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Indústria e desinformação: o desafio de comunicar com responsabilidade no mundo digital

A desinformação tem impacto direto na indústria em setores como economia, meio ambiente e saúde pública — e as empresas precisam assumir um papel ativo nesse debate. Essa foi a principal mensagem do painel “Narrativas que constroem ou desmontam – Como a desinformação impacta a indústria e o que fazer diante das fake news?”, realizado no Palco Indústria (BNDES) no último dia do Festival Curicaca.

Mediado por Liliane Pinheiro, sócia e CEO da Oficina Consultoria, o encontro discutiu o papel das marcas e do setor produtivo no combate à desinformação. Liliane destacou que muitas empresas ainda têm dúvidas sobre como agir diante desse cenário e destacou o conceito de “dieta informacional”, que propõe o consumo de conteúdos de maior qualidade e responsabilidade social.

Luciana Corrêa, editora-chefe da agência Lupa, alertou que a desinformação ultrapassa as disputas políticas e representa uma ameaça coletiva. “As consequências vão muito além de um debate entre lados. A desinformação afeta toda a sociedade — é uma questão de saúde pública, clima e economia. As empresas precisam entrar nesse jogo, apoiar iniciativas e entender que o silêncio também tem custo”, disse Côrrea.

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Nina Santos, secretária-adjunta de Políticas Digitais da Secom/PR, destacou as ações do governo federal para promover educação midiática como estratégia de longo prazo. Ela ressaltou que a nova regulamentação do MídiaCad amplia o acesso de criadores de conteúdo e influenciadores a recursos de comunicação pública, promovendo uma informação mais plural e diversa. “Queremos construir uma sociedade digital mais justa e saudável. Isso passa por garantir que o investimento em publicidade chegue a veículos que produzam informação de qualidade”, afirmou.

O jornalista Guilherme Amado, do Amado Mundo, reforçou a importância do tempo e do contexto no jornalismo de qualidade. “Na internet, é importante dar o contexto. Não basta publicar rápido, é preciso explicar, dar sentido e responsabilidade à informação. Nosso papel é explicar mais as coisas”, disse ele.

O painel evidenciou que enfrentar a desinformação é um desafio compartilhado entre governo, empresas, imprensa e sociedade civil e que a indústria tem papel essencial na construção de um ecossistema informativo mais ético, transparente e confiável.

O Festival Curicaca

A primeira edição do Festival Curicaca — batizado em homenagem à ave símbolo do Cerrado, conhecida por anunciar mudanças no tempo — nasce com um propósito claro: reposicionar o Distrito Federal como o epicentro da inovação industrial brasileira.

Inspirado no modelo descentralizado do evento norte-americano South by Southwest (SXSW), o festival levará conteúdos e experiências para diversos pontos da capital, promovendo uma verdadeira imersão na criatividade, tecnologia e cultura.

Com expectativa de reunir 100 mil pessoas ao longo de cinco dias, a programação inclui circuitos de startups, experiências sensoriais, gastronomia, games, exposições e shows.

A curadoria do Festival Curicaca está organizada em 10 trilhas de conhecimento, alinhadas às 6 missões da Nova Indústria Brasil (NIB). Na Arena BRB, os participantes encontrarão um ecossistema vibrante de palcos temáticos, com centenas de painéis e especialistas renomados. Cada palco foi cuidadosamente pensado para provocar reflexões estratégicas e atuais sobre os rumos do Brasil. São eles:

Palco NIB Petrobras: O palco principal do evento reunirá keynotes internacionais e debates sobre o futuro do Brasil. Entre os confirmados estão Mariano Gomide (VTEX) e Verena Paccola (Forbes Under 30). Os temas incluem a estratégia da Nova Indústria Brasil, descarbonização, robótica e o potencial brasileiro no cinema e no turismo global.

Palco Futuro (Sebrae ): Dedicado a explorar o impacto da revolução tecnológica no trabalho e na sociedade, contará com nomes como Samuraí Brito (Itaú) e Maria Paula (atriz e mestra em saúde mental). Inteligência artificial, novos modelos de educação e bem-estar digital estarão em pauta.

Palco Indústria (BNDES) : Voltado para tecnologia, capital e narrativas que moldam o futuro industrial, com Mariana Vasconcelos (Agrosmart), Camila Achutti (Mastertech), Daniel Balaban (ONU), Nina Santos (Políticas Digitais) e Billy Nascimento (Forebrain). Fundos de impacto, mobilidade, liderança digital e combate à desinformação serão debatidos.

Palco Inovação (Finep) : Espaço para cases de empresas e startups que transformam pesquisa em impacto real. Entre os nomes confirmados estão Luana Raposo (Biotech) e Juliane Blainski (ManejeBem).

Palco Petrobras Cultural: Voltado à força da cultura brasileira, com shows, espetáculos e experiências que celebram a diversidade artística e a economia criativa.

O festival contará com shows de de artistas, como Olodum, Vanessa da Mata, Jorge Aragão, Nando Reis, Fernanda Takai, Alice Caymmi, MC Carol e MC Hariel. A estrutura contará ainda com experiências imersivas para toda família, como uma cidade futurística, experimentações científicas, feiras, desafios de inovação com startups e ativações do setor produtivo de todo o Brasil.

O Festival Curicaca tem o patrocínio cultural da Petrobras por meio da Lei Rouanet e do Ministério da Cultura, além de parceiros como BNDES, Embratur, Embrapii, ABIMDE, CNI, Senai, Sebrae, CNI, Finep, Huawei, Embrapa, Universidade Católica de Brasília, IFB, UNB, P&D Brasil, Ministério da Fazenda, MEC e MDIC.

SOBRE ABDI

A ABDI é vinculada ao MDIC/Governo Federal e atua para fortalecer a indústria nacional, impulsionando a competitividade, inovação e sustentabilidade do setor produtivo.

SERVIÇO

Data: 7 a 11 de outubro de 2025

Local: Estádio Arena BRB e outros pontos de Brasília (DF). Acesso imprensa: Portão A.

Informações: www.abdi.com.br/curicaca

Assessoria de imprensa: [email protected]

Ingressos gratuitos no app “Festival Curicaca” ou pelo site: www.abdi.com.br/curicaca.

Fonte Oficial: https://www.abdi.com.br/industria-e-desinformacao-o-desafio-de-comunicar-com-responsabilidade-no-mundo-digital/

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