Todo grande negócio começa com uma ideia. Mas entre imaginar uma solução e colocá-la de pé, existe um passo fundamental: testar se ela realmente faz sentido para o mercado. É aí que entra o MVP — sigla para Produto Mínimo Viável —, uma versão simplificada da solução que permite validar hipóteses com o menor investimento possível de tempo e recursos.
O objetivo do MVP não é entregar algo perfeito, mas funcional. É a forma mais rápida de entender se há demanda real, como as pessoas interagem com a proposta e o que precisa ser ajustado antes de investir pesado no desenvolvimento completo. Ainda assim, muitos empreendedores se perdem na hora de construir seu MVP e acabam criando algo complexo demais ou desconectado do que o público realmente quer.
Marcos Soares, jornalista do VIP CEO, observa que a chave está na escuta ativa desde o início. “Um bom MVP nasce da observação direta do problema. Não adianta construir algo ‘bonito’ se ninguém tem interesse em usar. O empreendedor que escuta o cliente desde o rascunho tem muito mais chance de acertar, porque está validando uma dor real, não só uma ideia na cabeça”, afirma.
Existem diferentes formatos de MVP, dependendo do tipo de negócio. Pode ser um protótipo simples, uma landing page para medir interesse, um vídeo explicativo, um atendimento manual por trás de uma solução que futuramente será automatizada — o importante é que ele represente, de forma objetiva, a proposta central da ideia.
Outro ponto essencial é definir quais métricas serão acompanhadas. Um MVP não serve apenas para mostrar que “as pessoas gostaram”, mas para fornecer dados claros: quantos clicaram, quantos compraram, quanto tempo ficaram, por que desistiram. Essas respostas ajudam a tomar decisões mais seguras sobre os próximos passos.
Além disso, é importante estar preparado para errar — e corrigir rápido. O MVP é uma ferramenta de aprendizado, não de validação emocional. Se a resposta for negativa, o sinal não é de fracasso, e sim de que é preciso ajustar. Em muitos casos, grandes empresas surgiram a partir de MVPs que deram errado inicialmente, mas revelaram pistas valiosas sobre o que o mercado realmente precisava.
Criar um Produto Mínimo Viável não é só uma etapa técnica — é uma mudança de mentalidade. É sobre entender que testar rápido, aprender rápido e melhorar constantemente é o caminho mais eficiente para transformar ideias em negócios sólidos.