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Novo decálogo da FecomercioSP traz propostas e alerta para a necessidade de um pacto nacional pela cibersegurança

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) acompanha, com muita atenção, o crescimento vertiginoso dos ataques cibernéticos contra empresas de todos os portes, além de consumidores e cidadãos.

Novos estudos alertam para o crescimento alarmante do impacto financeiro dos crimes cibernéticos para o Brasil e o mundo. Para se ter uma ideia, o custo médio de cada incidente é estimado em US$ 4,8 milhões, segundo a IBM (2024), enquanto os efeitos agregados já representam cerca de 18% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro — o equivalente a impressionantes R$ 2,3 trilhões, de acordo com o Instituto Nacional de Combate ao Cibercrime (INCC). Em nível global, esse impacto já corresponde a 14% do PIB, segundo o Fórum Econômico Mundial.

Com atuação nessa frente, o Conselho de Economia Digital e Inovação da FecomercioSP desenvolveu o decálogo Regulação e Governança da Cibersegurança no Brasil. O documento destaca que a transformação digital, embora traga avanços em produtividade e inovação, expõe empresas de todos os tamanhos e setores a riscos cada vez mais sofisticados. E os efeitos não são apenas técnicos ou operacionais: quando uma empresa de capital aberto é vítima de um ataque bem-sucedido, o valor de suas ações cai, em média, 7,5%, mesmo que o seu desempenho anterior tenha sido positivo (Harvard Business Review, 2023).

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Crime organizado lucra mais com ciberataques do que com tráfico de drogas

Dados recentes do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) revelam que as atividades digitais criminosas — como golpes financeiros, ransomware e roubo de smartphones — já são responsáveis por mais da metade do lucro do crime organizado no Brasil, superando atividades ilícitas tradicionais, como os tráficos de armas e drogas.

O estudo destaca ainda que a ausência de uma política nacional sólida de notificação de incidentes agrava o problema. A falta de estatísticas precisas e centralizadas sobre os ataques cibernéticos no País é sintoma da fragilidade institucional com que a questão vem sendo tratada.

IA a favor do crime — e a inércia das organizações

O avanço de tecnologias como a Inteligência Artificial (IA) está sendo explorado pelo cibercrime para sofisticar ataques, ampliar o alcance e personalizar fraudes. Golpes de engenharia social, por exemplo, têm sido automatizados com o uso da ferramenta para criar mensagens falsas convincentes em grande escala.

Enquanto isso, a resposta das empresas e do Poder Público ainda é desigual. Apenas setores como o Financeiro, o Elétrico e o de Telecomunicações apresentam iniciativas coordenadas e investimentos relevantes em cibersegurança. No governo, a fragmentação entre os entes da Federação enfraquece qualquer tentativa de reação unificada.

Um pacto nacional contra o cibercrime

Diante desse cenário crítico, a publicação conclui com a defesa de um amplo pacto nacional pela cibersegurança, que una governo, setor privado, academia e sociedade civil. Esse pacto deve ser estruturado com base em diretrizes claras de regulação, governança compartilhada, transparência, investimentos em capacitação e uma política nacional de notificação e resposta a incidentes cibernéticos.

A publicação surge como um chamado urgente para transformar a cibersegurança em prioridade nacional — não apenas técnica, mas estratégica e transversal, envolvendo empresas, governo e sociedade civil, com diretrizes claras de regulação, resposta rápida e investimento em tecnologia e capacitação.

Clique aqui, confira as propostas do decálogo na íntegra e descubra como proteger a sua empresa — e contribuir para uma resposta estratégica ao cibercrime. Veja, ainda, todas as novidades e iniciativas da FecomercioSP em prol da economia digital.

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Fonte Oficial: https://www.fecomercio.com.br/noticia/novo-decalogo-da-fecomerciosp-traz-propostas-e-alerta-para-a-necessidade-de-um-pacto-nacional-pela-ciberseguranca

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