Da esquerda para a direita, Marcos Pontes, José Pastore e Andriei Gutierrez
(Foto: Marcelo de Andrade)
A qualificação profissional é um desafio enorme em meio à revolução digital e depende da interface entre três elementos: escola, empresa e governo. A análise de José Pastore, presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho (CERT), foi feita nesta sexta-feira (24), no evento O Trabalho do Presente e do Futuro – Capacitação em Tecnologias Digitais, na sede da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O evento foi realizado em parceria com o Conselho de Economia Digital e Inovação (CEDI).
“A velocidade de entrada de novas tecnologias é meteórica. Escola, empresa e governo não dão conta sozinhos dessa tarefa. É preciso ter uma interface entre esses três elementos, com a escola provendo conhecimento, a empresa dizendo qual é a demanda, e o governo dando os incentivos”, afirma Pastore.
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Ele também abordou a temática “desemprego” e ressaltou que o tema tem vários desdobramentos. “No passado, a tecnologia entrava para substituir o trabalho repetitivo e rotineiro. Entretanto, na atualidade, as ferramentas visam substituir o trabalho intelectual. Agora, somente o tempo vai dizer se as tecnologias vão mais destruir do que gerar empregos”, alerta Pastore.
Revolução digital
A qualificação profissional é apontada pelos especialistas do evento como a melhor forma de lidar com essa profunda transformação, como enfatiza Andriei Gutierrez, presidente do CEDI. A revolução digital é rápida, e o desafio é entender isso em pouco tempo. Por isso, segundo ele, “o conhecimento é hoje, no século 21, o que foi a siderurgia para a Revolução Industrial; é a base, o pilar fundamental”.
O assunto foi o tema central do segundo painel do encontro. Em “O que tem sido feito pelo ensino profissionalizante?”, Anna Beatriz Waehneldt, diretora de Educação Profissional do Departamento Nacional do Senac, e Emilena Lorenzon Bianco, vice-diretora do Centro Paula Souza, detalham os projetos e o alcance das respectivas instituições.
Anna Waehneldt (Senac) fala da importância da instituição para a educação profissionalizante
(Foto: Marcelo de Andrade)
“Não devemos só responder reativamente ao cenário do mundo do trabalho, mas fazer estudos e estabelecer relação com o setor produtivo para entender as demandas específicas dos setores”, diz Anna Beatriz.
Preparação dos jovens
O senador Marcos Pontes, também presente ao evento, disse que um dos pontos que merecem atenção é a preparação dos jovens que vão trabalhar e empreender nessa época digital.
“Precisa haver um esforço junto com o Estado de forma que possa ser oferecido ensino profissionalizante em tempo integral nas áreas especificas de desenvolvimento das tecnologias”, concluiu.
Senador Marcos Pontes também presente ao evento para debater a capacitação digital
(Foto: Marcelo de Andrade)
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Fonte Oficial: FecomercioSP