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6 em cada 10 brasileiros adotam práticas sustentáveis constantemente, mostra pesquisa da ABDI e da Nexus

Cuidar e agir em prol do meio ambiente. Seis (59%) em cada 10 brasileiros afirmaram que incluem cuidados com o meio ambiente de forma constante em suas rotinas. A pesquisa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da Nexus aponta que 39% da população dizem cuidar do meio ambiente sempre, e 20%, frequentemente. Outros 25% responderam que o cuidado acontece “às vezes”, 7%, raramente, 8%, nunca e 1% não soube responder.

Os mais velhos, que têm mais de 60 anos, foram a única segmentação em que mais da metade (54%) responderam que sempre adota práticas de cuidados com o meio ambiente na rotina. Outros 14% disseram que adotam frequentemente, somando 68%. Entre quem tem o ensino superior completo, esse número chega a 70%, com 37% dizendo que cuidam sempre do meio ambiente no dia a dia e 33%, frequentemente.

Já entre os mais jovens ouvidos pela pesquisa, na faixa dos 16 aos 24 anos, está o menor engajamento com os cuidados com o meio ambiente. Apenas 26% disseram sempre adotar essas práticas na rotina, enquanto 23% responderam adotar frequentemente.

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A pesquisa da ABDI e da Nexus aponta também que o Sul (68%) é a região do Brasil em que mais moradores se preocupam com as práticas ambientais em suas rotinas. Em seguida, vêm o Sudeste (59%), o Nordeste (56%) e o Norte/Centro Oeste (56%). O cuidado com o meio ambiente também é mais comum entre as mulheres (63%) do que entre os homens (56%).

Separação do lixo para reciclagem é a prática mais comum entre brasileiros

Entre as práticas sustentáveis adotadas pelos brasileiros no cotidiano, a mais comum é a separação de lixo para reciclagem, resposta de 62% dos entrevistados. Em seguida, vem economizar água (40%), energia elétrica (29%), evitar o desperdício de alimentos (13%), evitar o uso de plástico descartável (12%), reutilizar embalagens (12%), usar mais transporte público, bicicleta ou andar a pé (8%), comprar de marcas com práticas sustentáveis (5%), não jogar lixo nas ruas (3%) e plantar árvores (2%). Um total de 9% ainda respondeu que faz outras ações sustentáveis e 2%, que não realizam nenhuma.

A separação de lixo é mais adotada pelos moradores do Sul (76%), quem ganha de 2 a 5 salários mínimos (70%) e quem tem de 41 a 59 anos (69%). Já economizar água é mais comum entre quem tem o ensino superior completo (49%), os mais ricos (47%), moradores do Sul (46%) e quem tem de 25 a 40 anos (46%).

Mais da metade dos brasileiros adotam sustentabilidade como critério de compra

Uma parcela de 55% da população brasileira já utiliza a preocupação com a preservação do meio ambiente como critério na hora de escolher o que consumir. Para 36%, produtos que utilizam tecnologia sustentável como eletrodomésticos econômicos, lâmpadas de LED ou itens recicláveis têm sempre preferência no carrinho de compras. Já para 19%, a sustentabilidade é critério frequentemente. Outros 23% dos entrevistados disseram que às vezes têm a sustentabilidade como critério de compra, já 12% responderam que raramente, 9% que nunca levam em consideração o impacto ambiental na escolha de consumo e 2% não souberam ou não opinaram. Entre quem leva a sustentabilidade como critério para compras de forma mais rotineira, se destaca quem estudou até o ensino superior (68%), quem ganha mais de 5 salários mínimos (68%) e quem ganha de 2 a 5 S.M (61%).

Com que frequência você opta por comprar produtos com tecnologia mais sustentável, como eletrodomésticos
econômicos, lâmpadas LED, itens recicláveis ou que consomem menos recursos?

Perfis

A pesquisa da ABDI e da Nexus elaborou perfis para quantificar e compreender o comportamento no boicote de marcas pelos consumidores. Foram listadas, então, 8 situações hipotéticas que retratavam a falta de compromisso com a preservação ambiental.

