A proliferação de conteúdos sintéticos gerados por algoritmos avançados está corroendo a credibilidade das interações online no Brasil. Para mapear esse fenômeno, a Caf, especializada em verificação de identidades e documentos, patrocinou junto à Prosa Press o documentário “A Nova Economia do Engano”, que investiga a erosão da confiança nas transações digitais.
A produção jornalística, conduzida por Patricia Travassos, inicia desafiando espectadores a distinguirem imagens autênticas de falsificações. Esse exercício ilustra a dificuldade crescente em separar conteúdo legítimo de manipulações sofisticadas, problema que afeta desde indivíduos até organizações de diversos portes.
Marcelo Sousa, VP de Produto da companhia, identifica dois perfis distintos de criminosos digitais. O primeiro grupo concentra esforços em burlar sistemas de segurança através da falsificação de documentos oficiais. O segundo desenvolve narrativas elaboradas para extrair dados sensíveis diretamente das vítimas, obtendo acessos não autorizados.
“Ambos os segmentos aprimoraram metodologias utilizando recursos de inteligência artificial. Nossa estratégia combina múltiplas camadas tecnológicas com conhecimento acumulado para antecipar movimentos maliciosos”, explica o executivo.
O filme reúne análises de profissionais de setores variados. André Sanchez, responsável por risco e prevenção na Creditas, Bruno Araújo, ex-gestor operacional da Saúde Sim, Ergon Cugler, pesquisador do laboratório DesinfoPop da Fundação Getulio Vargas, e Leonardo Sica, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo, compartilham perspectivas sobre origens e desdobramentos desses crimes.
O setor de saúde suplementar exemplifica a magnitude financeira do problema. Segundo informações apresentadas na produção, operadoras médicas brasileiras registram perdas anuais de R$ 34 bilhões com atividades fraudulentas, montante equivalente a 12% do faturamento total do segmento.
Esse vazamento de recursos compromete particularmente empresas de menor porte, que carecem de infraestrutura robusta para implementar proteções adequadas. Companhias menores enfrentam exposição desproporcional aos riscos, enquanto concorrentes maiores investem em departamentos especializados e tecnologias preventivas.
Rodrigo Lattaro, VP Global de Marketing da Caf, contextualiza que a organização monitora continuamente essas vulnerabilidades. “Nossa imersão no universo da verificação nos permite enxergar ameaças como impulsionadoras de desenvolvimento. Conduzir reflexões aprofundadas sobre ferramentas emergentes integra nosso planejamento, considerando que táticas inéditas surgem diariamente”, afirma.
A executiva sinaliza reformulação estratégica prevista para 2026, quando a empresa lançará produtos redesenhados para fortalecer escudos corporativos. A iniciativa busca democratizar proteção, tornando recursos antes exclusivos de grandes corporações acessíveis a negócios de médio porte.
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Fonte Oficial: https://startupi.com.br/a-nova-economia-do-engano-confianca-digital/