, bebidas, construção civil e eletroeletrônicos.

“Aprovamos a Estratégia Nacional de Economia Circular, decretos de logística reversa com conteúdo reciclado mínimo, rastreabilidade obrigatória e incentivo ao reuso. Para que tudo isso se concretize, precisamos de boas plataformas”, afirmou o secretário Adalberto Maluf, destacando a integração entre políticas industriais e ambientais e as ferramentas de circularidade.

O “Decreto do Plástico” estabelece que, a partir de 2026, embalagens plásticas deverão conter ao menos 22% de material reciclado e que 32% das embalagens comercializadas deverão ser efetivamente recicladas, com percentuais crescentes até 2040. 

A gerente Talita Daher reforçou a importância da rastreabilidade para o avanço da economia circular: “O Recircula Brasil oferece confiabilidade e evita práticas de greenwashing. Já certificamos mais de 50 mil toneladas de plástico e, com o decreto do plástico, essa meta será ainda maior”, afirmou.

Ao digitalizar e registrar a origem dos resíduos, o Recircula Brasil também contribui para a inclusão de catadores e cooperativas, responsáveis pela maior parte dos materiais que chegam às recicladoras, ampliando oportunidades de renda, reconhecimento e participação na economia circular.

Nesse contexto, Lucas Ramalho destacou que a estratégia nacional de industrialização do governo combina desenvolvimento econômico, descarbonização e inclusão social. Ele ressaltou que a transição para esse novo modelo exige integrar toda a base de catadores à cadeia produtiva, ampliando tecnologia, regulação e fiscalização.

“A plataforma Recircula cria as condições para que essa inclusão seja efetiva, garantindo que os 800 mil catadores brasileiros possam acessar políticas públicas e participar de forma digna da economia circular”, completou.

A diretora Perpétua Almeida reforçou que a agenda da circularidade é transversal:

“Circularidade não é uma agenda ambiental isolada. É industrial, econômica e social. Ela começa na base, na catadora e no catador, e se realiza na indústria que inova, certifica e compete no mundo com transparência”, afirmou. “O Brasil pode liderar essa agenda global. E pode liderar sem deixar ninguém para trás”, acrescentou.

Como funcionao Recircula Brasil

Na prática, a plataforma garante que cada quilo de plástico reciclado tenha origem e destino rastreados por meio do cruzamento de dados fiscais e operacionais. Ao certificar a cadeia de reciclagem, a ferramenta fortalece a logística reversa, confere segurança às transações e agrega valor ao resíduo, transformando-o em ativo estratégico para a indústria.

Ampliação

Na última terça-feira (11/11), a ABDI e a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) assinaram Acordo de Cooperação Técnica para elaborar estudo inédito sobre a destinação de resíduos da cadeia produtiva têxtil, incluindo tingimento, estamparia, fibras e tecelagem.

Assinado pelo presidente da ABDI, Ricardo Cappelli, e pelo presidente da Abit, Fernando Pimentel, o acordo vai mapear fluxos, volumes e práticas de destinação de resíduos industriais e pós-consumo, além de preencher lacunas de informação e promover maior integração entre indústria, varejo, recicladores e poder público. Os dados levantados vão orientar futuras políticas públicas e estratégias empresariais de economia circular.

O Recircula Brasil também avança para novas cadeias industriais, como a de vidro, papel e alumínio, que já realiza testes na plataforma.

Fonte Oficial: https://www.abdi.com.br/abdi-destaca-pioneirismo-do-recircula-brasil-em-painel-na-blue-zone-da-cop30/

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Senac-RJ Summit 2025: inclusão digital, inovação e transformação social em evento gratuito