Em um mercado dinâmico e em constante evolução, saber quando e como pivotar é uma habilidade crucial para qualquer empreendedor. Pivotar, no contexto de negócios, significa fazer uma mudança estratégica no rumo do seu produto, serviço ou modelo de negócios para se adaptar melhor às demandas do mercado. A boa notícia é que, ao contrário do que muitos pensam, pivotar não significa desistir ou começar do zero. Quando feito de maneira estratégica, pode ser a chave para a sobrevivência e o crescimento de uma empresa.
A pivotagem pode ocorrer de diversas formas: desde a alteração do produto ou serviço oferecido, a mudança no modelo de negócios, até a adaptação de novos canais de distribuição ou formas de monetização. O importante é perceber que a ideia inicial de negócio pode precisar de ajustes ao longo do tempo. Em vez de insistir em uma estratégia que claramente não está funcionando, a pivotagem permite que a empresa redirecione seus esforços sem perder tudo.
Marcos Soares, jornalista do VIP CEO, destaca que “pivotar é, na verdade, uma das habilidades mais valiosas que um empreendedor pode ter. Quando feito de forma inteligente, permite que você ajuste o curso do seu negócio com base no aprendizado real do mercado, sem perder os recursos investidos. O segredo é ter flexibilidade e saber ouvir o mercado”. Ele ainda enfatiza que, ao pivotar, a chave está em não abandonar a visão do negócio, mas sim adaptá-la para um caminho mais viável e alinhado às necessidades dos consumidores.
Para realizar um pivô eficaz, é essencial ouvir o feedback dos clientes. Muitas vezes, as empresas insistem em um produto ou serviço que não está gerando a resposta desejada simplesmente porque não fizeram ajustes baseados nas opiniões reais dos consumidores. Realizar pesquisas, acompanhar as métricas e testar diferentes abordagens pode ajudar a identificar onde o produto ou serviço está falhando e onde há oportunidade para uma mudança.
Uma das formas mais comuns de pivotar é o ajuste de produto. Empresas que criaram um produto baseado em uma ideia inicial podem perceber, após feedback de clientes, que sua oferta precisa ser alterada para atender melhor às expectativas do mercado. Um exemplo clássico disso é o famoso caso do Instagram, que inicialmente era um app de geolocalização, mas pivotou para uma plataforma de compartilhamento de fotos após perceber que essa funcionalidade era o que os usuários mais amavam.
Além disso, o modelo de negócios também pode ser um ponto de pivotagem. Muitas startups que começaram com um modelo baseado em vendas diretas ou assinaturas descobriram que o licenciamento, as parcerias ou até mesmo a venda de dados poderiam ser mais rentáveis. Pivotar não significa apenas mudar o produto, mas também a forma como ele é monetizado.
Outro aspecto importante é a gestão de riscos. Saber quando pivotar envolve não só ouvir o mercado, mas também entender os próprios limites e recursos da empresa. A pivotagem deve ser planejada de forma estratégica, levando em conta os investimentos realizados até o momento e as novas oportunidades que surgem. Isso exige uma análise cuidadosa dos custos, impactos e, principalmente, do valor que a mudança trará para o negócio a longo prazo.