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Vendas do comércio paulista aumentam 6,2% no primeiro trimestre – FecomercioSP


De acordo com a FecomercioSP, a tendência é que essa alta continue, graças à ampliação do consumo das famílias e ao aumento nos preços
(Arte: TUTU)

No primeiro trimestre de 2023, as vendas do comércio varejista no Estado de São Paulo acumularam alta de 6,2%, representando um faturamento de R$ 16,5 bilhões a mais do que o obtido entre janeiro e março do ano passado. Nos três primeiros meses deste ano, o setor registrou R$ 281 bilhões em receita. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Em março de 2023, as vendas reais calculadas pelo levantamento apontaram crescimento de 6,8% em comparação ao mesmo período de 2022. É o maior resultado do varejo paulista para o mês desde o início da série histórica, há 15 anos. As farmácias e perfumarias apresentaram a maior alta do período, com variação positiva de 23,1% e faturamento de R$ 9,6 bilhões no mês, o maior da série histórica. No trimestre, o segmento acumula aumento de 16,2%.

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De acordo com a FecomercioSP, a tendência é que essa alta continue, graças à ampliação do consumo das famílias e ao aumento nos preços, ocasionado pelo tradicional reajuste anual, em abril. Outra variação importante foi observada nas concessionárias de veículos, com alta de 22,1% em março e elevação de 13,6% nos três meses. No terceiro mês do ano, as vendas atingiram R$ 11 bilhões — melhor desempenho para o mês desde 2012. Já o segmento supermercadista registrou faturamento de R$ 34,2 bilhões, representando crescimento de 12,7% na comparação anual. Nos três primeiros meses do ano, acumula elevação de 13,2%, desempenho esse também apontado como o mais elevado da série histórica para o mês. Segundo a FecomercioSP, a melhora no poder de compra causou efeito imediato no segmento, uma vez que as pessoas voltaram a comprar marcas de melhor qualidade, cujo consumo foi limitado pela pandemia.

Pelo campo negativo, o grupo de outras atividades foi o que mais influenciou o resultado, com queda de 12,3% no mês, acumulando retração de 9,7% no trimestre, apesar de ser o responsável pelo segundo maior faturamento do comércio paulista (quase R$ 20 bilhões no mês de março). Como o preço da gasolina está mais baixo do que há um ano (início da guerra na Ucrânia), é natural pensar na redução de faturamento em termos de valores, mas não pelo esfriamento da demanda.

Março

De acordo com a Federação, o comportamento em março seguiu a tendência dos meses anteriores: alta anual das vendas na maioria dos segmentos. Frente a um bom desempenho em todos os setores no Estado — como agronegócio, indústria, serviços e comércio —, há um incremento importante na renda disponível, impulsionada pelo aquecimento do mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, pela inflação mais amena. Sendo assim, o maior poder de compra das famílias é o que tem permitido o varejo chegar a esse faturamento recorde no mês (e no primeiro trimestre).

Contudo, isso não quer dizer que os empresários estejam vivendo o seu melhor momento. Os custos elevados de insumos, matérias-primas, logísticas, equipamentos, entre outros, têm pressionado as margens nas vendas. Assim, faturamento não significa, necessariamente, lucro. De qualquer forma, o empresário que conseguir administrar bem o custo médio poderá obter ganho relevante no fim do mês. Para os próximos meses, a tendência para o comércio é favorável. Mesmo diante de uma base de comparação cada vez mais forte, não podemos desmerecer o fato de que as famílias estão podendo consumir mais.

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Fonte Oficial: FecomercioSP

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