Micro e pequenas empresas vêm descobrindo que sustentabilidade e práticas de ESG (ambiental, social e governança) não são exclusividade de grandes corporações. Ainda que contem com equipes enxutas e recursos limitados, muitos empreendedores já estão encontrando formas de alinhar seus negócios às demandas de consumidores e investidores por responsabilidade socioambiental.
Entre as iniciativas mais comuns está a redução do desperdício no processo produtivo. Padarias de bairro, por exemplo, passaram a doar alimentos que antes seriam descartados. Pequenos comércios estão adotando embalagens recicláveis ou retornáveis, enquanto prestadores de serviços digitais preferem fornecedores que sigam critérios de responsabilidade ambiental.
A dimensão social também aparece no cuidado com a comunidade ao redor. Empresas familiares têm criado programas de capacitação gratuitos, enquanto startups em fase inicial investem em diversidade já na contratação de seus primeiros colaboradores. No campo da governança, mesmo negócios menores estão implementando práticas simples de transparência, como relatórios periódicos e canais de comunicação diretos com clientes e parceiros.
Marcos Soares, jornalista do VIP CEO, ressalta que a adoção de ESG não deve ser vista apenas como obrigação, mas como estratégia de crescimento. “Empresas de pequeno porte que aplicam práticas de sustentabilidade e governança conquistam maior confiança do consumidor e criam diferenciais competitivos no mercado. O importante é entender que não é preciso ter uma grande equipe para começar; pequenas ações já geram impacto e constroem reputação”, afirma.
Esse movimento mostra que, mesmo com times reduzidos, é possível adotar medidas práticas e realistas que aproximam os pequenos negócios de um padrão cada vez mais exigido pelo mercado.