Usar argumentos lógicos e racionais pode ser muito convincente, e também vantajoso, sempre que quisermos provar nosso ponto de vista ou obter um “sim” para o que estamos propondo. Mas, sejamos francos; se você quiser interagir e construir sólidas relações com as pessoas, não é o racionalismo nem a inteligência que farão isso acontecer. É porque as pessoas, bem mais do que racionais, são – na grande maioria das vezes – seres emocionais, e reagem primeiramente a fatores emotivos. Se você quiser ser realmente bem-sucedido nas relações humanas, você precisa aprender a ganhar o coração das pessoas, mais do que suas mentes.
Colocando uma lupa sobre relações interpessoais
Somos seres humanos e todos queremos alcançar êxito e felicidade. Mas, é preciso reconhecer: seu sucesso e prosperidade dependem em grande parte de outras pessoas. É claro que nossas escolhas, postura e atitude perante a vida são fatores fundamentais ao nosso sucesso, e isso é indiscutível. Contudo, já pensou alguma vez no enorme papel que os outros desempenham no seu êxito pessoal e profissional e na sua felicidade? Reflita sobre isso e ficará convencido de que grande parte do que você conseguiu, ou irá conseguir, depende muitíssimo da forma como você mantém relações com as outras pessoas.
Isso se aplica a todas as áreas da nossa vida, seja profissional, familiar, conjugal, financeira, comunitária, religiosa, ou entre amigos. Sua ascensão profissional, por exemplo, depende mais de sessenta por cento do bom relacionamento que você tem com seu chefe. Se você não concorda com isso, sugiro então que você bata de frente com ele, e descobrirá de maneira dolorida que a corda certamente vai arrebentar do lado mais fraco: o seu.
Os dois pontos fundamentais das relações interpessoais
O primeiro ponto fundamental das relações humanas é que no convívio com pessoas, todos nós queremos alguma coisa uns dos outros. O chefe quer lealdade e produtividade dos liderados e os liderados querem reconhecimento e segurança na empresa; os pais querem que os filhos obedeçam e os filhos querem que os pais os amem e protejam; os casais querem afeto e amor mútuos; o vendedor quer que os clientes comprem e os clientes desejam satisfação com a compra, e assim por diante.
É fácil percebermos que ter sucesso nas relações humanas significa dar à outra pessoa algo que ela deseja em troca do que nós desejamos. Não se trata de egoísmo, mas de uma visão lúcida e inteligente que expressa a essência da arte de saber conviver e aprender com as pessoas. Desse entendimento dependem o crescimento e a maturidade dos nossos relacionamentos e, em boa parte, a nossa felicidade.
Outro ponto fundamental das relações humanas é que todos nós possuímos em abundância várias coisas que as outras pessoas precisam de nós, ou gostariam de ter. Se você proporcionar essas coisas a elas, elas prazerosamente lhe oferecerão as coisas que você precisa ou deseja. Cabe a você aperfeiçoar-se e aprimorar-se, pessoal e profissionalmente, para que tenha muito com que contribuir com as outras pessoas, e possa cada vez fazer mais por elas. Uma pessoa próspera tem maior possibilidade de beneficiar os outros do que um indivíduo malsucedido. Uma pessoa feliz tem chances muito maiores de disseminar felicidade ao seu redor do que um indivíduo infeliz.
O X da questão
O Instituto Dale Carnegie, dos Estados Unidos, efetuou uma pesquisa com dez mil pessoas e o resultado a que chegou foi surpreendente. Apenas 15% do sucesso das pessoas deviam-se à competência técnica e habilidade no trabalho. Os outros 85% do sucesso eram fundamentados na personalidade e, sobretudo, na habilidade de saber relacionar-se com pessoas. Vários estudos semelhantes efetuados por diferentes empresas confirmaram esses percentuais.
É só você olhar à sua volta. As pessoas bem-sucedidas que você conhece são mais inteligentes do que os outros, ou são superdotadas? E os indivíduos mais felizes que você conhece são mais hábeis ou mais espertos do que os outros? É claro que não. Se você analisá-las atentamente descobrirá que elas, acima mesmo de suas competências profissionais, sabem relacionar-se com os demais, ser empáticas, dialogar e ser convincentes no trato com as pessoas.
Relações humanas e a era da informação
Estamos na era da tecnologia e da informação. Os meios de comunicação (televisão, telefone, rádio, jornal), a internet e as mídias sociais aproximam as pessoas cada vez mais e tornam o mundo pequeno, ao alcance de uma ligação no celular ou um clique no seu mouse. As atividades profissionais e econômicas estão se tornando muito complexas e especializadas e, por conta disso, as pessoas passam a ser cada vez mais importantes para nós, pois as possibilidades de comunicação aumentaram exponencialmente.
Logo, queira ou não, você vai ter que conviver diariamente com pessoas, goste delas ou não, porque elas estão aqui para ficar e, se você quiser ter sucesso no mundo de hoje, terá sempre que levar em consideração a multiplicidade de pessoas que te cercam.
Vale destacar: se você encontrar uma pessoa de sucesso – seja homem ou mulher – em qualquer profissão ou campo de atividade, irá descobrir que esse indivíduo aprendeu a dominar a arte de relacionar-se bem com as pessoas e que soube tornar-se útil aos outros, porque tornou-se um caminho através do qual encontram ajuda.
Texto extraído e condensado do ebook “Saia da Casca – Como Construir Relações Interpessoais Vencedoras com Qualquer Pessoa”, de Ernesto Artur Berg, publicado pela Amazon.
Fonte Oficial: https://www.contabeis.com.br/artigos/73473/sucesso-na-carreira-a-importancia-das-relacoes-humanas/