Os brasileiros que disseram já terem boicotado marcas em 6 a 8 ações retratadas na pergunta feita pelo levantamento foram denominados alto boicotador; de 3 a 5 motivos, médio boicotador; 1 a 2 ações, baixo boicotador; e nenhuma ação, não boicotador.

Ao todo, 69% dos alto boicotadores disseram que sempre (45%) ou frequentemente (24%) optam por produtos com tecnologia sustentável. Entre os médios boicotadores, esse número cai para 60% (42% sempre + 18% frequentemente) e entre os baixos boicotadores, para 51% (39% sempre + 12% frequentemente). Ao todo, 46% de quem nunca boicotaram uma marca por ações não sustentáveis disseram sempre (26%) ou frequentemente (20%) optar por produtos que agridam menos o meio ambiente.

Apesar da preocupação, a pesquisa da ABDI e da Nexus exibe que o brasileiro esbarra no custo na hora de consumir mais tecnologia sustentável: 28% dos entrevistados que responderam não comprar “nunca” ou “raramente”, produtos menos prejudiciais ao meio ambiente citaram os preços elevados como principal motivo. Entre quem tem ensino superior completo esse número chega a 53%. Outros 20% falaram em “questões financeiras” para justificar a falta de consumo de produtos mais sustentáveis. Se destacam quem ganha até 1 salário mínimo (31%), quem tem acima de 60 anos (29%) e os moradores do Nordeste (28%).

Dentro de casa, mudanças começam com energia solar

Metade dos brasileiros (47%) disse que a primeira mudança que fariam para tornar sua casa mais sustentável seria a instalação de energia solar. Em segundo lugar, vem o reaproveitamento da água da chuva em cisternas ou reservatórios e trocar lâmpadas comuns por LED, resposta de 25% dos entrevistados. Trocar eletrodomésticos por modelos mais econômicos (19%), reduzir o consumo de energia tornando a casa mais iluminada e com maior circulação de ar (19%), instalar torneiras e descargas com baixo consumo de água (17%), fazer compostagem de resíduos orgânicos (9%) e usar materiais de construção mais sustentáveis (8%), também foram citados. Outros 2% disseram que não fariam nenhuma mudança e 2% não souberam, ou não responderam.

Entre quem disse que instalaria painéis de energia solar, se destacam os mais ricos (57%), quem tem ensino superior completo (52%) e moradores do Sul (51%). Já o aproveitamento de água da chuva foi mais citado por quem estudou até o ensino fundamental (28%), quem tem de 41 a 59 anos (28%) e moradores do Sudeste (28%). Os entrevistados deveriam elencar até duas opções.

Brasil como líder das discussões ambientais

O levantamento também aponta que, para 64% dos brasileiros, o Brasil é um dos países que lidera as discussões ambientais e sustentáveis no mundo. Entre os que acreditam nesse papel de liderança da nação, 43% acham que, apesar de estar na vanguarda das conversas sobre mudanças climáticas, o país ainda tem muito a melhorar. Outros 21% apontaram o protagonismo do Brasil no tema sem ressalvas. A pesquisa da ABDI e da Nexus também mostra que 20% acreditam que o Brasil tem perdido protagonismo na conversa nos últimos anos, 9% disseram não considerar que o país participa dessa agenda e 7% não souberam ou não responderam.

A visão do papel de vanguarda do país na pauta sustentável sem ressalvas é maior entre quem tem até o ensino fundamental completo (27%), quem não faz parte da População Economicamente Ativa do país (27%) e quem ganha até 1 salário mínimo (26%). Já quanto mais jovem, maior a crença no potencial do país como centro de discussões de pautas ambientais e sustentáveis, mas com espaço de melhora, resposta de 45% de quem tem entre 16 e 40 anos, acima da média nacional, 42% de 41 a 59 anos e 40% de quem tem mais de 60 anos. No Sul e no Sudeste, 46% dos brasileiros de cada região acreditam que o país lidera as discussões sobre a pauta, mas ainda tem muito o que melhorar. No Nordeste, são 43%, e no Norte/Centro-Oeste, 35%.

