Turismo corporativo de pequenas e médias empresas tem impulsionado o setor. (Arte: Tutu)
Os principais resultados do estudo Orçamentos Hoteleiros 2024 foram apresentados durante reunião do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) realizada no dia 26 de outubro, por Pedro Cipriano, conselheiro e sócio da Noctua. A análise traz os dados de indicadores setoriais a partir de 2020 a fim de compor as expectativas para 2024 e, ainda, orientar os empresários sobre o que fazer para melhorar a atuação no próximo ano.
Confiança predomina
Em relação à ocupação hoteleira, a pesquisa observou um cenário que chega a ser 5% superior ao de 2019, na América do Sul e na América Central — enquanto em outras regiões do mundo, os índices seguem entre 4% e 5% abaixo do patamar de pré-pandemia. “A demanda gerada por empresas de pequeno e médio portes no turismo corporativo tem ajudado a dar tração em termos de volume”, afirmou Cipriano.
Já para mercados do Norte Global, a mudança de comportamento no segmento corporativo vem impedindo a recuperação total de mercados. “As pequenas e médias empresas voltaram a consumir hotelaria praticamente da mesma forma que faziam antes. No entanto, percebemos que as grandes contas corporativas que movimentavam o mercado, hoje, tendem a viajar menos do que costumavam. Para esse perfil, houve, sim, uma retração. Olhando para dados mundiais, com ocupações ainda abaixo em regiões como Europa e América do Norte, percebemos o impacto dessa mudança”, completou.
O incremento das ações do setor hoteleiro foi outro ponto positivo observado pela pesquisa, com valorização média 28% acima do desempenho de 2019, especialmente entres os principais grupos de presença global, como Marriott, Hyatt, Hilton e Wyndham. “Durante a pandemia, falava-se a respeito de uma eventual quebra do mercado hoteleiro e de que jamais teríamos a mesma performance. Observando esses números, constatamos que a confiança no Turismo predominou, e o valor das empresas é um sinal desse otimismo”, sinalizou.
Lazer e eventos em alta em São Paulo
Durante a reunião do conselho, Cipriano ainda falou um pouco acerca das perspectivas da hotelaria em São Paulo. Em 2023, a cidade alcançou taxas de ocupação muito próximas às de 2019. “Quebrando o mix de ocupação em diferentes segmentos. No lazer, o desempenho já é até superior, especialmente aos fins de semana”, afirmou.
Apesar de o mercado corporativo, como um todo, ainda depender de uma melhora na economia para se recuperar totalmente, ele ressaltou o impacto positivo que os eventos causam à conjuntura. “O segmento de eventos vem permitindo ‘estilingadas’ como nunca se viu no Turismo paulistano ao longo dos últimos anos — parte por um represamento de tudo o que não aconteceu durante a pandemia, mas também por um entendimento de que esses eventos vão continuar sendo uma atividade bastante relevante ao nosso mercado”, destacou.
Para a realização do estudo, foram ouvidos profissionais de mais de 400 empreendimentos hoteleiros em 23 Estados e 148 cidades brasileiras.
Inscreva-se para receber a newsletter e conteúdos relacionados
Fonte Oficial: FecomercioSP