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Turismo ganha tração e registra faturamento recorde no ano

O Turismo brasileiro registrou faturamento de R$ 18,8 bilhões em agosto, um avanço de 6,3% frente ao mesmo mês de 2024, segundo o levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com dados do IBGE. Esse valor representa o maior patamar da série histórica para o período. No acumulado do ano, o setor já chega a um novo recorde de R$ 147 bilhões. Confira os detalhes a seguir.

 

Destaques para o potencial de mercado  

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O segmento de alojamento liderou o crescimento do Turismo em agosto, com alta de 10,3% na comparação anual, acumulando uma elevação de 11,5% nos oito primeiros meses de 2025. Somente em agosto, a atividade faturou R$ 2,1 bilhões.  

Esse reforço no desempenho está diretamente atrelado ao encarecimento das tarifas. Segundo o IBGE, a média dos preços subiu quase 9% no período de 12 meses. O Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb), por sua vez, aponta que a diária média cresceu de forma real 11,2% frente ao mesmo mês do ano anterior. A taxa de ocupação também avançou, embora de forma mais moderada, com variação positiva de 2,5% no mês.

Outro destaque de agosto ficou por conta do transporte aéreo, com faturamento de R$ 5,07 bilhões — alta de 9,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado, além de crescimento acumulado de 10,3% em 2025. A tarifa média, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), manteve-se em patamar semelhante ao de agosto do ano passado. A demanda, entretanto, segue em forte expansão: foram transportados 8,7 milhões de passageiros, número recorde para o mês e 8,6% acima do total de 2024. A taxa de aproveitamento também atingiu o maior nível da série histórica, com 85,3% dos assentos ocupados.

transporte rodoviário de passageiros também apresentou um retorno forte no mês, com crescimento anual de 7% e faturamento de quase R$ 3,2 bilhões. Esse resultado indica que, com mais disponibilidade de renda, as famílias conseguem ampliar as viagens tanto aéreas quanto de ônibus, reduzindo a competição direta entre os dois modais, embora ainda exista alguma disputa.

Já o setor de alimentação relacionado ao Turismo teve um crescimento anual de 6% e faturamento próximo a R$ 3 bilhões. Apesar de o valor dos alimentos estarem em deflação média nos supermercados, serviços como bares e restaurantes continuam pressionados por diversos custos. O aumento do faturamento reflete tanto o crescimento da demanda quanto o reajuste dos preços.

Outras atividades também tiveram altas, como: 

  • locação de meios de transporte (4,7%), 
  • agências, operadoras e outros serviços de turismo (3,1%),
  • transporte aquaviário (2,6%). 

Apenas o grupo de atividades culturais, recreativas e esportivas sofreu queda, com retração de 5,4% e movimentação de aproximadamente R$ 1,3 bilhão em agosto.

Turismo destoa da economia brasileira

O desempenho do setor chama atenção por se destacar em um contexto de desaceleração da economia. O IBC-Br, indicador do Banco Central que antecipa o Produto Interno Bruto (PIB), mostra quedas consecutivas na atividade econômica. Mesmo assim, o Turismo mantém crescimento consistente sobre uma base já elevada, diante da alta de 6,4% em agosto de 2024. Isso reforça o potencial de expansão sem sinais de perda de fôlego.

A despeito do ritmo mais moderado da economia, o País mantém uma trajetória de expansão. As empresas seguem com investimentos em viagens corporativas, eventos, feiras e congressos. No lazer, o mercado de trabalho aquecido garante às famílias a continuidade no planejamento de viagens, favorecidas por tarifas aéreas mais estáveis. A tendência aponta para novos recordes do Turismo brasileiro nos próximos meses.

Análise regional

De acordo com os dados do levantamento da FecomercioSP, o Rio Grande do Sul continua liderando as variações anuais, com aumento de 16,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida, aparecem os Estados do Amazonas, com alta de 16,4%; e do Rio de Janeiro, com 11,3%. Completando o grupo dos cinco maiores crescimentos estão Mato Grosso do Sul, com elevação de 10,8%; e Ceará, com alta de 10,4%.

Chama atenção o fato de os cinco maiores aumentos estarem distribuídos pelas cinco regiões do País, o que indica um cenário positivo em todo o território nacional, e não concentrado em áreas específicas.

Quanto às quedas, Santa Catarina lidera (-5,8%). No entanto, é importante lembrar que a base de comparação era bastante elevada, já que o Estado havia registrado crescimento próximo a 18% em agosto de 2024. Em seguida, aparecem Acre (-5,3%), Goiás (-2,1%) e Paraíba (-1,1%).

Desempenho paulista

O Turismo no Estado de São Paulo faturou R$ 4,63 bilhões, o que representa um aumento anual de 4,7%. Os indicadores monitorados pela Secretaria de Turismo do Estado reforçam esse resultado favorável, com crescimento no fluxo de passageiros nos terminais rodoviários e aéreos em comparação com agosto do ano passado, impulsionando toda a cadeia econômica paulista.

Embora possam existir diferenças nas magnitudes das variações entre as fontes, as tendências observadas são semelhantes.

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Fonte Oficial: https://www.fecomercio.com.br/noticia/turismo-atinge-novo-recorde-e-confirma-folego-em-meio-a-desaceleracao-da-economia

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