Mais empregos a partir da transição para economia sustentável

O otimismo da população com o impacto da transição para uma economia sustentável no mercado de trabalho faz com que 3 em cada 4 brasileiros (75%) apostem na geração de novos empregos. Desses, 54% dos brasileiros esperam “muitos empregos” e 21% “poucos novos empregos”. Outros 16% disseram que a transição para a economia sustentável vai diminuir (9%), diminuir muito (5%) ou acabar (2%) com as ofertas de emprego no país. Entre os entrevistados, 5% falaram ainda que nada vai mudar e 4% não souberam responder.

Quanto maior a renda, maior a crença no potencial da geração de empregos por meio da chamada economia verde, aposta de 78% de quem ganha acima de 5 salários mínimos, os mesmos 78% para quem ganha de 2 a 5 S.M, 76% de quem ganha entre 1 a 2 salários mínimos e 67% de quem ganha até 1 S.M.

A pesquisa da ABDI e da Nexus também aponta que a mesma coisa acontece na educação: 79% dos brasileiros com ensino superior completo veem com otimismo a transição para economia sustentável no mercado de trabalho. Em seguida, aparece quem estudou até o ensino médio (78%) e, por fim, quem tem até o ensino fundamental completo (68%).

Liderança nas soluções sustentáveis

A sondagem também revela que a maioria da população (55%) acredita que o Brasil já tem tecnologia suficiente para liderar soluções sustentáveis no cenário mundial. A confiança é ainda maior entre os entrevistados que mais se engajam em causas ambientais no dia a dia. Nesse público, 65% concordam com a capacidade brasileira (23% totalmente, 42% em partes). Já os que não aderem a nenhum comportamento sustentável (31%), 19% discordam totalmente e 12% em partes.

As energias solar e eólica lideram a lista das principais inovações sustentáveis apontadas por 36% dos entrevistados. Para adultos de 25 a 40 anos (40%), com ensino superior (40%), renda superior a 5 salários mínimos (40%), moradores da região Sul (42%), esses dois tipos de energias são os mais úteis para proteger o meio ambiente.

Em seguida, o monitoramento por satélite ou sensores para evitar o desmatamento ilegal (26%) são as principais inovações em sustentabilidade para adultos de 41 a 59 anos (26%), com ensino fundamental (27%) e renda de 1 a 2 salários mínimos (29%), moradores do Norte e Centro-Oeste (30%).

Também foram mencionados na pesquisa sistemas de reuso e aproveitamento de água (22%), embalagens biodegradáveis e compostáveis (22%), carros elétricos ou híbridos (20%), agricultura de baixo carbono (13%) e construção civil com materiais sustentáveis (12%).

Indústria em transformação

A grande maioria (69%) das pessoas ouvidas também acredita que a indústria brasileira está em processo de se tornar mais sustentável: 51% dizem que a indústria ‘está começando a mudar’ na agenda da sustentabilidade e outros 18% acreditam que ela ‘já está em transformação’. Outros 26% acreditam que a indústria ‘não está mudando’ e os demais não souberam ou não responderam. A percepção positiva é ainda maior (75%) entre os que se declaram engajados em causas ambientais — 55% consideram que as mudanças estão começando e 20% avaliam que a indústria já está em transformação.

No público geral ouvido pela pesquisa, a visão de que o setor está iniciando sua transição sustentável é mais forte entre jovens de 16 a 24 anos (74%), pessoas com ensino médio (72%), renda acima de cinco salários mínimos (77%) e moradores da região Sul (77%). Também se destacam adultos de 25 a 40 anos (73%) e aqueles com nível superior (71%).

Na região Norte/Centro-Oeste, que inclui o estado-sede da COP30, 63% dos entrevistados acreditam que a indústria brasileira está mudando com foco em sustentabilidade.

Metodologia

A Nexus realizou 2.021 entrevistas face-a-face em uma amostra representativa da população brasileira a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação entre 14 e 21 de julho de 2025.

Acesse os resultados da pesquisa ABDI/Nexus

Fonte Oficial: https://www.abdi.com.br/6-em-cada-10-brasileiros-adotam-praticas-sustentaveis-constantemente-mostra-pesquisa-da-abdi-e-da-nexus/

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