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Conferência Livre do Meio Ambiente do Sistema Comércio elege propostas de solução viável para a emergência climática


As propostas para combater o impacto das mudanças climáticas geradas no evento serão levadas à 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Arte: TUTU)

Com mais de 200 participantes, a 1ª Conferência Livre do Meio Ambiente do Sistema Comércio ampliou o diálogo e levantou propostas que orientarão o enfrentamento dos eventos climáticos extremos no futuro próximo. Iniciativa do Grupo Técnico de Trabalho sobre o Meio Ambiente (GTT-MA), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o evento contou ainda com a colaboração na organização de representantes do Sesc, do Senac e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que também é membro do GTT-MA.

O encontro funcionou como uma etapa preparatória para a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Dentre os presentes, participaram empresários, gestores, representantes de sindicatos, especialistas em sustentabilidade e outros interessados em colaborar com a construção de soluções climáticas no âmbito do comércio.

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Durante a plenária, os participantes elegeram as dez principais contribuições do Comércio de bens, serviços e turismo, organizadas em cinco eixos principais, e definiram a delegação que representará o Sistema Comércio na edição nacional do evento. As representantes mais votadas para participar da 5ª CNMA foram Cristiane Cortez, assessora do Conselho de Sustentabilidade da FecomercioSP, como titular da comissão, seguida de Renata Quemel, do Senac do Pará, como primeira suplente, e Cecília Barreto Monteiro dos Santos, do Senac de Pernambuco, como segunda suplente.

Confira, a seguir, as principais propostas para combater o impacto das mudanças climáticas geradas na conferência livre.

Eixo I — Mitigação
 
1) Adaptar e utilizar metodologias e modelos participativos reconhecidos para mapear as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) nos diferentes setores produtivos, incluindo as possibilidades de redução de emissões. Além disso, implementar planos de compensação de carbono que promovam transparência e engajamento.

2) Implementar a economia circular, por meio da gestão dos recursos naturais e dos resíduos gerados, incluindo a eficiência e a inovação nos processos produtivos para a redução de emissões de GEE. Incentivar a sua adoção por meio de conservação, educação ambiental e medidas obrigatórias.
 
Eixo II — Adaptação e Preparação para Desastres
 1) Promover campanhas de conscientização e prevenção a desastres. Capacitar os setores econômicos para as emergências climáticas: gestão de crise, evacuação, uso de EPIs, primeiros socorros e desafios de mudanças no mercado. Criar sistemas de alerta e planos de contingência e de comunicação para aumentar a resiliência local, incluindo ações de preparo, proteção e recuperação de negócios diante de eventos climáticos extremos.

2) Propor crédito e benefícios como o IPTU Verde, com redução para edificações resistentes a eventos extremos. Desenvolver a adaptação dos negócios por meio de redes de apoio econômico, com o compartilhamento de recursos, admitindo ajustes rápidos a mudanças climáticas e desastres. Diversificar e estimular produtos e serviços voltados para a adaptação climática, fortalecendo a resiliência da sociedade.
 
Eixo III — Justiça Climática
 1) Criar fundos climáticos de emergência e outros mecanismos de apoio financeiro que assegurem uma distribuição proporcional da verba, considerando os riscos e as responsabilidades desiguais, para apoiar comunidades, pequenos negócios e trabalhadores diretamente impactados por eventos climáticos extremos, oferecendo condições facilitadas, juros reduzidos e prazos estendidos.

2) Facilitar o acesso a financiamentos, subsídios e incentivos fiscais para Pequenas e Médias Empresas (PMEs), promovendo investimentos em práticas sustentáveis, tecnologias limpas, resiliência climática e metas de redução de carbono e incentivando a adoção dessas práticas nos setores econômicos.
 
Eixo IV — Transformação Ecológica
 1) Priorizar o uso de painéis solares, energia eólica e outras fontes renováveis nas operações e instalações, bem como painéis móveis para passagem de vento, captação da água da chuva e produção de energia por meio de biogás oriundo de resíduos orgânicos. Migração para o mercado livre com compra de energia incentivada.

2) Criar legislação para materiais de uso único e incentivos fiscais para infraestrutura de coletores de resíduos, promovendo logística reversa e espaços sustentáveis, fomentando a indústria de reciclagem, e a implementação de práticas de reutilização, reciclagem e compostagem em atividades comerciais e turísticas, incluindo cooperativas de catadores e pequenos empreendedores.

Eixo V — Governança e Educação Ambiental
 1) Criar um programa interativo de capacitação em educação ambiental, usando plataformas digitais, para ensinar soluções climáticas práticas e de baixo carbono a profissionais e empresários. O programa deve envolver diversos atores sociais e promover sensibilização e adaptação.

2) Inserir a disciplina de educação ambiental e de popularização da ciência no componente curricular de maneira articulada, em todos os níveis e modalidades educacionais, como forma de garantir a construção de uma consciência coletiva sobre meio ambiente e sustentabilidade.

Prioridades ambientais na FecomercioSP

Além da participação ativa nas atividades do Sistema Comércio, a Federação lançará a sua Agenda Verde em março. Nessa frente prioritária, as iniciativas defendidas pela Entidade têm base em seis eixos, os quais, ao longo dos anos, atua por meio do seu Conselho de Sustentabilidade em prol do desenvolvimento sustentável, reunindo um conjunto de preocupações e de ações que impactam o Comércio, os Serviços e o Turismo, além de grandes estratégias governamentais — como o atual Plano Clima, cujo objetivo é viabilizar caminhos que aumentem o escopo das medidas de redução e adaptação.

Nesse contexto, a Agenda Verde será mais uma das frentes prioritárias da FecomercioSP em defesa de um País mais sustentável, sem perder de vista as potencialidades que amplos debates suscitam no aspecto socioeconômico. Acompanhe todas as novidades por meio deste portal e dos demais canais de comunicação. 

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Fonte Oficial: https://www.fecomercio.com.br/noticia/conferencia-livre-do-meio-ambiente-do-sistema-comercio-elege-propostas-de-solucao-viavel-para-a-emergencia-climatica

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