*Por Marcelo Navarini
Quando chega o último trimestre, muitas PMEs encaram um dilema: aumentar esforços de promoção ou manter cautela para não perder margem. A resposta certeira para essa questão mora na inteligência de dados, que permite transformar indicadores operacionais em decisões estratégicas para aumentar vendas, reduzir desperdícios e criar conexão com o cliente.
Por que os dados são o novo estoque estratégico das PMEs
Para muitos empreendedores, dados ainda são números frios em planilhas. Mas eles são justamente o estoque invisível que pode impulsionar vendas. A inteligência de dados permite selecionar informações realmente relevantes, como histórico de compras, ciclos de demanda e comportamento de cliente, e destacar o que realmente importa para o negócio.
No contexto da Black Friday, a própria Pesquisa de Intenção de Compra indica que 70% dos consumidores já se planejam financeiramente e 60% pretendem gastar mais de R$500,00. Isso revela que o consumidor já chega preparado para comprar. Sua margem para erro é pequena. Saber quem está nessa fatia, quais produtos são mais buscados e em que momento se engaja pode ser a diferença entre vendas e estoque encalhado.
Além de oferecerem automações de processos, que melhoram a eficiência da empresa, plataformas de ERP permitem a gestão ponta a ponta do negócio, ajudando a escalar as vendas. O Bling, por exemplo, conta com um dashboard inteligente, estruturado para fornecer todas as informações e dados que o empreendedor precisa para tomar decisões importantes no negócio, que são estratégicas para o calendário de fim de ano que, além da Black, incluem Natal e ano-novo.
Usando os dados com inteligência
Para ter um uso eficiente de todas informações reunidas no dashboard é preciso avaliar diversas combinações de dados como o histórico de vendas, observando desempenho por período, sazonalidades e canais de venda, como loja virtual, marketplaces e ponto físico. Outro ponto importante é verificar a evolução do ticket médio e identificar os produtos com maior impacto na receita, analisando a curva ABC.
Mapear a sazonalidade dos anos anteriores ajuda na previsão de demanda, enquanto entender a elasticidade de preço por item permite calibrar promoções com mais precisão. Indicadores de engajamento, como taxas de abertura de e-mail e cliques em campanhas, mostram onde sua comunicação está funcionando ou falhando. E por fim, os dados de comportamento do cliente, como frequência de compra e tempo entre pedidos, são chave para personalizar ações.
Antecipação na previsão de demanda e definição de preço
Com os dados históricos e comportamento atual do consumidor, uma PME pode estimar quais produtos terão pico de demanda. Em vez de reagir ao estoque baixo, a empresa antecipa reposição, reorganiza logística e estimula os produtos certos com antecedência.
Em paralelo, a inteligência de dados permite ajustar preços de forma mais precisa. Em vez de oferecer desconto uniforme, pode-se mapear elasticidade de preço por produto e oferecer promoções graduais. Produtos com margem mais elástica ganham desconto maior. Outros mantêm preço mais conservador para proteger a lucratividade.
Integração do ERP com canais, marketing e experiência do cliente
Vendas, estoque, integração com marketplaces, emissão de nota, automatizações. Essa união evita rupturas como produto vendido e não disponível, duplicidade de pedido ou desequilíbrio de estoque.
Dentro desse ecossistema, a personalização e experiência fazem diferença. Se seus dados mostram que um cliente comprou o produto X há três meses, você pode enviar uma oferta personalizada de item complementar. Se identificou clientes que abandonaram carrinho para produtos acima de certa faixa de preço, pode oferecer cupom específico para essa faixa. Tudo isso alimentado por automatizações do próprio ERP e dados embasados no histórico.
Transformar dados em vantagem competitiva
Para PMEs que vivem o desafio de competir com grandes players do varejo nas datas de fim de ano, a inteligência de dados é a alavanca essencial para ganhar escala com precisão. Quem consegue ler o padrão de comportamento do cliente, antecipar demanda e personalizar oferta converte melhor e fideliza mais.
O consumidor já chega à mesa com orçamento definido, expectativas altas e menos tolerância a ofertas ruins. Usar essa informação sem mergulhar nos dados internos é desperdiçar vantagem.
Empresas que utilizam o ERP de forma estratégica não apenas controlam processos, mas transformam ações em decisões. Com dashboards certeiros, integração entre canais e automatizações inteligentes, o fim de ano deixa de ser um salto no escuro e passa a ser uma rota guiada por dados confiáveis e resultados reais.
Marcelo Navarini é diretor do Bling
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Fonte Oficial: https://startupi.com.br/inteligencia-de-dados-pmes-nas-vendas/