A Pagaleve, fintech que oferece parcelamento de pagamentos via Pix, acaba de fechar uma rodada de R$ 160 milhões que combina equity com aportes no FIDC da companhia. Com a captação, a empresa chega a um valuation próximo de R$ 1 bilhão — batendo na porta do status de unicórnio.
A rodada foi liderada pela OIF Ventures, investidor da Pagaleve desde o início das operações, com co-liderança da Sun Hung Kai & Co, um dos maiores fundos de investimento da Ásia. Entraram como novos investidores Credit Saison e Endeavor Catalyst. Além disso, 12 acionistas atuais reforçaram suas posições, incluindo Salesforce Ventures, BB Ventures (CVC do Banco do Brasil) e Founder Collective.
“Começamos 2025 já no azul e devemos fechar o ano em uma posição muito sólida de rentabilidade. Esta rodada nos dá energia para acelerar a inovação e lançar produtos que transformam a experiência de compra do consumidor e fortalecem o parceiro varejista”, afirma Henrique Weaver, CEO e cofundador da Pagaleve.
Crescimento de 6x na receita
Criada em 2021 por Weaver — ex-McKinsey, Coca-Cola e Uber — e Michael Greer — ex-Zip, unicórnio australiano do modelo BNPL (Buy Now, Pay Later) —, a Pagaleve opera com parcelamento quinzenal em quatro vezes sem juros via Pix, oferecido desde o início. A fintech também trabalha com parcelas mensais (em até 12 vezes com juros) e o serviço “Parcela Tudo”, que permite ao usuário parcelar compras em qualquer estabelecimento que aceite Pix.
A empresa já é parceira de mais de 10 mil varejistas — entre eles AliExpress, Temu, Drogaria Pague Menos, Grupo Soma (Reserva e Farm), Grupo Aste (Diesel, Coach) e Vivara. Mais de 5 milhões de consumidores utilizam o serviço.
Nos últimos 12 meses, a fintech processou cerca de 10 milhões de transações e atualmente processa um volume (TPV) anualizado de R$ 3 bilhões — quatro vezes superior em comparação ao ano passado. A receita cresceu seis vezes no mesmo período. A previsão é alcançar R$ 500 milhões de receita anualizada até o segundo semestre de 2026.
Recorrência como pilar do negócio da Pagaleve
Um dos principais indicadores de tração da Pagaleve é a recorrência: após uma primeira compra, 62% dos consumidores fazem uma nova transação. Os clientes recorrentes representam hoje 75% da receita.
“Este potencial de fidelização é o que nos faz acreditar que a marca Pagaleve está no caminho de se tornar sinônimo de pagamento parcelado para o consumidor brasileiro”, afirma Weaver.
O modelo BNPL encontra terreno fértil no Brasil. Segundo o SPC (Serviço de Proteção ao Consumidor), 79% dos brasileiros têm o hábito de parcelar suas compras. Ao mesmo tempo, 38% da população não possui cartão de crédito. Entre os que possuem, grande parte tem limite baixo, o que impossibilita o pagamento parcelado — um cenário que torna o BNPL via Pix ainda mais promissor.
IA nativa e inadimplência de 2%
Com uma equipe majoritariamente de tecnologia (um terço da operação), a Pagaleve possui um sistema proprietário de análise de riscos e segurança de transações, nativo em IA. A taxa de aprovação das operações é de 70%, e a inadimplência é de apenas 2%.
“Esses índices mostram o valor de sermos uma empresa que já nasceu investindo significativamente em inteligência artificial, e explicam nosso crescimento acelerado em apenas quatro anos de vida”, diz Weaver.
A fintech desenvolveu um dos motores de decisão de risco mais inovadores do Brasil, alcançando um coeficiente KS de 45% para novos usuários — indicador estatístico que mede a capacidade de um modelo separar bons de maus pagadores. As melhores práticas do mercado ficam em torno de 20% a 25%.
Esse resultado é fruto de uma abordagem nativa em inteligência artificial e do uso de dados extensos para tomada de decisão, como informações de SKU e de dispositivos. A combinação garante um modelo de risco único no país, que se traduz em menor inadimplência, maior taxa de aprovação e incremento de vendas para os lojistas parceiros.
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Fonte Oficial: https://startupi.com.br/pagaleve-capta-160-milhoes-perto-virar-unicornio/