No painel “Luz, Câmera, Investimento: o Brasil pronto para brilhar no cinema mundial”, realizado durante o Festival Curicaca, apresentado pelo Ministério da Cultura e pela Petrobras por meio da Lei de Incentivo Cultural, especialistas discutiram os desafios e oportunidades para expandir e atrair investimentos ao audiovisual nacional.
O repórter da TV Globo, Cauê Fabiano, mediador da mesa, destacou que a qualidade do cinema brasileiro já é reconhecida internacionalmente, citando produções premiadas como Ainda Estou Aqui, O Último Azul e O Agente Secreto. Ele provocou o debate com a questão: se o reconhecimento já existe, o próximo passo seria como ampliar o alcance e atrair mais investimentos.
Manuel Rangel, diretor executivo da Paranoid Filmes, atribuiu o sucesso do cinema nacional à combinação entre “talento e política pública”, mas chamou atenção para a centralização da indústria audiovisual em poucas empresas, especialmente as de streaming internacionais. Segundo ele, o Brasil precisa “reter valor contando suas próprias histórias”.
Na mesma linha, Leonardo Edde reforçou que o sucesso da indústria norte-americana também se deve a políticas públicas consistentes. “O Brasil precisa de uma indústria forte e afiada para ocupar mais espaços e competir globalmente”, afirmou.
O debate também abordou o impacto social do cinema. Douglas Costa, fundador da Taking Over NY, compartilhou seu trabalho de expansão da presença de atores brasileiros nos Estados Unidos e o uso do audiovisual como ferramenta de conscientização. Ele citou o curta American Cancer Stories, realizado com apoio de médicos da Unicamp, que aborda o câncer — terceira causa de morte no mundo.
A atriz e mestre em Psicologia Maria Paula aproveitou o gancho sobre saúde para destacar a importância da saúde mental. Ela convidou o público a refletir sobre sentimentos de opressão e a dificuldade em pedir ajuda, enfatizando que “reconhecer a doença é o primeiro passo para o autocuidado e que o cinema retrata bem essas realidades”.
Encerrando sua fala, Maria Paula fez um apelo ao público: “Consumam mais produtos brasileiros. O Brasil tem competência, talento e merece ser reconhecido e valorizado”.
O Festival Curicaca
A primeira edição do Festival Curicaca — batizado em homenagem à ave símbolo do Cerrado, conhecida por anunciar mudanças no tempo — nasce com um propósito claro: reposicionar o Distrito Federal como o epicentro da inovação industrial brasileira.
Inspirado no modelo descentralizado do evento norte-americano South by Southwest (SXSW), o festival levará conteúdos e experiências para diversos pontos da capital, promovendo uma verdadeira imersão na criatividade, tecnologia e cultura.
Com expectativa de reunir 100 mil pessoas ao longo de cinco dias, a programação inclui circuitos de startups, experiências sensoriais, gastronomia, games, exposições e shows.
A curadoria do Festival Curicaca está organizada em 10 trilhas de conhecimento, alinhadas às 6 missões da Nova Indústria Brasil (NIB). Na Arena BRB, os participantes encontrarão um ecossistema vibrante de palcos temáticos, com centenas de painéis e especialistas renomados. Cada palco foi cuidadosamente pensado para provocar reflexões estratégicas e atuais sobre os rumos do Brasil. São eles:
Palco NIB Petrobras: O palco principal do evento reunirá keynotes internacionais e debates sobre o futuro do Brasil. Entre os confirmados estão Mariano Gomide (VTEX) e Verena Paccola (Forbes Under 30). Os temas incluem a estratégia da Nova Indústria Brasil, descarbonização, robótica e o potencial brasileiro no cinema e no turismo global.
Palco Futuro (Sebrae): Dedicado a explorar o impacto da revolução tecnológica no trabalho e na sociedade, contará com nomes como Samuraí Brito (Itaú) e Maria Paula (atriz e mestra em saúde mental). Inteligência artificial, novos modelos de educação e bem-estar digital estarão em pauta.
Palco Indústria (BNDES): Voltado para tecnologia, capital e narrativas que moldam o futuro industrial, com Mariana Vasconcelos (Agrosmart), Camila Achutti (Mastertech), Daniel Balaban (ONU), Nina Santos (Políticas Digitais) e Billy Nascimento (Forebrain). Fundos de impacto, mobilidade, liderança digital e combate à desinformação serão debatidos.
Palco Inovação (Finep): Espaço para cases de empresas e startups que transformam pesquisa em impacto real. Entre os nomes confirmados estão Luana Raposo (Biotech) e Juliane Blainski (ManejeBem).
Palco Petrobras Cultural: Voltado à força da cultura brasileira, com shows, espetáculos e experiências que celebram a diversidade artística e a economia criativa.
O festival contará com shows de de artistas, como Olodum, Vanessa da Mata, Jorge Aragão, Nando Reis, Fernanda Takai, Alice Caymmi, MC Carol e MC Hariel. A estrutura contará ainda com experiências imersivas para toda família, como uma cidade futurística, experimentações científicas, feiras, desafios de inovação com startups e ativações do setor produtivo de todo o Brasil.
O Festival Curicaca tem o patrocínio cultural da Petrobras por meio da Lei Rouanet e do Ministério da Cultura, além de parceiros como BNDES, Embratur, Embrapii, ABIMDE, CNI, Senai, Sebrae, CNI, Finep, Huawei, Embrapa, Universidade Católica de Brasília, IFB, UNB, P&D Brasil, Ministério da Fazenda, MEC e MDIC.
SOBRE ABDI
A ABDI é vinculada ao MDIC/Governo Federal e atua para fortalecer a indústria nacional, impulsionando a competitividade, inovação e sustentabilidade do setor produtivo.
SERVIÇO
Data: 7 a 11 de outubro de 2025
Local: Estádio Arena BRB e outros pontos de Brasília (DF). Acesso imprensa: Portão A.
Informações: www.abdi.com.br/curicaca
Assessoria de imprensa: [email protected]
Credenciamento: https://forms.office.com/r/y9pevZvy9b
Ingressos gratuitos no app “Festival Curicaca” ou pelo site: www.abdi.com.br/curicaca.
Fonte Oficial: https://www.abdi.com.br/foco-em-investimento-festival-curicaca-debate-o-futuro-do-cinema-brasileiro/