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Na economia da atenção, o desafio está no novo comportamento das pessoas ou na qualidade do conteúdo? 

Quem nunca ouviu frases como “ninguém lê mais conteúdos longos” ou “os primeiros 30 segundos do vídeo são os mais importantes” durante uma reunião estratégica? Todos os dias nós somos impactados por milhares de conteúdos em diferentes plataformas ou redes sociais, rolando a barra lateral em busca de uma novidade ou algo que nos faça parar para ler.  

É uma guerra constante para ser uma prioridade na época da Economia da Atenção, mas não acredito que valha a pena abrir mão da sua estratégia simplesmente porque alguém disse que agora as coisas são desse jeito. Honestamente, não são todos os conteúdos que precisam ser curtos ou diretos para dar certo.  

Na chamada Economia da Atenção, cada clique, segundo de visualização ou interação tem valor. O conceito parte da ideia de que, em meio a tantas distrações e estímulos digitais, a atenção do consumidor se torna um recurso escasso. Portanto, altamente disputado.  

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Plataformas, marcas e criadores de conteúdo competem o tempo todo por esse tempo limitado, mas a questão talvez não seja a disputa em si, em sim a forma como escolhemos usar essa atenção quando a conquistamos. 

Dados da McKinsey mostram que, na última década, o número total de horas diárias que os consumidores dedicam ao consumo de conteúdo cresceu apenas 1% a 2% ao ano. Ou seja, um crescimento que não é tão relevante.  

No entanto, a oferta do conteúdo é bem maior. Existem 50 vezes mais uploaders amadores do que profissionais no Spotify e, só no YouTube, o volume de conteúdo produzido em um ano superou em 25.000 vezes as horas de programação de todas as redes de televisão tradicionais e serviços de streaming juntos.  

Em outras palavras, o tempo das pessoas não cresce na mesma velocidade que a quantidade de conteúdo oferecido para elas. Esse cenário leva a uma competição intensa pela atenção.  

No entanto, quando o conteúdo consegue engajar de fato, os resultados são claros. Ainda segundo a McKinsey, um crescimento de 10% no foco médio dos consumidores em todas as mídias está associado a um aumento de 17% nos seus gastos. Ou seja, atenção não só existe, ela se converte em negócios quando bem trabalhada. 

Esse mesmo raciocínio vale para o atendimento ao cliente. Uma pesquisa recente da Zendesk aponta que o aspecto mais importante para os consumidores é a possibilidade de resolver seus problemas rapidamente, citado por mais de 60% dos participantes.  

Nesse caso, a atenção não está em risco, mas a eficiência e a qualidade da experiência. 

O que esses dois contextos nos mostram é que a atenção das pessoas não desapareceu. O que falta, muitas vezes, é oferecer algo que realmente mereça esse foco. Não se trata de criar textos curtos ou vídeos de 30 segundos apenas porque “ninguém lê mais”, mas de entregar algo relevante, que conecte com necessidades reais e desperte interesse genuíno. 

A economia da atenção não deve ser vista como uma limitação, mas como um convite para a responsabilidade. Temos que saber usar o tempo das pessoas com qualidade, seja em uma conversa com o cliente ou em um conteúdo que vai além do superficial.  

Quando isso acontece, o engajamento vem naturalmente e gera valor para todos os lados. 


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Fonte Oficial: https://startupi.com.br/economia-da-atencao-desafio-novo-comportamento/

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