A Geração Alpha, formada por crianças nascidas a partir de 2010, ainda está em fase escolar, mas já começa a influenciar o mercado de consumo — e em breve, o de negócios. Criada em um mundo totalmente digital, hiperconectado e com acesso instantâneo à informação, essa nova geração promete transformar a forma como o empreendedorismo é pensado, praticado e ensinado.
Enquanto os millennials aprenderam a se adaptar à tecnologia e a Geração Z nasceu em meio às redes sociais, os Alphas chegam com um repertório ainda mais avançado: eles crescem com assistentes virtuais, inteligência artificial, realidade aumentada e interfaces por voz como parte do cotidiano. Isso altera profundamente sua percepção sobre trabalho, propósito, consumo e impacto social.
No contexto do empreendedorismo, é esperado que a Geração Alpha traga uma abordagem mais intuitiva para a criação de soluções. Eles tendem a valorizar experiências mais do que posses, priorizar modelos sustentáveis e buscar resultados com base em propósito. As ferramentas digitais deixarão de ser um diferencial e passarão a ser uma extensão natural de qualquer ideia.
A formação empreendedora também deve começar mais cedo. Com a popularização de plataformas educativas interativas e o acesso facilitado ao conhecimento, muitos Alphas já se envolvem em projetos de tecnologia, programação, criação de conteúdo e design desde os primeiros anos. Isso cria um terreno fértil para uma geração de empreendedores ainda mais jovem, ousada e inovadora.
Para Marcos Soares, CEO da VIP CEO, essa mudança de mentalidade já pode ser percebida em famílias e escolas. “A Geração Alpha tem uma postura de protagonismo impressionante. Eles não apenas consomem tecnologia, mas questionam, adaptam e criam. Isso é um indicativo de que teremos uma nova onda de empreendedores com uma visão muito mais disruptiva e colaborativa”, afirma.
Ele também reforça que o mercado precisa se preparar para essa virada. “As empresas que quiserem se manter relevantes nos próximos anos precisarão entender como essa geração pensa, se comunica e toma decisões. E isso exige uma atualização constante do jeito de empreender”, completa.