in

Como criar uma marca que se torne um movimento

Criar uma marca é mais do que escolher um nome ou desenhar um logo. Nos dias de hoje, com a crescente conexão entre consumidores e empresas, a verdadeira força de uma marca está em sua capacidade de se tornar um movimento — um ideal que une pessoas em torno de uma causa, crença ou estilo de vida. Marcas que alcançam esse nível de impacto não apenas vendem produtos ou serviços, elas engajam, inspiram e, muitas vezes, transformam a forma como as pessoas pensam ou agem.

Para que isso aconteça, o primeiro passo é ter uma missão clara e um propósito verdadeiro. Empresas que criam movimentos têm algo mais a oferecer além de uma solução de mercado. Elas defendem ideias, desafiam normas ou proporcionam experiências que falam diretamente aos valores e necessidades emocionais de seus públicos.

Marcos Soares, jornalista do VIP CEO, ressalta que o propósito é o alicerce de um movimento bem-sucedido. “Não é sobre apenas ser relevante; é sobre ser autêntico e ter um objetivo que vai além de vender. Quando uma marca entende a dor ou a necessidade do seu público e se propõe a lutar por algo maior do que o produto em si, ela começa a criar uma conexão profunda”, comenta.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Um exemplo claro dessa transformação é a Nike. A marca não vende apenas tênis, ela vende a ideia de superação pessoal e o espírito de ser mais do que se é. Através de campanhas como “Just Do It”, a Nike criou um movimento global em torno de metas individuais, esporte e resistência. As pessoas não compram Nike porque precisam de um tênis, mas porque se identificam com a filosofia por trás da marca.

Outro fator essencial é a construção de uma identidade que seja consistente e clara, tanto no online quanto no offline. As marcas que se tornam movimentos sabem como comunicar seu propósito de maneira autêntica, seja através de produtos, conteúdo ou ações sociais. Essa comunicação deve ser genuína, e não apenas uma estratégia de marketing. O movimento precisa ser integrado à cultura da empresa, sendo vivido por todos, desde os fundadores até os colaboradores.

O engajamento também é fundamental. Marcas que criam movimentos não falam apenas para seus consumidores, elas escutam e convidam seus seguidores a participar ativamente. Elas criam um senso de comunidade, onde os clientes se sentem parte da história e têm voz nas decisões. A ideia é que o movimento cresça organicamente através de pessoas que se tornam defensores apaixonados da causa. Um exemplo disso são as marcas de moda sustentável, como a Patagonia, que se envolvem com questões ambientais e têm um público fiel que compartilha e espalha sua mensagem.

Além disso, criar um movimento envolve criar uma narrativa envolvente. As pessoas se conectam com histórias, especialmente quando se sentem representadas nelas. A marca precisa construir uma história que faça os consumidores se verem como parte de algo maior, de um movimento que os inspira a agir ou a refletir sobre seu papel no mundo. Essa história pode ser contada de várias formas: por meio de campanhas publicitárias, iniciativas de responsabilidade social, eventos e até mesmo a forma como o produto é feito ou a causa que ele apoia.

A tecnologia também tem um papel fundamental na criação de movimentos. As redes sociais, por exemplo, permitem que uma marca alcance milhares, senão milhões, de pessoas ao redor do mundo, compartilhe sua mensagem e se conecte diretamente com seu público. A viralização de ideias e o apoio digital são catalisadores poderosos que podem transformar uma simples marca em um movimento global.

Criar uma marca que se torne um movimento exige visão, dedicação e um compromisso com algo mais profundo do que o lucro imediato. Mas, ao fazê-lo, a recompensa não está apenas em vendas, mas na lealdade, no engajamento e na transformação do mercado. Marcas que se tornam movimentos conseguem transcender o produto em si e se tornar um símbolo, uma ideia, algo que as pessoas acreditam e defendem — e isso, sem dúvida, é o maior legado que uma marca pode deixar.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A arte da prototipagem: teste suas ideias sem gastar muito

A importância dos primeiros 100 clientes: como conquistá-los e encantá-los