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Cultura é alavanca para resultado, aponta Marcela Zaidem

O uso de inteligência artificial generativa, como o ChatGPT, para tirar dúvidas relacionadas ao trabalho já não é mais uma novidade. No entanto, as respostas são genéricas e elaboradas de acordo com o perfil de cada usuário, o que limita a aplicação nas empresas.

Uma solução lançada neste mês pela CNP People Solution pretende mudar essa lógica e levar a cultura organizacional para o cotidiano das empresas. É o alinhAI, um chat de IA que funciona pelo WhatsApp e customiza interações de acordo com os valores e processos de cada negócio, oferecendo suporte a líderes e equipes.

“O que sustenta a cultura é a rotina”, argumenta Marcela Zaidem, que já apoiou a geração de mais de 600 mil empregos, quando esteve à frente da área de pessoas do G4 Educação.

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Para que o recurso esteja presente na tomada de decisão cotidiana e nos processos das organizações, o canal escolhido foi o WhatsApp, o principal aplicativo de mensageria usado no Brasil.

O funcionamento do alinhAI começa com um setup personalizado, no qual a cultura da empresa é integrada ao sistema. A partir desse momento, o chatbot já pode ser consultado e suas respostas estarão ajustadas ao perfil e aos objetivos definidos pela organização.

Dessa maneira, a solução busca tirar a cultura organizacional das intenções declaratórias e transformá-la em ações práticas, que passam a ser executadas de forma consistente e contínua.

A ferramenta se destaca por atender especialmente às necessidades de empresas de pequeno porte, que têm menos recursos para investir em uma consultoria voltada ao diagnóstico e à transformação da cultura organizacional. Além disso, esses negócios, muitas vezes, não utilizam plataformas colaborativas, como Slack ou Teams, mas já incorporaram o WhatsApp aos seus processos.

“O grande objetivo desta ferramenta é apoiar o pequeno empreendedor a conseguir ter uma comunicação mais clara, reduzindo as mesmas perguntas todos os dias”, detalha Marcela. “Imagina se, ao invés de receber as mesmas perguntas todos os dias, essa liderança pudesse ter no WhatsApp, na palma da mão, alguém que respondesse parte dessas dúvidas para ele”, acrescenta.

São nesses momentos que comportamentos são moldados e que a cultura é construída. “Os empreendedores veem cultura como algo bonito de se escrever na parede, algo de se colocar num board, mas eles nunca viram cultura como uma alavanca para resultado. A CNP nasce com o propósito de transformá-la em algo tangível, em comportamento, e tem a tecnologia como aliada nesse processo”, reforça Marcela.

Entre as funcionalidades previstas para futuras atualizações do alinhAI estão cruzamentos com agendas corporativas, que fornecerão insights sobre gestão de tempo, participação em reuniões e indicadores de retrabalho.

A empreendedora antecipa que a proposta é fazer com que a rotina reflita os valores culturais da empresa e a visibilidade sobre como os processos estão sendo executados. Tudo isso combinado com o treinamento da ferramenta, possibilitando intervenções rápidas em casos de desalinhamento.

A inteligência artificial cumpre uma função que vai além da produtividade ou da gestão de tempo. Marcela sustenta que, hoje, a missão do empreendedor é educar, e os novos recursos devem viabilizar isso.

“No meio de tanta tecnologia, de tanta novidade, de um mundo tão agitado, de tanta falta de lugar seguro para se perguntar, para se questionar, ele precisa, dentro das empresas dele, tomar esse papel, sentar nessa cadeira de alguém que vai ajudar na educação, na conscientização.”

Mais da metade (53%) dos consumidores gastaria mais por experiências de atendimento mais felizes. Em média, eles estão dispostos a gastar US$ 35/mês para que um assistente de Inteligência Artificial que atenda às necessidades de atendimento com perfeição, chegando a US$ 39 nos EUA e quase US$ 50 entre a Geração Z americana, aponta o Global Happiness Index 2025 da NiCE.

Regionalmente, os brasileiros são os mais dispostos a gastar, enquanto os britânicos, os menos. Os executivos superestimam a disposição do consumidor, já que esperam 76% de interessados neste formato premium – 23 pontos a mais do que o expressado pelos próprios consumidores.

A satisfação com o atendimento ao cliente aumentou cinco pontos percentuais em relação a 2024 e atingiu 41%. O principal impulsionador por trás dessa mudança positiva é a IA: 72% dos consumidores relatam experimentar os benefícios dessa tecnologia e da automação no atendimento ao cliente.

O estudo, que ouviu 12 mil consumidores nos EUA, Reino Unido, Austrália, Japão, México e Brasil, mostra que 69% dos consumidores afirmam confiar em empresas que usam IA tanto quanto, ou mais, do que aquelas que não usam. Essa confiança se traduz em sentimentos positivos: entre os consumidores que confiam mais em empresas com tecnologia de IA, 62% relatam se sentir mais satisfeitos com o atendimento ao cliente e 72% se sentem mais satisfeitos no geral.

A interação constante com a inteligência artificial, relata o levantamento, aumenta ainda mais a confiança. Entre aqueles que usam IA semanalmente ou diariamente e confiam em empresas com que disponibilizam essa tecnologia, a confiança quase dobra.

“O aumento da satisfação demonstra que os consumidores desejam mais do que transações; eles querem um suporte relevante quando mais importa. Em tempos de incerteza, um serviço excepcional e a capacidade de cultivar a felicidade, e não apenas a satisfação, tornam-se um poderoso valor agregado que diferencia as marcas”, comenta o vice-presidente e analista principal da Aberdeen, Omer Minkara.

O General Manager da NiCE para a América Latina, Luiz Camargo, comenta que essa foi a primeira vez que o Brasil foi incluído no Global Happiness Index.

“Ouvir diretamente os consumidores brasileiros é fundamental para entendermos as reais expectativas e comportamentos do nosso mercado. Os resultados são claros: 81% dos brasileiros confiam em empresas que utilizam Inteligência Artificial no atendimento, um indicativo poderoso de que a tecnologia, quando bem aplicada, fortalece vínculos e melhora a experiência do cliente”, analisa.

Fatores que, segundo os consumidores, os deixariam mais satisfeitos em suas experiências:

 Atendimento sem estresse 41%

 Atendimento descomplicado 31%

 Atendimento personalizado 28%

Serviços que os consumidores mais desejam que sejam automatizados:

 Cancelamento ou alteração de assinaturas 38%

 Check-in/out de hotéis 29%

 Cancelamento de contas após luto 28%

Fonte Oficial: https://www.jornaldocomercio.com/economia/2025/09/1217869-cultura-e-alavanca-para-resultado-aponta-marcela-zaidem.html

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