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Incerteza fiscal, inflação e juros elevados reduzem ainda mais as expectativas do empresariado em São Paulo


Com o aumento das incertezas econômicas, o momento é de reavaliar cenários, evitar o excesso de endividamento e realizar investimentos estratégicos (Arte: TUTU)

O empresariado paulistano está ressabiado. É o que captura, agora, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), medido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), em fevereiro. Refletindo a piora do ambiente macroeconômico devido à alta do dólar, à inflação elevada, aos juros cada vez maiores e à incerteza fiscal, o indicador caiu 4,4% em relação a janeiro — a terceira retração seguida —, atingindo 103,2 pontos. Na comparação anual, a redução foi ainda maior: -6,4%.

Entre as variáveis que compõem o ICEC, o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) puxou o resultado negativo, especialmente pelo item que mede as expectativas em relação à economia (-6,6%). Com isso, o IEEC atingiu o menor nível de confiança desde maio de 2021, caindo para 129,2 pontos.

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[GRÁFICO 1]

Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC)

Série histórica (13 meses)

Fonte: FecomercioSP.

 

Já o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) registrou o menor nível de confiança desde abril de 2024, com uma queda de 4,4%, permanecendo em 100,2 pontos. A intenção de efetivar novas contratações foi o item que mais influenciou na queda (-7,5%). O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), por sua vez, registrou uma queda de 4%, passando para 80,2 pontos. O subíndice relacionado à economia foi o principal responsável, com uma variação negativa de 6,7%.

Em relação a janeiro de 2024, o IEEC caiu 6,7%, o IIEC teve queda de 0,4% e o ICAEC recuou 13,1%.

[GRÁFICO 2]

ICAEC, IEEC e IIEC 

Série histórica (13 meses)

Fonte: FecomercioSP.

Índice de Expansão do Comércio

Outro índice que apresentou retração pelo terceiro mês seguido foi o Índice de Expansão do Comércio (IEC). O aumento do endividamento entre os consumidores, somado aos juros e à inflação elevados, tem reduzido a intenção de compra das famílias, encarecendo as operações das empresas e tornando os comerciantes mais cautelosos quanto a novos investimentos e contratações.

O IEC caiu 5,7% em fevereiro, recuando para 103,2 pontos. Contudo, na comparação anual, o indicador registrou alta de 4%.

O Índice de Expectativa para Contratações de Funcionários (ECF), uma das variáveis que compõem o IEC, registrou queda de 7,5%, passando para 111,7 pontos. Já o Índice de Nível de Investimentos das Empresas (NIE), que mede a propensão dos empresários para realizar novos investimentos, recuou 3,5%, caindo para 94,8 pontos. Na comparação interanual, o primeiro registrou uma regressão de 1,4%, enquanto o segundo avançou 0,5%.

[GRÁFICO 4]

Índice de Expansão do Comércio (IEC)

Série histórica (13 meses)

Fonte: FecomercioSP.

Cautela

Para a FecomercioSP, os empresários devem seguir com cautela e prudência diante das incertezas da economia. Para tomar decisões assertivas, é importante basear-se em números e resultados, ajustando as estratégias de acordo com o caixa da empresa. Realizar liquidações de produtos com boa margem de contribuição é uma estratégia recomendada para melhorar o fluxo de caixa e abrir espaço para novos investimentos.

Com o aumento das incertezas econômicas, o momento é de reavaliar cenários, evitar o excesso de endividamento e realizar investimentos estratégicos, que tenham retorno rápido e exijam menor capital investido.

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Fonte Oficial: https://www.fecomercio.com.br/noticia/incerteza-fiscal-inflacao-e-juros-elevados-reduzem-ainda-mais-as-expectativas-do-empresariado-em-sao-paulo-1

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