Dentre as três divisões que formam o setor comercial, o varejo foi responsável pela criação de 4.747 vagas, impulsionado pelos hipermercados e supermercados
(Arte: TUTU)
Impulsionados pelas divisões do varejo e dos serviços de transporte, armazenagem e correio, em abril, os setores de comércio e serviços geraram mais de 35 mil empregos celetistas no Estado de São Paulo. Os dados são da Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP) da Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
No período, o comércio se viu livre da sazonalidade negativa do primeiro trimestre e apresentou o melhor desempenho mensal para o ano: 7.425 vagas criadas. Apesar de inferior ao saldo registrado em março, o setor de serviços apresentou desempenho esperado, ao criar 27.744 empregos.
Comércio
Dentre as três divisões que formam o setor comercial, o varejo foi responsável pela criação de 4.747 vagas, impulsionado pelos hipermercados e supermercados (1.753 empregos). A divisão atacadista evoluiu em 1.143 novas vagas, enquanto a que comercializa e repara veículos mostrou crescimento em 1.535 postos de trabalho.
De acordo com a Entidade, o cenário ressalta que a categoria deixou para trás o período de dispensas de colaboradores contratados para as festas de fim de ano, principalmente em segmentos de vestuário, calçados e gêneros alimentícios. Essas três atividades obtiveram saldos positivos em abril, ainda que no quadrimestre apresentem índices de desligamentos superiores aos de admissão.
No acumulado de janeiro a abril, o comércio paulista ainda amarga retração de 8.177 empregos celetistas — resultado de 477.885 admissões e 486.062 desligamentos. O varejo apontou o pior índice, com a perda de 17.848 vínculos celetistas, impulsionado pelos estabelecimentos de vestuários e acessórios (7.798 vagas negativas) e pelos hipermercados e supermercados (menos 4.079 empregos). No dado quadrimestral, nota-se que o comércio paulista praticamente mantém o desempenho do ano passado, quando o saldo negativo girava em torno de 10 mil vagas. A expectativa é de melhoras para os próximos meses.
Serviços
Em abril, o mercado de trabalho celetista dos serviços paulistas somou 27.744 novas vagas. Apesar de um saldo menor que as 36.767 vagas celetistas registradas a mais em março, o desempenho está próximo dos 28.961 empregos auferidos no quarto mês de 2022.
No quarto mês do ano, o indicador foi impulsionado pelas atividades de serviços de transporte, armazenagem e correio (7.660 vagas celetistas) e serviços de saúde humana e serviços sociais (6.050 empregos). Nessas duas segmentações, destaques respectivos às atividades de transporte rodoviário de carga (6.055 novas contratações) e de atendimento hospitalar (2.469 vagas).
Para a Federação, as divisões de saúde e transporte lideram as contratações e mostram, respectivamente, a força de um segmento alocado como um serviço básico e outro que influencia fortemente o ritmo econômico em geral.
No quadrimestre, o setor de serviços do Estado de São Paulo expandiu o mercado de trabalho celetista em 118.497 empregos. Destaques para os serviços educacionais (30.053 vagas), puxados pelas atividades de ensino infantil e fundamental (20.820 empregos), e de transporte, armazenagem e correio (24.049 vínculos celetistas), impactados principalmente pelo segmento de transporte rodoviário de cargas (14.597 vagas).
Perspectivas
Os horizontes para maio não devem se alterar, uma vez que saldos positivos são esperados em ambos os setores. Os serviços devem manter patamar similar ao de abril, e o comércio, puxado pelo Dia das Mães e pela proximidade com o Dia dos Namorados (duas relevantes datas especiais), tende a registrar avanço maior.
Segundo a Federação, os bons números, especialmente nos segmentos que comercializam bens e serviços essenciais e de consumo não adiável, continuarão apresentando bons resultados. Com o crédito mais caro e seletivo, assim como níveis de endividamento e inadimplência elevados, é esperado que se mantenha um direcionamento de renda familiar para o consumo de essencialidades, situação que impacta receitas e, consequentemente, os níveis de empregabilidade desses estabelecimentos.
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Fonte Oficial: FecomercioSP