Apesar de parecer uma prática antiga, vender no fiado ainda é comum em muitos comércios locais, principalmente em bairros e pequenas cidades. Quando bem gerenciado, o fiado pode ser uma forma de fidelizar clientes e manter o movimento constante. No entanto, sem controle, essa estratégia pode gerar prejuízos e até comprometer o caixa da empresa.
O fiado faz sentido em contextos onde há uma relação de confiança com o cliente e uma cultura local que favorece esse tipo de transação. Também pode ser útil para atrair consumidores que enfrentam limitações momentâneas de crédito, mas são bons pagadores.
Marcos Soares, jornalista do VIP CEO, observa que “o fiado não deve ser visto como sinônimo de desorganização. Quando tratado com critério e ferramentas adequadas, pode ser um diferencial competitivo, principalmente em comunidades onde o relacionamento ainda tem grande peso.”
Para que essa prática funcione de forma segura, é essencial:
- Estabelecer regras claras: defina limites de crédito por cliente, prazos para pagamento e condições em caso de inadimplência. Tudo isso deve ser comunicado com transparência.
- Cadastrar os clientes com atenção: anote nome completo, contatos e, se possível, alguma comprovação de renda ou histórico de compras.
- Utilizar sistemas de controle: existem aplicativos e plataformas específicas para gerenciar fiado, que ajudam a manter registros atualizados e emitir alertas de vencimento.
- Evitar misturar as contas: nunca confunda o que está pendente com o faturamento real. Ter essa separação evita ilusões sobre a saúde financeira do negócio.
- Reavaliar periodicamente: monitore quem paga em dia e quem costuma atrasar. Com base nesses dados, é possível ajustar limites ou até encerrar o fiado com quem representa risco.
Quando usado com responsabilidade, o fiado pode manter clientes próximos e estimular o boca a boca positivo. Mas é preciso firmeza e organização para evitar que essa prática se transforme em dor de cabeça.