Nesse contexto, é importante ter cuidado no momento do mapeamento dos riscos em relação aos aspectos dessa agenda
(Arte: TUTU)
Os resultados ambientais, sociais e econômicos já ditam o valor de mercado das empresas, como foi exposto nas palestras do evento de lançamento da Prática Recomendada ABNT PR 2030 – ESG, na quinta-feira (22), no Rio de Janeiro. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) tem estado à frente de debates sobre o tema e, por isso, apoiou e participou do encontro organizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Alexsandra Ricci, assessora técnica do Conselho de Sustentabilidade e do Comitê ESG da FecomercioSP, mediou os painéis do evento e ressaltou que o foco em implementar práticas ligadas às questões ambientais, sociais e de governança caminha para estar cada vez mais presente na cultura empresarial.
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“Nesse contexto, é importante ter cuidado no momento do mapeamento dos riscos em relação aos aspectos da agenda ESG, fazendo a medição e monitoramento adequados para evitar o greenwashing e o socialwashing”, disse Alexsandra, referindo-se ao reporte de dados e informações que não refletem a realidade praticada pela empresa, como a “mentira verde”.
Para Júlio Vieira Neto, professor e pesquisador da Universidade Federal Fluminense (UFF), a adoção da agenda ESG precisa partir do pressuposto de que questões ambientais são também econômicas. “Atualmente, os investidores entendem como a sustentabilidade pode refletir nas finanças de uma empresa e colocar em risco o crescimento no longo prazo. Parece que, no futuro, a auditoria vai ser substituída por due diligence, e os próprios investidores vão conferir as materialidades que as empresas estão levantando. Então, a empresa pode perder competitividade e, com o tempo, ter problemas de rentabilidade porque o tomador de risco vai precificar a empresa em função dos riscos que o negócio apresenta à sociedade.”
Exemplos inspiradores
Na rotina de uma pequena empresa, Fernanda Ramos, analista de sustentabilidade da CNC, falou do processo de aprendizagem sobre o tema, o que requer aperfeiçoamento e a busca de soluções. Nesse sentido, a especialista citou um exemplo a ser levado em consideração pelos empresários: “Como o pequeno comércio impactado todos os anos com as grandes chuvas pode agir de forma proativa para se antecipar a esse impacto ambiental e preservar a sobrevivência do negócio?”
Fernanda ainda apontou casos de sucesso como os da Dengo Chocolates, empresa-membro do Comitê ESG da FecomercioSP, voltada ao aspecto social de valorizar toda a cadeia cacaueira, assim como à melhora na qualidade do produto, e do Hotel Senac Barreira Roxa, em Natal (RN), que recebeu o selo ISO 21401:2020 e passa a ser o único na América Latina certificado por desempenhar um modelo de gestão sustentável.
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Fonte Oficial: FecomercioSP