O Índice de Confiança do Empresário do Comércio registrou alta pelo quarto mês consecutivo. De dezembro para cá, a elevação já é de 4,6%. (Arte: TUTU)
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) apontou alta pelo quarto mês consecutivo. Em março, o indicador da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) subiu 0,7%, alcançando 111 pontos. Com esse resultado, o ICEC mantém a ascensão, iniciada em dezembro. De lá para cá, a elevação já é de 4,6%.
O resultado de março foi influenciado, principalmente, pelas esperanças quanto ao futuro. O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC), que compõe o ICEC, subiu 2,8%. No quesito Expectativa com a Economia Brasileira (EEB), subíndice do IEEC, houve alta de 3% em relação a fevereiro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 6,8%.
Apesar da queda de juros, que favorecem as concessões de crédito, as empresas ainda lidam com um cenário de endividamento, no qual os empreendedores ponderam as decisões com base no ciclo de recuperação das vendas. Além disso, há as incertezas macroeconômicas que ajudam a justificar essa avaliação mais pessimista dos entrevistados sobre o cenário atual.
A avaliação das condições atuais, captada pelo Índice das Condições Atuais dos Empresários do Comércio (ICAEC), foi o subíndice que apontou destaque negativo no mês, com queda de 1,3%. Na comparação anual, a baixa chega a 3,5%. O cenário atual ainda desafia os comerciantes, levando-os a agir com mais cautela quanto aos recursos, já que o Índice de Investimentos do Empresário do Comércio obteve queda mensal de 0,3%, permanecendo em patamares abaixo do segundo semestre de 2023 (ainda que demonstre alta na comparação anual de 2%).
“Frente aos efeitos da queda da taxa de juros e à melhora do mercado de trabalho — que, por consequência, gera mais renda disponível às famílias —, o empresariado espera que as receitas melhorem nos próximos meses. Isso, porém, acaba ofuscado pelo elevado nível de endividamento das empresas e dos consumidores, que, somado ao alto custo financeiro, desestimula investimentos”, avalia Thiago Freitas, assessor da FecomercioSP.
Índice de Estoques
Em março, a proporção dos empresários que consideram a situação dos estoques adequada caiu 1,6%, passando de 58,6%, em fevereiro, para 57%, em março. Os que relatam que os estoques estão acima do desejado passaram de 24,7%, no mês anterior, para 26,7%, agora. Ainda assim, a proporção dos que indicam adequação segue maior do que os que afirmam o contrário: 55,7% contra 42,4%, respectivamente.
Para a FecomercioSP, o fato de as empresas estarem acumulando mais produtos pode ser um reflexo do carnaval. Além disso, fevereiro é um mês mais curto em comparação aos demais. O efeito sazonal pode ter contribuído negativamente para o fluxo de estoques das empresas, também impactando a percepção dos empreendedores. Neste momento, é importante apostar nas liquidações, e fazer uma análise criteriosa das margens de contribuição dos produtos, para aumentar receitas e abrir caminho a novos investimentos.
Índice de Expansão do Comércio (IEC)
O IEC, que avalia a intenção dos empresários em relação a contratações, compra de máquinas ou de equipamentos e abertura de novas lojas cresceu 1% em março. Com isso, o índice alcançou os 104,8 pontos. Na comparação interanual, a variação foi de 0,6%. Os subíndices Expectativa para Contratação de Funcionários e Nível de Investimento das Empresas cresceram 1,3% e 0,6%, respectivamente. Contudo, o primeiro apontou queda de 1,4% na comparação anual. Já o segundo obteve alta de 3,1%.
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Fonte Oficial: FecomercioSP