A transformação digital das empresas deve ir muito além da tecnologia, com foco na constante capacitação profissional. A constatação foi feita no primeiro painel do evento O Trabalho do Presente e do Futuro – Capacitação em Tecnologias Digitais, nesta sexta-feira (24), na sede da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O evento foi realizado pelos conselhos da FecomercioSP de Emprego e Relações do Trabalho (CERT), presidido por José Pastore, e de Economia Digital e Inovação (CEDI), coordenado por Andriei Gutierrez.
No encontro, Silvia Bassi, publisher da The Shift, afirma que um dos erros das empresas está em apostar na tecnologia como o único material necessário para o sucesso da transformação digital do negócio. Porém, a realidade tem mostrado a baixa capacidade dos negócios se reinventarem digitalmente mesmo com o avanço e o maior acesso a ferramentas modernas.
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“As empresas acreditam que basta ter tecnologia para ter sucesso, mas a tecnologia é só 20% da equação para o sucesso dos negócios. A tecnologia não é mágica, mas um meio. A desmaterialização dos negócios, ou seja, a digitalização, depende de pessoas”, diz Silvia no painel “Desafios e melhores práticas do setor privado: novas competências digitais no mundo profissional”.
Silvia ressalta que, se em 2016, a estimativa de projetos que falhariam na transformação digital era de 84%, segundo dados da Boston Consulting Group (BCG), a média não melhorou, seguindo elevada atualmente: 87,5%. Esse aumento vai na contramão das oportunidades de que o uso da IA e tecnologias como blockchain, Internet das Coisas (IoT, da sigla em inglês para Internet of Things), e cloud computing, que devem gerar US$ 13 trilhões a mais para a economia mundial, até 2030.
José Pastore, presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho, e Ivo Dall’Acqua Júnior, vice-presidente da FecomercioSP
(Foto: Marcelo de Andrade)
“É preciso treinar todas as pessoas da empresa, de ponta a ponta, para lidar com a tecnologia exponencial porque, por exemplo, o uso do blockchain depende de um líder com pensamento digital”, ressalta ela.
Para Ivo Dall’Acqua Júnior, vice-presidente da FecomercioSP, a garantia dessa capacitação em tecnologias digitais deixou de ser um diferencial e se tornou o real posicionamento da empresa no mercado e no mundo. “Isso requer um olhar consciente e inovador frente aos desafios tanto de empregados quanto de empregadores”, completa.
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Fonte Oficial: FecomercioSP