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Como Utilizar Estratégias de Finanças Comportamentais no Seu Negócio

A mente humana nem sempre segue a lógica dos números — e é exatamente aí que entram as finanças comportamentais. Esse campo, que une economia, psicologia e comportamento do consumidor, tem ajudado empreendedores a entender por que os clientes nem sempre agem de forma racional na hora de comprar, investir ou contratar um serviço. Utilizar esses insights pode transformar a forma como seu negócio precifica, comunica e vende.

Muitos consumidores, por exemplo, são mais sensíveis à forma como o preço é apresentado do que ao valor real. Uma oferta com “R$ 9,90 por mês” pode gerar mais adesões do que “R$ 118,80 por ano”, mesmo que o segundo valor seja exatamente a soma do primeiro. Esse fenômeno é conhecido como efeito ancoragem, e mostra como o contexto altera a percepção de valor.

Outro exemplo clássico vem do chamado viés de escassez. Quando um produto é anunciado como “últimas unidades” ou “vagas limitadas”, o desejo de compra tende a aumentar, pois o consumidor teme perder uma oportunidade. Esses gatilhos emocionais não manipulam, mas aproveitam padrões já presentes no comportamento humano para facilitar decisões.

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Marcos Soares, jornalista do VIP CEO, afirma que “quem aplica finanças comportamentais no dia a dia do negócio consegue entender melhor as travas e motivações dos clientes. Não se trata apenas de vender mais, mas de criar ofertas que respeitam a jornada emocional de quem está do outro lado.”

No mundo das assinaturas, por exemplo, é comum usar o efeito decoy, em que três opções de planos são apresentadas, sendo uma delas estrategicamente menos vantajosa para tornar outra mais atrativa. O cliente sente que está tomando uma decisão racional, mas, na prática, foi influenciado pelo modo como as alternativas foram estruturadas.

Além de aplicar esses conceitos externamente, o empreendedor pode usá-los para melhorar a própria gestão financeira. Técnicas de compartimentalização mental — como separar contas pessoais e empresariais — ajudam a evitar erros comuns de fluxo de caixa. Já o entendimento sobre aversão à perda pode tornar mais fácil cortar gastos desnecessários, ao compreender o impacto emocional que essas decisões provocam.

As finanças comportamentais mostram que os números contam parte da história, mas são as emoções que fecham o negócio.

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