Dados que revelam insegurança do empresariado em investir nos negócios
(Arte: TUTU)
Depois de altas seguidas nos últimos meses, o empresariado paulistano parece estar um pouco mais ressabiado com a economia do País. Em novembro, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), caiu 4% em relação a outubro, passando de 111,7 para 107,2 pontos [gráfico 1].
A queda acentuada do indicador que apura as percepções atuais em relação às condições econômicas indica que os empresários seguem preocupados com a economia. Além disso, muitos deles apontam que estão com os estoques mais elevados. Por isso, de acordo com a Entidade, mesmo com a inflação baixa, a Selic em ciclo de retração e uma melhora significativa no mercado de trabalho, ainda levará um tempo para tudo isso impactar positivamente o otimismo das empresas
Isso se vê por meio dos números que conformam o Índice de Expansão do Comércio (IEC). O Nível de Investimento das Empresas, variável que mede o quanto os players do setor estão dispostos a injetar recursos nos negócios, por exemplo, caiu 2%, passando de 97,2 pontos, em outubro, para 95,2, em novembro. Assim como a que mensura as expectativas para a contratação de funcionários, que recuou 2,3%: de 119,4 pontos, em outubro, para 116,6 pontos, em novembro. São dados que revelam insegurança do empresariado em investir nos negócios.
Já o Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) registrou a queda mais significativa, recuando 8,6 pontos no intervalo de um mês, passando de 89,5 pontos, em outubro, para 81,8 pontos, em novembro — outra sinalização do momento desafiador. Além da comparação mensal, todos os indicadores sofreram uma queda anual significativa. O ICEC caiu 14,4%, o ICAEC, 24,4%, e o IEC, 14,1%.
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Estoques
Os empresários seguem receosos com o patamar dos produtos estocados para o fim de ano, o índice de novembro mostra um recuo (4,2%), atingindo 111,3 pontos. A proporção de empresários que relatam estoques adequados segue maior do que os que afirmam inadequação: 55,5% contra 41,6%, respectivamente.
Diante desse cenário, a FecomercioSP orienta o empresariado a se manter dentro do planejamento e ter cautela diante dos desafios atuais. A gestão de estoque é fundamental, já que pode se tornar uma vantagem competitiva. Além disso, é importante evitar altos endividamentos e observar as operações atualizadas das empresas, aproximando os vencimentos das despesas e as datas dos recebimentos das receitas, além de ajustar os investimentos de forma adequada ao fluxo de caixa.
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Fonte Oficial: FecomercioSP