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Explica aí, ABDI: Empreendedoras Tech

Lançado em 2023, o programa Empreendedoras Tech, uma iniciativa conjunta do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), tem como objetivo fortalecer e apoiar negócios de base tecnológica liderados por mulheres.

Nesta edição, até 100 empreendedoras serão selecionadas e receberão apoio financeiro mensal de R$ 6,5 mil, além de uma jornada gratuita e estruturada de capacitação, mentoria e acesso ao mercado. As participantes também poderão concorrer a prêmios de até R$ 40 mil no demoday, evento em que apresentarão seus projetos a investidores e aceleradoras. As inscrições estão abertas até 2 de novembro.

Uma das expectativas do edital é ampliar a participação de mulheres das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, promovendo maior diversidade territorial e inclusão regional no ecossistema de inovação tecnológica.

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No quadro “Explica aí, ABDI”, a gerente de Difusão de Tecnologias da ABDI, Isabela Gaya, explica os objetivos da iniciativa e os impactos esperados para o empreendedorismo e para as mulheres do setor.Ela aponta que, na edição anterior, cerca de 65% das participantes formalizaram seus negócios após o processo de aceleração e, no total, as empreendedoras apoiadas captaram mais de R$15 milhões em investimentos e crédito.

O que é o Empreendedoras Tech?

Isabela Gaya: O Empreendedoras Tech é um programa de aceleração e capacitação do MDIC, em parceria com a ABDI e o Sebrae, que está em seu 3º ciclo. O propósito é selecionar e apoiar empresas e projetos com foco em inovações tecnológicas liderados por mulheres — executivas, sócias, presidentes, diretoras ou fundadoras — fortalecendo e acelerando o crescimento de negócios femininos de base tecnológica.

Qual o principal objetivo da iniciativa?

Isabela Gaya: O objetivo maior é estimular o empreendedorismo inovador no país e promover a equidade de gênero no ecossistema de ciência, tecnologia e inovação. E para atender às diferentes fases de maturidade dos negócios, o programa oferece duas trilhas de aceleração:

Validação – Para empreendedoras com soluções ainda em desenvolvimento ou com validação inicial do problema e do mercado. Com foco no ajuste do modelo de negócios, validação com clientes, primeiras vendas e experimentação.

Tração – Para negócios que já possuem produto validado, clientes ativos e potencial de escala. Com foco no crescimento acelerado, estratégias comerciais, métricas e posicionamento no mercado.

Quais os desafios enfrentados pelas mulheres no empreendedorismo?

Isabela Gaya: O programa é desenvolvido a partir da identificação de problemas públicos como o número desigual de mulheres em cargos de liderança, o reduzido número de mulheres em empresas e projetos de base tecnológica. De acordo com dados da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), as mulheres estão à frente de 24,54% das startups no Brasil. A Região Sudeste concentra a maior parte delas, com 14,93%, seguida pela Região Sul, que reúne 6,7%. As demais regiões apresentam percentuais menores e relativamente próximos entre si: Centro-Oeste (1,20%), Nordeste (1,29%) e Norte (0,85%).

Quais os principais benefícios para as participantes?
  • Capacitação online completa em gestão e tecnologias, ministrada por especialistas do setor.
  • Mentorias individuais gratuitas com profissionais experientes do ecossistema de inovação.
  • Aporte financeiro (bolsa/capital semente) no valor de R$6.500,00, pago em até 4 parcelas, condicionado ao cumprimento das regras do edital.
  • Conexão, troca de experiências e formação de redes com outras empreendedoras de tecnologia de todo o país.
  • Participação no evento final Demo Day, em Brasília/DF, incluindo Rodadas de Negócios com potenciais parceiros e investidores.
  •  Oportunidade de concorrer a premiação adicional em dinheiro (ex.: R$40 mil para os melhores times).
Quais critérios serão avaliados na seleção?
  • Potencial de Mercado (PM)
  • Grau de inovação e desenvolvimento tecnológico (GI)
  • Escalabilidade da solução (ES)
  • Equipe Empreendedora (EE)
  • Diversidade Interseccional da Liderança Empreendedora (DE)
  • Participação de gênero no território nacional (PG)
  • Impacto Positivo (IP)
  • Pitch da Solução (OS)
Como está estruturada a jornada de capacitação?

Isabela Gaya:  O projeto é dividido em módulos/etapas. A capacitação ocorre predominantemente de forma remota (online), permitindo a participação de todas as regiões. A jornada inclui workshops, treinamentos, mentorias e aprofundamento de conhecimentos, culminando em um evento presencial de encerramento, o Demo Day e Rodadas de Negócio, onde as participantes apresentam suas soluções.

Qual o diferencial do Empreendedoras Tech?

Isabela Gaya:  O principal diferencial é o foco em acelerar negócios de tecnologia que são liderados por mulheres, promovendo a inclusão produtiva feminina em setores de alta tecnologia. Oferece um suporte que combina capacitação de alto nível, mentorias personalizadas e aporte financeiro direto (bolsa/capital semente) e premiação, além de reforçar a busca pela equidade de gênero.

Qual é o impacto que o programa espera gerar?
  • Elevação do crescimento, da densidade tecnológica e do faturamento das empresas lideradas por mulheres
  • Redução da sub-representação feminina em áreas de alta tecnologia e em cadeias produtivas intensivas em conhecimento
  • Fortalecimento do protagonismo feminino em ambientes estratégicos de inovação e decisão tecnológica
  • Reposicionamento das empreendedoras como lideranças técnicas legítimas no ecossistema nacional
  • Estímulo à inovação e ao desenvolvimento econômico do país, com base em evidências, dados e indicadores
  • Criação de uma cultura de inovação entre negócios femininos, ampliando a ambição estratégica das fundadoras
  • Redução das assimetrias de acesso a redes, recursos, conhecimento e oportunidades no SNCTI (Sistema Nacional de CT&I)
  • Transformação do repertório, da linguagem e da autoconfiança das empreendedoras
  • Geração de “efeito vitrine” para inspirar outras mulheres e ampliar a participação feminina no setor tecnológico.

Fonte Oficial: https://www.abdi.com.br/explica-ai-abdi-empreendedoras-tech/

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