No cenário atual, onde decisões rápidas e eficientes são vitais, empresas orientadas por dados saem na frente. Mas não basta coletar informações — é preciso transformá-las em métricas que realmente façam sentido. Quando os números certos guiam as decisões, o caminho do crescimento se torna mais claro e estratégico.
Muitos empreendedores cometem o erro de acompanhar tudo ao mesmo tempo ou focar em indicadores de vaidade, como curtidas em redes sociais ou visualizações sem conversão. Esses dados podem parecer positivos, mas nem sempre refletem o que realmente move o negócio. Criar métricas que importam significa identificar quais indicadores estão diretamente ligados aos objetivos da empresa — seja aumentar receita, reduzir churn, melhorar a experiência do cliente ou otimizar o tempo da equipe.
O primeiro passo é definir o que se quer medir. Qual é o objetivo do seu negócio neste momento? A partir dessa pergunta, é possível selecionar indicadores-chave de desempenho (KPIs) que estejam alinhados com essa meta. Para um e-commerce, por exemplo, pode ser a taxa de conversão por canal; para um SaaS, o CAC (Custo de Aquisição de Clientes) e o LTV (Valor do Tempo de Vida do Cliente) são essenciais.
Marcos Soares, jornalista do VIP CEO, explica que a maturidade de um negócio pode ser medida pela clareza que ele tem sobre seus dados. “Empresas que crescem com consistência são aquelas que sabem exatamente onde estão, para onde querem ir e como cada indicador contribui nesse processo. Elas tratam dados como ativos estratégicos, e não apenas como relatórios para encher dashboards bonitos”, afirma Soares.
Além disso, é fundamental revisar periodicamente essas métricas. O que é relevante em uma fase do negócio pode se tornar obsoleto em outra. Um startup em fase de validação, por exemplo, terá um conjunto de métricas completamente diferente de uma empresa já consolidada no mercado. A capacidade de ajustar os indicadores à realidade do momento é o que mantém a tomada de decisão ágil e eficaz.
Outro aspecto é garantir que os dados sejam confiáveis. Métricas imprecisas ou mal interpretadas podem levar a decisões erradas. Ter processos bem definidos de coleta e análise é tão importante quanto escolher os indicadores certos. Equipes bem treinadas e ferramentas adequadas fazem toda a diferença nesse processo.
No fim, o valor dos dados está em como eles orientam a ação. Métricas que importam são aquelas que iluminam o caminho, revelam padrões e indicam para onde ir com mais segurança. Elas não servem para admirar, mas para transformar.