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3 modelos de precificação para não perder dinheiro com seu produto ou serviço

Definir o preço de um produto ou serviço vai muito além de apenas cobrir os custos e adicionar uma margem de lucro. Uma precificação mal planejada pode fazer o negócio parecer caro demais para o cliente ou barato demais para sustentar a operação. Por isso, escolher o modelo certo de precificação é essencial para manter a competitividade e garantir rentabilidade.

O primeiro modelo é o markup. Nele, o empreendedor calcula todos os custos envolvidos — desde matéria-prima até despesas operacionais — e adiciona um percentual fixo de lucro. É um dos métodos mais simples e populares, principalmente em negócios de varejo. No entanto, se usado isoladamente, pode deixar de considerar o comportamento do mercado ou o valor percebido pelo cliente.

O segundo modelo é baseado no valor percebido. Nesse caso, o preço é definido de acordo com quanto o cliente está disposto a pagar, e não apenas com base nos custos internos. É comum em serviços criativos, consultorias e produtos com diferenciais fortes. Esse modelo exige pesquisa de mercado, conhecimento profundo do público-alvo e uma boa estratégia de posicionamento para justificar preços mais altos.

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O terceiro modelo é a precificação competitiva. Ele considera os preços praticados pelos concorrentes diretos para se manter no mercado com valores equivalentes ou estratégicos. Pode ser útil para entrar em um novo nicho ou ganhar espaço rapidamente, mas exige atenção constante para não entrar em guerra de preços ou comprometer a margem.

Marcos Soares, jornalista do VIP CEO, alerta que muitos empreendedores escolhem o preço com base no “achismo” ou apenas observando concorrentes. “Não existe fórmula única, mas o preço deve sustentar o negócio, refletir o valor que o cliente vê e ainda se manter competitivo. Quem precifica sem dados, sem entender o custo real e sem olhar para o mercado, corre o risco de crescer vendendo no prejuízo”, afirma. Para ele, o ideal é combinar modelos e revisá-los periodicamente, principalmente em mercados com variação constante de insumos ou tendências rápidas de consumo.

A escolha do modelo certo pode fazer toda a diferença na saúde financeira da empresa. E mais importante: um bom preço não é necessariamente o mais baixo, mas o que gera lucro de forma sustentável enquanto mantém o cliente satisfeito.

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