Evite golpes nos meios de pagamentos – FecomercioSP

Diante de uma tecnologia em constante avanço, os golpistas encontram oportunidades para aplicar golpes em pessoas físicas e jurídicas. Não à toa que três em cada dez brasileiros já foram vítimas de golpes financeiros ou de tentativa de fraude, segundo dados do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) e divulgado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no Radar Febraban de abril deste ano.

Ninguém está imune às tentativas de golpes, principalmente nas transações eletrônicas. Portanto, é importante ficar atento e saber como se proteger, mesmo com os esforços das instituições financeiras de implementar ferramentas mais seguras no combate às fraudes.

Confira, a seguir, os principais golpes que envolvem os meios de pagamentos e dicas para se proteger:

#1 Golpe da troca de cartão

O golpe da clonagem, ou troca de cartões, continua sendo o mais comum, apontado por 50% dos brasileiros. Pessoas entre 25 e 44 anos são as vítimas mais frequentes, segundo o Radar Febraban.

O golpista observa o usuário digitando a senha, alega que a compra foi recusada, pede para que passe novamente o cartão e faz a sua troca de forma quase que imperceptível. A dica é sempre conferir os dados do cartão e observar se não há ninguém vendo a digitação da senha. Indica-se também que o próprio titular passe o cartão na maquinha e nunca o perca de vista. Ao perceber que houve a troca do cartão, entre em contato imediatamente com a instituição. 

#2 Falsa central de atendimento

A segunda prática criminosa mais utilizada é falsa central de atendimento, que atinge 28% das pessoas e tem os idosos (mais de 60 anos) como o público que mais cai no golpe (41%).

O esquema funciona da seguinte maneira: por telefone, golpistas simulam uma falsa central de atendimento da instituição financeira para conseguir informações dos clientes. Por isso, ao receber ou fazer ligações, nunca informe senha, código de segurança, validade e número de cartão. Também não compartilhe códigos de acesso recebidos por SMS ou WhatsApp.

#3 Golpe da maquininha

Este é um dos golpes mais conhecidos de quem utiliza cartão de débito ou crédito no comércio. Ao passar o cartão, é importante conferir o valor da compra antes de digitar a senha. Confira também se o dispositivo não está danificado. Em casos de delivery, se o portador da maquininha pedir para passar o cartão novamente, confirme se a transação não foi realizada antes de devolver o dispositivo.

Também é importante se atentar a eventuais cobranças de taxas que não foram informadas anteriormente.

# 4 Falso presente

Neste caso, o golpista se passa por uma empresa e comunica, por telefone, mensagem ou pessoalmente, a entrega de um presente. No entanto, para receber o mimo, o usuário terá que pagar uma taxa de entrega com cartão de crédito. Geralmente, esse tipo de golpe acontece perto do aniversário da vítima ou em datas comemorativas. Não pague taxas de entregas daquilo que não comprou ou de pacotes cujo remetente você não saiba quem seja.

#5 Golpe do motoboy

Geralmente, o golpista alega trabalhar em uma instituição financeira ou de pagamento e faz alertas sobre compras e clonagem, solicitando a senha e a retirada do cartão do usuário — ou ainda o envio deste pelo correio. É importante ressaltar que as instituições financeiras não retiram cartões na residência, nem recebem pelo correio, tampouco solicitam senhas, exceto nos canais oficiais. Dessa forma, não entregue o cartão a terceiros e jamais informe ou digite senhas no telefone. Caso descarte o cartão, corte o chip.

#6 Roubo de dados (phishing)

Neste golpe, os criminosos fingem ser funcionários das instituições e pedem para que o usuário acesse links enviados por mensagens de texto, WhatsApp ou e-mail para resolver irregularidades da conta. A melhor maneira de se proteger contra essa tentativa de fraude é não clicar em nenhum link de mensagens suspeitas e instalar um bom antivírus nos dispositivos. Outro hábito recomendado é atualizar com regularidade as senhas de apps, e-mails e sites. Evite usar a mesma senha e acessar os sistemas e aplicativos que exigem senhas em computadores ou Wi-Fi públicos.

#7 Roubo/furto de celular

Com o celular em mãos, os golpistas conseguem acessar a todas as informações dos usuários. Para evitar dor de cabeça, habilite o WhatsApp para validação via Face ID (reconhecimento facial), assim, você evita autenticações de terceiros. Inclua também senha na tela de bloqueio e ative a biometria facial (ou digital) no celular. Ative também a autenticação de dois fatores em apps/e-mails e não salve ou anote senhas no aparelho.

#8 Golpe do WhatsApp

Os golpistas tentam solicitar informações do cartão via WhatsApp. Nunca passe informações ou clique em links e sempre entre em contato com o canal oficial para identificar a veracidade das informações.

Também tome cuidado com amigos e parentes que peçam ajuda financeira via WhatsApp, pois pode ser um golpista tentando se passar por um conhecido. Essa prática criminosa atinge 28% dos brasileiros, dentre os quais os jovens (18 a 24 anos) são as maiores vítimas — 38% caem no golpe, de acordo com o estudo da Febraban.

#9 Boleto falso

Outro golpe comum é o envio de boleto falso por e-mail ou pelos correio. Por isso, antes de fazer o pagamento, confira o nome do beneficiário e as demais informações do boleto. Em caso de dúvidas, entre em contato com o canal oficial do beneficiário.

Proteja-se dos golpistas se mantendo atualizado sobre as possíveis abordagens de criminosos.

O Conselho de Economia Digital e Inovação (CEDI) da FecomercioSP tem acompanhado as tendências dos meios de pagamento, bem como os golpes que vêm sendo aplicados, com o objetivo de alertar as autoridades acerca dessas práticas. O intuito é colaborar com as instituições financeiras e de pagamento no aprimoramento dos planos de segurança, de forma a não prejudicar os usuários e alavancar o uso de importantes ferramentas de negócio. Acompanhe sempre as novidades na página do conselho.

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