O exemplo mais evidente é o azeite, que está 42,8% mais custoso na RMSP do que há um ano (Arte: TUTU)
Produtos e ingredientes comuns da Páscoa — como peixe ou arroz, por exemplo — estarão mais caros em 2024 na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, mostram que, juntos, esses itens subiram 17,7% entre a data no ano passado e agora. Na perspectiva da Federação, impactos climáticos são determinantes nesse fenômeno. O aumento em 2024 é, aliás, maior do que o observado na última Páscoa, quando os mesmos produtos aumentaram 12%.
VARIAÇÕES DOS PREÇOS DOS PRODUTOS DA PÁSCOA EM 12 MESES
O exemplo mais evidente é o azeite, que está 42,8% mais custoso na RMSP do que há um ano. Isso se explica pelas condições climáticas adversas que prejudicaram a colheita nos países produtores da Europa nos últimos meses. No Brasil, o fenômeno El Niño também atrapalhou a produção de itens como batata-inglesa, tomate e alho. A consequência é a elevação de preços em 34,7%, 17,5% e 9%, respectivamente.
CONFIRA OUTRAS PESQUISAS DA FECOMERCIO-SP
O pescado, por sua vez, parte essencial do almoço de Páscoa, subiu 5,2%, enquanto os chocolates em barra e em pó, ao contrário, apontaram quedas relativas em comparação a 2023, considerando que a inflação do período foi de 4,5%. “Ainda que mais gente esteja empregada, e a renda tenha subido, a pressão dos alimentos tende a dificultar um pouco mais a compra dos ingredientes para os eventos relacionados à data, ou mesmo para o tradicional ovo de chocolate”, pontua Guilherme Dietze, assessor da FecomercioSP.
É importante salientar que o estudo não capta a variação de preços dos ovos de chocolate em específico, já que, por ser uma produção sazonal e diferenciada, o produto não entra na catalogação feita pelo IBGE. Da mesma forma, é fundamental ressaltar que a comparação entre os preços dos ovos e dos outros formatos do produto (como em barra) é indevida, porque são alimentos com estruturas de produção diferentes.
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Fonte Oficial: FecomercioSP