Conhecido como o Festival das Luzes, o Diwali simboliza a vitória da luz sobre as trevas e do bem sobre o mal, marcando o início de um novo ano no calendário hindu. A tradição indiana recebe a segunda edição, neste final de semana (18 e 19), no Largo da Batata, em São Paulo, com mais de 100 opções de comidas típicas.
A programação gratuita vai das 11h às 21h e conta com diversas apresentações de danças indianas, além da Cerimônia das Luzes, em que os participantes são convidados a criar desenhos coloridos no chão, a fim de receber a presença de deusas do hindu. Outro destaque são as performances de cantores e DJs, que exploram a música contemporânea da Índia. As atrações podem ser checadas na rede social do evento.
As barracas de rua, com pratos típicos, são uma das principais atrações do evento. Os destaques vão para as Samosas – pastéis fritos com massa fina e recheada com mistura picante de batata, ervilhas e especiarias, mas que também podem conter frango ou peixe. Outra atração é o butter chicken, um curry com pedaços de frango e temperos, como a pimenta caiena, conhecida pela cor avermelhada.
“A comida indiana recebe uma má reputação na internet, principalmente por vídeos que a descreve como suja”, comenta o organizador do evento, Guilherme Caetano. Porém, muitos pratos estão associados à prática do ayurveda, um sistema medicinal com mais de 3 mil anos, que busca o equilíbrio da saúde do corpo.
“É uma culinária bem diferente da nossa. Ela sofre um preconceito por parecer falta de higiene, mas, como explicou um vice-presidente da Associação Indiana, tem a questão do ayurveda, de você se nutrir energeticamente com os temperos. Então é uma culinária muito limpa,” aponta Guilherme.
Cerimônia das Luzes
A celebração do Diwali acontece de diferentes formas no mundo. Na Índia, luzes pisca-pisca são espalhadas por toda a parte e balões soltos no ar. No Canadá e Inglaterra, são usados fogos de artifício.
O Festival no Brasil vai criar um show na praça do Largo da Batata e um cerimonial que, apesar da ligação com o hinduísmo, Guilherme Caetano aponta que tornou-se algo individualmente religioso.
“A cerimônia virou um dos pontos altos do festival. (No ano passado), o convidado Sandip, da Índia, fez aquelas mandalas no chão com giz. Durante o processo, nós chamávamos algumas pessoas do público para ir colocando o pozinho na mandala, e, depois disso, vinham com uma vela pequenininha. Acabou virando uma cerimônia linda por ver as pessoas se abaixando, rezando com a vela, agradecendo (…), cada um com a sua religiosidade.”
*Estagiário da EBC sob supervisão de Odair Braz Junior
Fonte Oficial: https://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2025-10/festival-indiano-em-sp-tem-mais-de-100-pratos-tipicos-e-show-de-luzes