Das variáveis que compõem o indicador, a movimentação nas rodoviárias foi a que mais cresceu no sétimo mês (21,7%)
(Arte: TUTU)
Impulsionado pelas férias, o turismo paulistano cresceu 7,8% em julho, na comparação com o mês anterior. Os dados são do Índice Mensal de Atividade do Turismo (IMAT), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), realizado em parceria com a SPTuris. O número-índice terminou o mês em 96,3. Além da elevação mensal, em relação a julho do ano passado, o IMAT apontou crescimento de 59,2%.
Dentre as variáveis que compõem o indicador, a movimentação nas rodoviárias foi a que mais cresceu (21,7%). A estimativa é que os terminais tenham registrado um público médio diário de 39,3 mil pessoas – o maior desde janeiro de 2020. Outro destaque do mês ficou por conta do faturamento médio diário das empresas do setor turístico. Na comparação mensal, houve crescimento de 9,8%. O valor estimado de R$ 35,3 milhões por dia é quase três vezes maior que o observado há um ano (R$ 12,3 milhões).
Os dados apontam que a cidade de São Paulo, além de demonstrar uma recuperação relevante em relação à pandemia, tem se consolidado como um grande destino para atividades que vão além dos negócios. Para o Conselho de Turismo da FecomercioSP, este fato é importante, porque mantém a cadeia ativa ao longo de todo o ano, reduzindo sazonalidades e segurando empregos (diferentemente do que ocorre em grande parte do País).
“O resultado do IMAT de julho é muito bom, especialmente do ponto de vista da busca de mais equilíbrio entre os diferentes perfis de turistas na cidade, uma vez que, mesmo com a relevância da atividade de eventos, é possível ampliar o volume de turistas consumindo lazer, entretenimento, gastronomia e cultura. Além disso, o aumento no faturamento das empresas também sinaliza boas perspectivas para os próximos meses”, destaca a presidente do conselho, Mariana Aldrigui.
Movimento inferior ao pré-pandemia
Nas férias de julho, muitos turistas trocaram o avião por viagens de curta e médias distâncias. Esta substituição está diretamente relacionada ao preço elevado das passagens aéreas, o que estimulou o avanço expressivo do modal terrestre. Ainda que muitas famílias tenham aproveitado o recesso para fazer as viagens adiadas na pandemia, remarcando os voos para a ocasião – e outras tenham comprado os bilhetes com mais antecedência, evitando o pico dos preços (sobretudo após a guerra da Ucrânia) –, a movimentação de passageiros nos terminais aéreos ficou inferior ao nível pré-pandemia, em janeiro de 2020.
No sétimo mês do ano, passaram pelos aeroportos quase 5 milhões de pessoas (4,9 milhões) – média diária de 158,5 mil (alta mensal de 19,2%). No início de 2020, o número se aproximava de 200 mil passageiros por dia.
Já a taxa de ocupação hoteleira, outra variável que compõe o IMAT, apontou 68,3%, não apresentado grande variação em comparação a junho, quando estava em 69,1%. A ocupação tem se mantido alta nos últimos meses, em razão do aumento das atividades relacionadas a negócios e eventos na capital (além do lazer, que se destacou em julho, graças às férias escolares).
Por fim, o levantamento apontou alta de 0,8% – 410 mil postos de trabalho – nos empregos ligados ao turismo.
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Fonte Oficial: FecomercioSP